O prefeito Gilmar Olarte (PP) sancionou a lei que trata da implantação de telhado verde nos prédios públicos de Campo Grande. Essa cobertura já é utilizada em diversos países e serve para diminuir as ilhas de calor nos centros urbanos. A aprovação foi divulgada no Diário Oficial (Diogrande) desta quarta-feira (5).
Antes de passar pelas mãos do chefe do executivo municipal, o projeto, de autoria dos vereadores dos Eduardo Romero e Mario Cesar, foi aprovado pela Câmara Municipal em sessão realizada no último dia 30 de julho, e prevê incentivos fiscais aos proprietários das edificações que adotarem Telhado Verde em conformidade com padrões técnicos previstos na lei.
Dentre as regras previstas na lei, o telhado verde deverá ter vegetação capaz de “resistir ao clima tropical e às variações de temperatura, além de usar pouca água, de modo a não servir de habitat de mosquitos como o aedes aegypti”. Essa lei não cria a obrigatoriedade da instalação do telhado, mas serve como incentivo.
A engenheira ambiental Adriana Galbiati explicou que existem dois tipos telhado verde, “um sistema simples em que se coloca lona, substrato, faz uma drenagem, e escolhe as plantas que quiser. Outros para prédios maiores que exigem um trabalho de engenharia, com cálculo estrutural da planta, pra ver a quantidade de terra de vegetais e pessoas que podem ficar circulando no teto”.
Segundo ela, existem ao menos três vantagens em se instalar o telhado: o conforto térmico, a diminuição da poluição visual e absorção do impacto das chuvas. “Funciona como a incidência do sol numa floresta. A fotossíntese das plantas absorve boa parte da energia do sol, a água evapora e isso faz com que a temperatura e fique estável. Na cidade, quando o sol bate em uma parede de concreto, não há absorção e o cimento fica irradiando aquele calor”.
Adriana completa afirmando que não há vantagem econômica na implantação do teto verde. “A vantagem para a empresa ou para o cidadão é de estar fazendo a coisa certa”.