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Justiça impede que supressão de mata no Parque dos Poderes para criar estacionamento

2ª Câmara Civil manteve decisão que impede o desmatamento no Parque dos Poderes

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A 2ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) deu provimento parcial a agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público Estadual e impediu a supressão de 3,3 hectares de mata no Parque dos Poderes, em Campo Grande. A decisão reverte decisão da primeira instância, em que o governo do Estado havia conseguido liberação para suprimir a mata que dará lugar a um estacionamento, nos arredores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). 

O acórdão ainda não foi publicado, entretanto, conforme a advogada Giselle Marques, a decisão veio por dois votos favoráveis a impedir o desmatamento e um contrário.

A decisão deu parcial provimento a ação porque o pedido do Ministério Público versava sobre três áreas que já tem licença do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para serem desmatadas, porém, como não teria tido tempo hábil para a promotoria anexar toda a documentação necessária sobre todas as áreas, apenas de uma delas houve a decisão favorável.

O julgamento havia terminado empatado no começo do mês, com os votos dos desembargadores Fernando Marinho e Marco André Nogueira Hanson, sendo o primeiro favorável a proibição do desmatamento e o segundo contrário. Já o desembargador Vilson Bertelli havia pedido vistas e nesta terça-feira acompanhou Marinho.

O terreno que deverá se manter preservado fica próximo ao prédio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Em abril de 2019 foi feito o pedido para o Imasul pediu autorizar a supressão de uma área de 3,31 hectares, para a construção de estacionamento veicular, destinado aos servidores da região.

O pedido indignou muitos representantes de entidades de proteção ao meio ambiente, que se manifestaram contra o desmatamento e organizaram abaixo-assinado, com mais de 10 mil assinaturas, para tentar impedir o fato, além de provocar o Ministério Público sobre o assunto.

De acordo com o promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, da 34ª Promotoria de Justiça, no ano passado o MPMS foi procurado pela comunidade e, além da ação civil pública ingressada para impedir o desmatamento, o Ministério Público também trabalha com a possibilidade de tombamento da região do Parque dos Poderes.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (18) foram ouvidos pesquisadores do meio ambiente e o Governo do Estado sobre o tombamento do complexo do Parque e sobre o desmatamento destas áreas para construção do estacionamento.

“Nós recebemos uma reclamação sobre o desmatamento, se era legal ou não. Concluímos a época de que, embora a lei permita, havia a lesão do direito ao meio ambiente, porque havia problemas graves em termos ambientais que era o desmatamento, isso tinha que ser resolvido primeiro antes de se falar em novo desmatamento”, afirmou Almeida. 

Segundo a procuradora Estadual de Justiça, Ana Carolina Ali, única representante do Estado no encontro, o Governo está aberto a conversas para chegar em um denominador comum sobre o caso. “O governo do Estado é sensível a essa causa, ele está disposto a ouvir. Quero poder internalizar as sugestões aqui trazidas, tenho essa missão. A gente poder reanalisar, discutir (o projeto). Por outro lago eu gostaria de dizer que precisa compatibilizar o uso desse espaço de lazer, de turismo, com o uso dele como centro administrativo”, declarou.

A área era protegida pelo Decreto Legislativo n. 606/2018, que proibia a mutilação do bem protegido, nos termos do artigo 12 da Lei Estadual n. 3.522/08, entretanto esse texto acabou revogado pela própria Assembleia Legislativa.

O texto em vigor tem 11 áreas onde é possível haver desmatamento. “Todos os atos praticados têm sido seguindo essas delimitações. Paralelo a isso nós temos o processo de tombamento com a Fundação de Cultura, mas o rito também seguiu o que a legislação estabelece, desde a sua abertura, diante do decreto legislativo, até a sua extinção, diante da revogação do decreto legislativo”, declarou a procuradora.

Para a doutora em meio ambiente e desenvolvimento regional Simone Mamede, a qual estudo sobre a região foi usado como base no pedido para impedir o desmatamento, o Parque dos Poderes é a “casa” de muitas espécies do cerrado que estão em risco de extinção e a redução dessa área poderia contribuir para que isso realmente ocorresse.

