A juíza da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rosângela Alves de Lima Fávero, determinou que a polícia e o Conselho Tutelar acolham para o obrigo do município um menino de dez anos, que teria sido espancado pela mãe e pelo padrasto, por ter perdido R$ 2,00 na manhã do último domingo (3). A denúncia foi formulada após a coordenadora da escola onde a criança estuda acionar o Conselho Tutelar do município.
O conselho foi à escola, na tarde de quarta-feira (6) e ouviu a criança, que relatou que a mãe, R.M.S. teria batido nele com uma pá de construção e o padrasto, M.P.C.S., teria usado um chicote de bater em cavalos para o repreender pela perda do dinheiro.
“Ele contou que foi à padaria, no bairro Paranapungá, comprar pão domingo cedo, e perdeu o dinheiro. Embora tenha procurado no caminho, não encontrou. Irritada, a mãe teria batido nele com a pá e o padrasto teria completado o castigo”, afirmou o conselheiro Davis Martinelli.
Ele ainda relatou que a mãe foi ouvida e não esboçou arrependimento. “Ela disse que faria tudo de novo se fosse preciso, porque estava educando o filho”, contou Martinelli. De acordo com o conselheiro, o menino foi levado para a casa do avô, porém o padrasto, muito agressivo, o buscou.
Martinelli afirmou que o pedido de à Justiça que a criança fosse afastada da casa, principalmente porque relatou que os maus tratos são constantes e que o padrasto o exporia a assistir filmes pornográficos.
De acordo com conselheiro, a remoção para o abrigo Poço de Jacó é uma forma de protegê-lo até que a seja feita análise social e encontrado um familiar que o acolha. “Temos que retirar do convívio da família porque ele corre risco, inclusive se for para a casa de um parente, já que o padrasto pode constranger esta pessoa da família”, explicou Martinelli.