A reforma dos terminais de transporte coletivo de Campo Grande ainda está longe do fim, mas o pouco que já se fez não pode mais ser notado. O vandalismo e a lentidão dos trabalhos mantêm inalterado o excesso de reclamações dos usuários do serviço. O Consórcio Guaicurus, concessionária do transporte urbano de Campo Grande, comprometeu-se em março a reformar todos os terminais de ônibus, em troca da manutenção da isenção do pagamento do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS).
Não foi por pouco dinheiro que o consórcio preferiu executar as obras de reforma. O grupo, que reúne quatro empresas de ônibus, teria de recolher, em média, R$ 800 mil por mês do tributo, caso a isenção fosse retirada. No período de seis meses – até outubro – teria de deixar R$ 4,8 milhões nos cofres do município.
O Terminal Bandeirantes foi o primeiro a receber obras nos banheiros e nos bebedouros. A manutenção foi só um retoque e os banheiros que estavam interditados foram trancados de vez e as portas repintadas. Conforme os usuários, ainda falta iluminação à noite e segurança. “Os bebedouros foram todos trocados e isso foi bom. Só que agora os meninos já começaram a pichar tudo de novo, muitos em horários em que ninguém vê, porque falta a fiscalização. A empresa vem, limpa tudo e como ninguém cuida... Mas tem que preservar e fiscalizar também”, expressou o zelador Edson Roberto, 60 anos. De fiscalização, há uma empresa terceirizada que tem vigias nas entradas dos terminais, porém, que, conforme os usuários, não ficam no período da noite
*Leia a reportagem, de Bárbara Cavalcanti, na edição de hoje do Jornal Correio do Estado.