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Mato Grosso do Sul tem 211 mil na fila prioritária de vacinação

Doses serão distribuídas a partir da semana que vem para Mato Grosso do Sul

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Mato Grosso do Sul deverá vacinar nesta primeira fase da campanha de imunização contra a Covid-19 211.633 pessoas, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A previsão é de que a campanha já tenha início na próxima semana, na quarta-feira (20), em todo o País, segundo o Ministério da Saúde.

No Estado, esse número é referente ao primeiro grupo prioritário que fará parte da campanha, que corresponde a: trabalhadores de Saúde, em um total de 69.988 habitantes.

Pessoas de 80 anos ou mais, que são 51.004; pessoas de 75 a 79 anos, que somam 43.704; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, que chegam a 2.966 no Estado; e a população indígena, em um total de 43.971.

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Apesar de um cronograma já ter sido feito pelo governo do Estado para distribuição de todas as doses, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que o Ministério da Saúde ainda não confirmou qual o número de doses chegarão a Mato Grosso do Sul.

“Não temos informações precisas do Ministério da Saúde sobre qual vai ser a vacina, quando chega e horário. Estou entendendo que vai chegar em quantitativo pequeno, que não vai dar para todos do primeiro grupo”, alertou o secretário.

Segundo ele, caso essa remessa seja menor que os 211 mil previstos, a distribuição será feita de forma “equitativa” para todos os municípios. “No mesmo momento seria distribuído para todos os municípios, proporcionalmente e levando em consideração os grupos prioritários. Do quantitativo que chegar, vamos fazer a distribuição”.

O secretário prometeu fazer uma simulação na segunda-feira da chegada das vacinas em Campo Grande, como forma de treinamento para que nada dê errado quando as doses realmente estiverem em Mato Grosso do Sul.

Resende ainda contou que na tarde de segunda-feira haverá uma reunião entre a equipe de imunização da Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério da Saúde, em que a Pasta espera que os detalhes sobre a vacina e a campanha sejam resolvidos.

“Temos tudo preparado, já fizemos a revisão de todos os passos e vamos mostrar como nos preparamos para esse momento tão especial durante essa simulação”, completou o secretário.

As doses chegam em Campo Grande, de onde sairão em 26 viaturas (sendo 22 do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar) para os outros 78 municípios do Estado. A expectativa é de que a entrega leve, no máximo, 48 horas para ser concluída. Ela será acompanhada por agentes armados.

CAMPO GRANDE

Em Campo Grande, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), mais de 62 mil pessoas fazem parte do primeiro grupo prioritário a receber a vacina, de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

São: 29.721 trabalhadores da saúde; 18.015 idosos de 80 anos ou mais; e 14.932 pessoas de 75 a 79 anos. A Pasta não soube informar qual o número de idosos institucionalizados (em asilos ou hospitalizados).

Na Capital, para a distribuição do imunizante, a cidade contará com os postos de saúde, um local em sistema drive-thru e um polo de vacinação. Os detalhes do plano de vacinação, entretanto, ainda não foram divulgados.

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GOOGLE-NEGÓCIOS

CEO do Google destoa de Musk, defende obedecer STF e diz que na internet não vale qualquer coisa

Nas últimas semanas, o empresário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), ameaçou o descumprimento de ordens da Justiça brasileira

17/04/2024 22h00

Após a repercussão recente envolvendo o caso Musk, o projeto será rediscutido do zero pela Câmara dos Deputados Divulgação Redes Sociais

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O presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, disse que as decisões judiciais, especialmente as do STF (Supremo Federal Federal), devem ser cumpridas pelas plataformas que operam no país.

Nas últimas semanas, o empresário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), ameaçou o descumprimento de ordens da Justiça brasileira quando "elas violarem a lei do país". A defesa da rede social, porém, afirmou ao Supremo que as determinações da corte "permanecem e continuarão a ser integralmente cumpridas".

Coelho afirmou que as plataformas possuem termos de uso, que estão sujeitos ao arcabouço legal do país, e que o respeito às ordens judiciais é uma das políticas de combate à desinformação praticadas pela plataforma.

"Decisões judiciais de primeira instância podem ser discutidas, pode haver recursos, mas quando [o processo] chega no Supremo Tribunal Federal ou no Tribunal Superior Eleitoral [TSE], essas decisões têm que ser cumpridas, não se discute. Acho muito importante colocar isso em perspectiva porque a internet não é um espaço onde vale qualquer coisa", afirmou em painel do Web Summit Rio.

"Algumas linhas não podem ser cruzadas não apenas pelas empresas, mas também pela sociedade. O exercício da cidadania pressupõe a liberdade de expressão, mas ela não inclui homofobia, racismo, crime de ódio e incitação à violência", disse Coelho.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o Google lançou no ano passado uma ofensiva contra o PL das Fake News, cujo objetivo era regulamentar as redes sociais. A Polícia Federal concluiu que a atuação da companhia configurou "abuso de poder econômico, manipulação de informações" e uma possível violação contra a ordem de consumo.

Após a repercussão recente envolvendo o caso Musk, o projeto será rediscutido do zero pela Câmara dos Deputados.

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Colapso hospitalar

Sem leitos e vagas nos centros cirúrgicos, gestantes sofrem com superlotação em hospitais

Crise de superlotação em maternidades de Campo Grande coloca em risco gestantes e bebês. HU e Santa Casa pedem medidas emergenciais para normalizar o atendimento

17/04/2024 18h09

A superlotação é atribuída principalmente ao elevado número de partos prematuros, possivelmente resultado de um pré-natal irregular e insuficiente. Reprodução

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As maternidades dos hospitais referências em gestação de alto risco em Campo Grande enfrentam uma grave crise de superlotação, com todas as categorias de leitos atingindo sua capacidade máxima. A falta de espaço nos centros cirúrgicos coloca em risco a saúde das gestantes e bebês, comprometendo a qualidade do serviço oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No Hospital Universitário, a situação chegou a um ponto crítico, com gestantes sendo atendidas nos corredores da instituição e leitos improvisados para dar conta da demanda. Fotos e vídeos compartilhados por pacientes denunciaram a alarmante situação.

