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Mais de 150 mil veículos no MS têm débitos em IPVA anteriores a 2019

Dívidas chegam a valor estimado em R$ 47,2 milhões, sem calcular juros e multa

RAFAEL RIBEIRO (com assessoria)

21/07/2019 - 07h40
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 Com o objetivo de oportunizar a regularização junto ao fisco, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-MS) informa aos proprietários de veículos automotores que é possível parcelar dívidas anteriores a 2019 referentes ao Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). O valor total – acrescido de juros e multa – pode ser dividido em até 10 vezes.

Dados da Sefaz apontam que no Mato Grosso do Sul, cerca de 155,2 mil veículos têm dívidas de IPVA anteriores a 2019, não inscritas em dívida ativa. O valor estimado pela secretaria é de R$ 47.190.728,46 (sem calcular multa e juros). Para a gestão pública estadual e prefeituras é fundamental tentar recuperar esses valores, uma vez que são de extrema importância para a execução de políticas públicas como saúde, educação e segurança pública.

Conforme o chefe da Unidade de Fiscalização do IPVA, Paulo Sérgio Monteiro Ferreira, esses débitos são passíveis de renegociação e parcelamento em até 10 vezes, desde que o proprietário cumpra alguns requisitos. “Para optar por essa forma de pagamento os proprietários não podem estar inscritos em dívida ativa com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), nem estar inadimplente em outro reparcelamento de IPVA com a Sefaz”, pontua.

Para efetuar a modalidade de pagamento é muito simples: basta que o contribuinte acesse a página de autoatendimento do IPVA e esteja em posse do documento do veículo. Ao entrar no site serão solicitados placa do veículo e Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Em seguida, o portal mostra qual a dívida e as opções de pagamento com atualização dos valores, juros e multa, isto é, o valor total a ser parcelado.

O valor das parcelas, no momento da solicitação, não pode ser inferior ao equivalente a:

I – um inteiro e quarenta e cinco centésimos do valor da Uferms vigente na data do pedido do parcelamento, no caso de veículos de duas rodas (motocicletas); hoje equivalente a R$ 41,46 (quarenta e um reais e quarenta e seis centavos)

II – dois inteiros e sessenta e seis centésimos do valor da Uferms vigente na data do pedido do parcelamento, no caso dos demais veículos; hoje equivalente a R$ 76,05 (setenta e seis reais e cinco centavos).

Em caso de dúvidas, os contribuintes devem se dirigir pessoalmente às Agenfas em seus respectivos municípios, munidos de documentos pessoais e do veículo ou ainda procurar a Coordenadoria de Fiscalização do IPVA e do ITCD, que fica em Campo Grande, na avenida Fernando Corrêa da Costa, 858, das 7h30 às 17h30. A secretaria disponibiliza ainda os telefones (67) 3316-7513 / 7534/ 7541 para mais informações.

O recolhimento do IPVA é anual e o valor arrecadado é dividido de forma igualitária: 50% entre Estado e 50% com municípios onde os veículos são registrados. O dinheiro vai para uma conta única, no caso o Tesouro do Estado e dos municípios, para atender às necessidades da população em saúde, educação, infraestrutura e outros, de acordo com o estabelecido no orçamento anual, no plano plurianual e nas diretrizes orçamentárias elaboradas pelas gestões públicas e aprovadas pelo legislativo.

Não pagamento complica vida do contribuinte

A Sefaz alerta aos contribuintes que em caso do não pagamento da dívida, o nome do proprietário do veículo automotor é enviado à PGE, que por sua vez faz a inscrição na dívida ativa e envia ao cartório para Protesto. Os Tabelionatos De Protesto, como banco de dados de inadimplência oficial do Poder Público no Brasil, enviam diariamente informações de nomes protestados e cancelados ao SERASA, BOA VISTA e demais associações de proteção de crédito conveniadas.

Assim, o devedor devidamente protestado, enquanto não quitar sua dívida com seu credor, constará em todas as certidões de protesto emitidas pelos cartórios, assim como nos bancos de dados de proteção ao crédito.

Os nomes inclusos nesta lista geram inúmeros inconvenientes, causando constrangimentos e limitações na vida pessoal e comercial de qualquer cidadão ou empresa, como por exemplo:

· Restrições junto à agência bancária para retirada de talões de cheques.

· Cancelamento de conta corrente no banco.

· Constrangimento ao fazer pagamentos com cheque.

· Restrições creditícias na praça, para concessão de financiamentos, leasing entre outras operações de crédito.

Além disso, órgãos administradores de linhas de crédito imobiliários governamentais exigem a inexistência de protesto para a liberação do financiamento. Para a concessão de linhas de crédito em instituições privadas (financeiras e bancos) a situação é agravada. Só haverá a liberação do crédito após uma profunda análise do passado financeiro do solicitante.

Por fim, o credor de posse do Instrumento de Protesto (comprovante do protesto do devedor), está municiado do documento necessário para qualquer posterior acionamento judicial através de uma Ação de Cobrança.

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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Mato Grosso do Sul

Tráfico: PF dá sequência à operação que respinga no "mais louco do Brasil"

Operação é desdobramento de investigação que respingou em "prefeito mais louco do Brasil"

15/10/2024 17h38

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15)

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15) Divulgação

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A Polícia Federal prendeu uma pessoa e cumpriou mais três mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15) na cidade de Ivinhema. A ação policial, denominada Operação Defray, é um desdobramento da Operação Lepidosiren, deflagrada em 8 de agosto último. 

Os policiais federais combatem na cidade uma organização de traficantes internacionais, que transportam maconha e cocaína do Paraguai para o Brasil. Conforme os policiais federais existe na cidade “uma associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes local”.

Casa do prefeito apreendida

A operação que deu origem à ação desencadeada nesta terça-feira (15) respingou no prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), tucano que se autoproclama “o mais louco do Brasil”. A casa que o prefeito mora acabou “apreendida” (bem bloqueado) pela Justiça Federal. 

“Durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil, além do bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”, informou a Polícia Federal.

Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico.

A Operação Lepidosiren, que resultou na prisão de Luiz Carlos Honório ocorreu em 8 de agosto deste ano. Segundo a Polícia Federal, ele seria integrante de uma quadrilha e proprietário de um carregamento de  3,4 toneladas de maconha interceptado em junho de 2021.

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