O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, votou às 6h (7h de Brasília) no distrito de Catia, em Caracas, cinco horas antes do que havia anunciado aos meios locais e internacionais.
Desta forma, apenas a TV estatal estava presente e registrou seu voto. "Este é o primeiro voto pela tranquilidade futura da Venezuela", disse.
A autoridade eleitoral venezuelana (CNE) também informou que jornalistas seriam impedidos de ultrapassar um perímetro de 500 metros ao redor dos centros de votação.
Trajando camisa vermelha, Maduro cumprimentou mesários, pegou sua cédula e dirigiu-se à cabine. Antes de encerrar seu voto, repetiu o gesto de vários mandatários em eleições erguendo a cédula.
"Quis o imperador Donald Trump proibir o povo de exercer o direito ao voto e eu disse chova ou faça sol haverá eleições e Assembleia Constituinte", disse Maduro.
Caracas amanheceu silenciosa, com muitas ruas bloqueadas por barricadas e alta presença da Guarda Nacional Bolivariana nas ruas.
Enquanto isso, a TV estatal apresentou várias autoridades ao vivo acalmando a população, afirmando que a segurança dos centros de votação estava garantida.
"Não tenham medo de sair de casa e exercer seu direito básico e garantido pela nossa Constituição, o de escolher os representantes dessa Constituinte histórica", disse o líder chavista Elias Jaua.
A oposição, por sua vez, convocou uma marcha para as 10h (11h de Brasília), com o slogan "Venezuela se rebela contra a fraude", e pedindo que as pessoas compareçam vestidas de branco ou usando as cores da bandeira nacional.
Líderes oposicionistas confirmaram por meio das redes sociais que estariam presentes.