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Longe de imunidade de rebanho, aglomerações ainda influenciam em retomada de altas taxas da Covid-19

A média móvel de casos da doença está em declínio, mas flexibilizações ainda podem reverter o cenário

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Com 85.507 casos confirmados de Covid-19, Mato Grosso do Sul ainda está longe da imunidade de rebanho, mas aglomerações ainda podem influenciar em uma nova forte onda de confirmações.

A chamada imunidade de rebanho, também conhecida como imunidade coletiva, acontece quando uma porcentagem significativa de indivíduos (de uma mesma comunidade) fica imune a uma doença transmissível.

Desta forma, entende-se que a parte da população que já foi infectada passa a servir como barreira aos que ainda não contraíram o vírus.

Conforme explica o médico infectologista, Dr. Júlio Croda, teoricamente a imunidade coletiva existe quando 70% da população já foi infectada, mas essa ainda é uma realidade distante para o estado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem uma população atual estimada em 2.809.39 milhões habitantes.

Para que a imunidade de rebanho fosse atingida, o número de casos no estado precisaria chegar a 1.966.575 milhão.

"A máscara, o distanciamento social e evitar aglomerações, que são extremamente desnecessárias agora, ainda são os recursos mais eficazes contra o vírus.", destacou o especialista.

A imunidade coletiva é comumente atingida por meio de vacinas, mas, no caso do novo Coronavírus, ainda não há imunizantes aprovados.

Mesmo que a imunidade de rebanho esteja temporariamente descartada, a queda nas taxas da doença não representam o fim da pandemia.

Segundo Croda, é importante ficar em alerta, porque os resultados otimistas, das últimas semanas, fazem parte de um cenário que ainda pode ser facilmente revertido.

"Depois da queda nos números existe um retorno importante da circulação viral, assim como pode-se ver em parte da Europa.", explica o médico.

Impulsionadores

Como agente propagador da doença, estão as aglomerações.

Ignorando as recomendações de segurança em Saúde, repassadas tanto pela secretaria estadual, quanto pelo Ministério da Saúde, no último sábado (07), aconteceu a terceira edição do Baile do 067.

A festa, que durou cerca de 16 horas, é conhecida por ser o maior baile funk do estado, com venda de ingressos até em cidades do interior.

Aproximadamente 4 mil pessoas participaram do evento, que foi realizado num parque na zona rural de Rochedo, município a 60 km de Campo Grande.

O lançamento do Baile foi em novembro do ano passado, e, por causa do sucesso, logo na sequência a segunda edição competiu público com o carnaval, e aconteceu na última semana de fevereiro.

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A divulgação do evento durou cerca de dois meses, e, mesmo com o discurso do Governo em conter os efeitos da Covid-19, não houve poder fiscalizatório na aglomeração que reuniu milhares de jovens e adultos em meio a um cenário de tragédia nacional.

Só em Campo Grande, sete comércios funcionavam como postos de vendas para a festa.

Além deles, as vendas também estavam liberadas nos municípios de Sidrolândia e na Grande Dourados, segunda maior cidade do estado.

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Por causa do número de pessoas reunidas para o evento, ele está na lista das aglomerações que prejudicam as respostas otimistas esperadas pelos especialistas.

Ainda de acordo com Dr. Júlio, não há como prever quando o número de casos da doença voltará a crescer, e, mesmo sabendo que a nova onda virá, ela não deve ser estimulada.

A retomada também está diretamente ligada às variáveis climáticas, a sazonalidade do vírus e as medidas preventivas adotadas diariamente pela população, que não podem ser ignoradas.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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