Dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados em Mato Grosso do Sul, a macrorregião de Campo Grande ocupa 97% deles, segundo dados do Relatório de Pacientes Internados nas UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS). A Capital ultrapassou a marca dos 10 mil casos confirmados da covid-19 e é atualmente o epicentro da doença no Estado.
Segundo os dados, dos 224 leitos de UTI com pacientes internados, a Capital representa 175 deste número. Além de Campo Grande, Chapadão do Sul, Costa Rica, Maracaju (terceira cidade com mais ocupações, com seis pacientes), Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Terenos e Nova Alvorada do Sul fazem parte da microrregião, totalizando 196 pacientes internados.
Já Aquidauana, segunda com mais leitos (oito pacientes), Dois Irmãos do Buriti, Bonito, Jardim, Miranda, Nioaque, Rio Verde de Mato Grosso, Sonora, mais as cidades citadas integram a macrorregião, que é responsável pela ocupação de 217 leitos, ou seja, 97%.
Já as outras macrorregiões ocupam os 3% restantes. São quatro leitos ocupados da de Três Lagoas, dois na de Dourados e um na de Corumbá.
Confira relação completa de leitos em MS:
MUNICÍPIO ORIGEM | QUANTITATIVO |
---|---|
Campo Grande | 175 |
Aquidauana | 8 |
Maracaju | 6 |
São Gabriel do Oeste | 3 |
Sonora | 3 |
Terenos | 3 |
Três Lagoas | 3 |
Bataguassu | 2 |
Costa Rica | 2 |
Dois Irmãos do Buriti | 2 |
Nioaque | 2 |
Nova Alvorada do Sul | 2 |
Rio Verde de Mato Grosso | 2 |
Bataguassu | 1 |
Chapadão do Sul | 1 |
Corumbá | 1 |
Dourados | 1 |
Jardim | 1 |
Miranda | 1 |
Ribas do Rio Pardo | 1 |
Rio Brilhante | 1 |
Rio Negro | 1 |
LEITOS ZERADOS
Na quarta -feira (29) o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) divulgou que chegou ao seu limite de atendimento em relação as vagas de UTIs. As 81 vagas do setor estão ocupadas no momento, sendo que a maioria é por pacientes com coronavírus.
De acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado, eram 71 pacientes internados com Covid-19 em leitos de UTIs e 89 na enfermaria. O hospital não informou por quais enfermidades eram ocupadas as outras 16 vagas e nem o número de casos suspeitos do novovírus estão no setor.
Médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Júlio Croda, afirma que a única medida para diminuir a curva e evitar que faltem leitos é a adoção de medida rígida de restrição.
“Campo Grande deve aumentar o lockdown. Na minha opinião técnica, já na semana que vem, teremos pacientes morrendo por falta de leitos”, disse, em live realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
DIVERGÊNCIAS
A prefeitura de Campo Grande divulgou, no início da noite desta sexta-feira (31) que a ocupação global de leitos na cidade era de 84%. Os números do governo de Mato Grosso do Sul são diferentes, e indicam uma ocupação global de 90,53% dos leitos de Covid-19.
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