Em resposta às denúncias, o Hospital Universitário atualizou que a situação de sobrecarga na maternidade, centro obstétrico e sala de pré-parto passou de ‘muito grave’ para ‘moderada’. No entanto, ainda há recém-nascidos aguardando vaga em UTI neonatal ou Unidade de Cuidados Intermediários.

“Hoje estamos com 3 recém nascidos no centro obstétrico aguardando vaga de UTI neonatal ou de Unidade de Cuidados Intermediários. No alojamento conjunto (enfermaria da maternidade) temos 8 pacientes extras, alguns no corredor, mas já temos previsão de alta, o que já alivia um pouco. Essa melhora foi possível porque a Central de Regulação, através da Secretaria Municipal de Saúde, parou de encaminhar gestantes em "vaga zero" por vários dias e viabilizou algumas vagas para transferência de recém nascidos para outros hospitais”, diz a nota enviada ao Correio do Estado.

A superlotação é atribuída principalmente ao elevado número de partos prematuros, possivelmente resultado de um pré-natal irregular e insuficiente. Diante disso, o hospital solicitou à Central de Regulação Municipal e ao Ministério Público a interrupção do encaminhamento de novos pacientes até que a situação seja normalizada.

“Acreditamos que essa superlotação, tanto no Humap/UFMS, quanto nos outros hospitais de Campo Grande, se deve por número excessivo de partos prematuros que ocorrerem, muito provavelmente por um pré natal realizada de maneira irregular e insuficiente, entretanto, não temos dados mais objetivos sobre isso pois a maioria das pacientes que vem ao HU ter seu bebê, faz pré natal em outros serviços de Campo Grande ou municípios do interior”, acrescenta o Humap.

Foto: Santa Casa CG

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) reconhece a gravidade da situação e afirma estar em contato com todas as instituições contratualizadas para reorganizar e redistribuir os pacientes de acordo com a capacidade de cada unidade.

“Campo Grande é referência no atendimento terciário de mais de 33 municípios no Estado, sendo comum a transferência de pacientes destas cidades, dando o suporte e atendimento adequado a essas pessoas. Neste momento a Sesau, através da Superintendência de Relações Institucionais em Saúde, está em contato com todas as instituições contratualizadas pela pasta e que possuem maternidade visando a reorganização e redistribuição dos pacientes conforme a capacidade de cada uma destas unidades.”.

Cabe destacar que além do Hospital Universitário, outros hospitais que atendem gestantes de alto risco, como o Hospital Regional e a Santa Casa de Campo Grande, também enfrentam superlotação e pedem intervenção das autoridades para resolver o problema.

“A superlotação é uma realidade em todos os grandes hospitais de Campo Grande. O HRMS é uma unidade referência em gestação de alto risco e a regulação de acesso desses pacientes é pelo CORE (SESAU). Além disso, por ser uma unidade credenciada como Hospital Amigo da Criança, também recebe pacientes por demanda espontânea. A disponibilidade de vagas varia de acordo com a complexidade e tempo dos atendimentos/tratamentos”, relata o Hospital Regional.

Foto: Santa Casa CG

Já a Santa Casa de Campo Grande revelou que até o final da manhã de hoje (17),  5 pacientes estavam internados na admissão, com todos os leitos da enfermaria ocupados. Além disso, uma gestante em isolamento ocupa um leito de sala de parto, uma vez que não o hospital está sem leitos específicos para isolamento devido à superlotação.

“No total, 16 gestantes estão internadas no serviço, e outras 5 aguardam vaga na enfermaria devido à indisponibilidade de leitos. Essa sobrecarga é uma realidade enfrentada por outras maternidades, especialmente aquelas que atendem gestações de alto risco. A superlotação é uma constante e a rede de saúde não está se redimensionando adequadamente em resposta ao crescimento populacional e à complexidade dos casos”, afirmam.

Por fim, a Santa Casa faz um apelo para que às autoridades competentes que considerem medidas emergenciais para ampliar a capacidade de atendimento e garantir a segurança das gestantes e recém-nascidos.

Nossa equipe de reportagem questionou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul sobre o ofício enviado pelo Hospital Universitário pedindo intervenção. No entanto, até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno.

Maternidade Cândido Mariano se dispõe a receber gestantes

Em resposta à crise, a Associação de Amparo à Maternidade e à Infância (AAMI) ofereceu-se para receber gestantes sem vagas do Hospital Universitário em sua maternidade Cândido Mariano, que atende gestantes de médio a baixo risco.

“A AAMI vem por intermédio da sua Diretora Técnica, tendo em vista a superlotação do Hospital Universitário, informar que está à disposição para receber gestantes de pré natal de baixo risco com gestação a termo para parto normal ou cesárea. Sem mais, aproveitamos a oportunidade e reiteramos nossos protestos de estima e consideração.”, diz a nota da maternidade Candido Mariano.


Novo pac saúde prevê mais duas maternidades em MS

Para resolver o problema de forma estrutural, o Novo PAC Saúde prevê a construção de mais duas maternidades em Mato Grosso do Sul, além de centros de parto normal em diversas cidades, visando melhorar o atendimento e reduzir o risco de desassistência e violência obstétrica enfrentados pelas mulheres do estado.

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