Fábio Dorta, de Dourados
O vereador Dirceu Longhi (PT), que é presidente da CPI da Saúde na Câmara Municipal de Dourados, negou envolvimento com as denúncias de fraudes apontadas na Operação Owari da Polícia Federal no contrato firmado pela Prefeitura de Dourados com o Hospital Santa Rosa. Longhi era secretário municipal de Gestão (atual Secretaria de Administração) e foi quem assinou, como representante da prefeitura, contrato de locação do hospital e de equipamentos hospitalares. Segundo ele, o responsável pelo aluguel foi o secretário municipal de Saúde da época, João Paulo Esteves, um dos 42 presos na Operação Owari.
De acordo com o vereador, a assinatura dele aparece no contrato porque a Secretaria Municipal de Gestão atuava como interveniente nos contratos de locações de imóveis feitos por todas as secretarias municipais. “Todos os contratos de locação faziam parte de um sistema de gerenciamento administrativo, que era coordenado pela Secretaria de Gestão”, explicou.
O vereador disse ainda que sua secretaria não tinha poderes para interferir nas decisões tomadas por outras pastas, nem de modificar os valores dos contratos enviados pelos secretários municipais. “Não fui preso, não fui citado nas investigações, nem mesmo convocado pela Polícia Federal para depor ou prestar esclarecimentos na Operação Owari”, frisou Longhi.
Ele contou ainda que a Secretaria de Saúde teve de contratar, na época, uma perícia qualificada para analisar os valores do contrato, porque a Comissão Municipal de Valores Imobiliários para Locação declarou-se incompetente para avaliar o caso, devido à complexidade do contrato, principalmente por conta da locação de equipamentos hospitalares.