Diz o ditado que os livros são a alma de uma casa. Mas não é preciso que eles fiquem apenas nas estantes, guardados dos olhos dos visitantes. Muito pelo contrário, servem também como belos objetos para decorar o ambiente.
“Os livros humanizam uma casa de maneira geral”, conclui a decoradora de interiores Marília Veiga, que faz uso intenso deles nos projetos que cria para seus clientes. O principal, segundo ela, é perceber quais sãos os interesses da pessoa, e assim escolher as obras que ficarão à mostra para que os visitantes vejam e manuseiem. A designer de interiores Edwiges Cavalieri concorda: “a primeira coisa que as pessoas fazem ao entrar em uma casa é olhar os livros dos moradores, e isso é uma forma de conhecê-los melhor”.
Mesas de centro são um ótimo lugar para colocar livros que representem os gostos das pessoas. Edwiges Cavalieri lembra, no entanto, que é preciso cuidado na hora de empilhá-los. “Tem de haver alinhamento no tamanho, com os maiores servindo de base, e os outros sendo colocados conforme uma pirâmide. Caso contrário, é como um quadro torto.” Ela recomenda cuidado na hora de selecionar as obras que ficarão expostas, pois algumas podem constranger as visitas. “Um livro com nus artísticos, por exemplo, fica melhor em ambientes mais íntimos, como um quarto”, diz. Marília Veiga, por sua vez, afirma que algumas obras têm capas tão bonitas que são usadas como quadros. Ela recomenda, no entanto, cuidado com a quantidade de obras expostas. “Tudo em excesso pesa na decoração”, diz a decoradora.
As publicações não têm apenas função estética. Marília Veiga explica, por exemplo, que eles servem para dar regularidade a mesas antigas que tenham superfícies irregulares. Ela também os usa para apoiar luminárias que estejam muito baixas. Já Edwiges Cavalieri lembra que, na cozinha, os livros não ficam apenas bonitos, mas também servem aos cozinheiros da casa.