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Mais de 10 milhões de senhas de brasileiros são expostas em vazamento global

O combo ainda inclui 68.535 senhas ligadas a e-mails da administração pública do país

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Mais de 10 milhões de senhas de brasileiros estão expostas em um compilado de dados vazados e agregados ao longo de, no mínimo, três anos. O combo ainda inclui 68.535 senhas ligadas a emails da administração pública do país.


Os dados estão em um compilado global, com cerca de 3,2 bilhões de registros (emails e senhas) vazados de diversos países, que veio à tona no início de fevereiro, de acordo com sites especializados internacionais.

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A empresa de cibersegurança Syhunt levantou quais deles eram relativos ao Brasil, e chegou a 9,78 milhões de senhas ligadas a domínios "com.br", conforme publicou o jornal o Estado de S. Paulo nesta sexta (5).


O número deve ser muito superior porque não foi possível averiguar quais contas de domínios como Gmail, Hotmail e Yahoo, são de brasileiros.


De acordo com o levantamento da Syhunt, entre os 20 domínios brasileiros (com endereço ".gov" de email) com maior número de senhas expostas estão Caixa, Previdência, Fatec, Câmara dos Deputados, Prefeitura de São Paulo, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Prefeitura de Macaé, entre outros.


Também há emails de servidores da Petrobras e da Justiça. O STF (Supremo Tribunal Federal) se pronunciou sobre as senhas de 98 emails expostas da corte. Afirmou que servidores usaram o endereço eletrônico do tribunal para fazer cadastro em sites na internet.


"Não se trata de nenhum tipo de invasão a sistemas da Suprema Corte", afirmou o STF.


Apesar da insegurança de alguns sites da administração pública, é provável, de acordo com especialistas, que os servidores utilizem as credenciais para acesso a outros sites, de modo que as empresas estatais não precisam ser invadidas para que esses dados sejam expostos. Ou seja, basta se cadastrar com o email corporativo em uma página insegura.


O compilado tem sido chamado de PWCOMB21 (sigla em inglês para um termo como "compilado de senhas de diversas violações em 2021"). A origem dos dados é diversa, vindo de diferentes empresas dos setores público e privado ao longo de anos.


Não há, segundo a Syhunt, ligação direta entre esse compilado e a exposição e venda de 220 milhões de dados de brasileiros, noticiada em janeiro, embora eles tenham sido evidenciados no mesmo fórum.


De acordo com Felipe Daragon, fundador da Syhunt, em 2017 hackers publicaram o primeiro combo de emails e senhas, um total de 1,4 bilhão de credenciais do mundo todo. A versão publicada em fevereiro foi uma espécie de atualização, agora com 3,2 bilhões de senhas.


Os especialistas da Syhunt identificaram que várias senhas vazadas coincidiam com as já utilizadas pelos usuários. Um dos principais problemas desse compilado é a evolução do registro de senhas pessoais ao longo dos anos, o que pode levar um criminoso a descobrir a nova senha de um usuário que tenha trocado.


Por exemplo, se a pessoa apenas acrescenta um novo caractere na hora de atualizar a senha ou muda apenas o nome do personagem de um mesmo filme, dá indícios de um padrão de senha que utiliza.


Não é possível saber se as senhas estão atualizadas, mas é provável que algumas estejam. De qualquer modo, manter vulnerável o histórico de senhas já é um risco ao cidadão.


Em alguns casos, a empresa de segurança digital detectou de três a 30 senhas relacionadas a um único endereço de email.


Para se proteger, usuários devem alterar suas senhas para palavras complexas, evitando sequências alfabéticas, com diferentes caracteres e números.


A reportagem procurou o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados), mas ainda não obteve retorno.

SAIBA COMO SE PROTEGER: MEUS DADOS VAZARAM, E AGORA?


O primeiro passo é ficar atento para todo e qualquer tipo de contato de diferentes empresas. A cautela é necessária em todos os meios possíveis: email, internet, WhatsApp, telefone ou SMS.


"É preciso ficar atento e desconfiar de comunicações de empresas que oferecem vantagens milagrosas ou prêmios que aparecem repentinamente. É necessário checar se o remetente é confiável, se é representante legítimo da empresa", diz Diogo Moyses, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).


Outro ponto trazido pelos especialistas é o de nunca responder a solicitações de dados pessoais, senhas ou dados bancários.


Nathalie Fragoso, do InternetLab, afirma que é preciso tomar cuidado com phishing -tentativa de obter informações confidenciais por meio de um disfarce de entidade confiável por email, SMS ou redes sociais.


"É importante prestar atenção no que clica, não clicar em links que não conheça, não abrir emails que não tenham garantias de que são autênticos e seguros. Dá para entrar em contato com as instituições remetentes", diz.


ADIANTA TROCAR A SENHA?


Segundo os especialistas, apesar de não ser possível "desvazar" os dados ou apagá-los da internet, a troca de senhas é mais um fator de segurança.


O ideal é que a senha contenha caracteres maiúsculos e minúsculos, números e símbolos. Senhas como o nome do pai ou da mãe, datas de aniversário ou sequências numéricas são consideradas frágeis e podem ser facilmente quebradas.


Especialistas também indicam habilitar autenticações de dois fatores.


O CRIMINOSO CRIOU UMA CONTA FALSA OU TOMOU CRÉDITO NO MEU NOME. O QUE FAZER?


A primeira medida é fazer um boletim de ocorrência.


"A notícia-crime deve ser feita caso a pessoa detecte que ocorreu algum uso indevido dos seus dados. Mas sobre o vazamento em si é praticamente ineficaz, já que praticamente todos os cidadãos tiveram seus dados vazados. Seriam 200 milhões de BO´s que, ainda assim, não resolveriam o problema", diz Ronaldo Lemos.


É importante entrar em contato com o banco ou com a empresa na qual a conta falsa foi criada.


Segundo o presidente da Combate à Fraude, Leonardo Rebitte, mudar o email utilizado e até mesmo o telefone, dependendo da situação, podem ser alternativas.


"Em última instância, dependendo do impacto que o consumidor sofreu com o vazamento de suas informações, é possível tentar o cancelamento do CPF atual e o pedido de um novo número na Receita Federal", disse Rebitte.

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ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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