A pesquisadora estuda a biodiversidade da região há mais de 10 anos e faz parte do movimento SOS Parque dos Poderes, que inclui pesquisadores, entidades e moradores da região.

O órgão é uma das entidades que ingressou com o pedido de tombamento da área que hoje corre na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. O processo aguarda a juntada de alguns documentos solicitados pela pasta para ter andamento.

De acordo com o promotor, a discussão desta terça-feira serve para estabelecer a necessidade ou não deste tombamento e como será a postura do Ministério Público em relação a isso. “Se houver justificativas para o tombamento e se o Executivo assim não o fizer, ingressaremos com uma ação civil pública com esse pedido”, disse.

GOVERNO VAI OUVIR SOCIEDADE

Na audiência pública, a procuradora do Estado e consultora legislativa, Ana Carolina Ali Garcia, afirmou que “os atos do Estado têm sido praticados de acordo com os exatos limites da lei que criou o Complexo dos Poderes e traz um programa de preservação da área”. Ela também afirmou que a discussão para o uso de uma área de 3,3 hectares do no Parque dos Poderes, foi no sentido de destacar a relevância da iniciativa de se pluralizar o debate sobre a questão.  

A procuradora disse que “o Estado é favorável à discussão do tema que envolve novas edificações no Complexo dos Poderes” e reafirmou o compromisso de não se tomar decisões “sem antes se ouvir os órgãos envolvidos e a sociedade sul-mato-grossense”.

 

  • Editada às 16h09min para acréscimo de informações

Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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Vacina da dengue

Ministério da Saúde amplia vacinação contra dengue e MS deixa faixa etária a critério dos município

Apesar do Ministério da Saúde liberar a vacinação para o público de 4 a 59 anos, Mato Grosso do Sul deve imunizar público de 6 a 16 anos, nos 78 municípios do estado

18/04/2024 17h42

Medida de emergência foi adotada pois imunizantes vencem no próximo dia 30 de abril. Reprodução/Sesau

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Com mais de 36 mil doses da vacina contra a dengue ainda disponíveis em Mato Grosso do Sul, a partir de hoje (18), a imunização foi ampliada para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em Campo Grande, bem como nos 78 municípios do Estado. 

Essa ampliação, anunciada pelo Ministério da Saúde, é uma medida excepcional e temporária. Inicialmente, a vacinação contra a dengue estava restrita a crianças de 10 a 14 anos. No entanto, o risco de perda de doses devido ao vencimento próximo, em 30 de abril, levou o órgão federal a tomar essa medida.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS), os municípios foram orientados da seguinte maneira: mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

Sobre a previsão de chegada de novas doses, Larissa esclarece que essa é uma organização do Ministério da Saúde, e novas doses serão encaminhadas conforme a campanha for acontecendo ao longo do ano.

“Ainda não mandaram a previsão, então como é uma estratégia pontual de estoque que temos com validade para 30 de abril, eles vão encaminhar novas doses conforme a campanha for acontecendo ao longo do ano, porém para essa estratégia não virão novas doses, vão vir ao longo da campanha”, finaliza a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS.

Vacinação  na Capital 

Atualmente, há 1.346 doses da vacina contra a dengue disponíveis em Campo Grande. Desde o início da campanha, em 11 de março, foram aplicadas pouco mais de 10,5 mil doses.

Diante da nova recomendação do Ministério da Saúde, a Sesau informou que, durante a semana, a vacinação ocorrerá nas mais de 70 unidades básicas de saúde da família espalhadas pelas sete regiões urbanas e distritos do município, destinadas ao público-alvo de 6 a 16 anos.

Vacinação em Dourados

O prazo para tomar a primeira dose da vacina contra a dengue em Dourados segue até o dia 30 de abril. Para ampliar o número de imunizados, a Prefeitura, em parceria com a Fiocruz, expande os pontos de aplicação das doses no próximo sábado (20/4), durante o 'Dia D' de vacinação contra a dengue.

Neste dia, a vacina será oferecida em oito pontos extramuros para pessoas com idade entre 18 e 59 anos, além da Sala de Vacinação do PAM, onde podem vacinar pessoas de 4 a 59 anos.

Veja como está o índice de vacinação nos municípios:

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