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Educação

MEC quer pacto com estados para melhoria do ensino médio

MEC quer pacto com estados para melhoria do ensino médio

agência brasil

22/08/2012 - 07h25
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Após reunião com os secretários estaduais de Educação, o ministro Aloizio Mercadante anunciou que será firmado um “pacto nacional” com os governos estaduais para melhorar a qualidade do ensino médio. A iniciativa surge uma semana depois da divulgação dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que, no ensino médio, indicaram resultados insuficientes. O ensino médio é considerado o “gargalo” da educação básica, por registrar altos índices de abandono e reprovação, além de problemas na aprendizagem.

De acordo com Mercadante, será formado um grupo de trabalho entre os secretários de Educação e dirigentes do MEC para discutir soluções para essa etapa do ensino. Um dos focos deverá ser a reforma do currículo do ensino médio. A crítica é que hoje o conhecimento é apresentado de forma muito fragmentada aos estudantes – em média são 13 disciplinas obrigatórias. O debate não é novo. No ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que já indicavam uma flexibilização desse formato. De acordo com o ministro, o documento servirá de base para o novo modelo.

Mercadante ressaltou que a reforma não significa que a divisão entre as disciplinas será abolida, mas que a aprendizagem dos conteúdos será integrada em quatro grandes áreas: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. “Algumas redes de ensino já estão trabalhando por área de concentração. Isso não quer dizer menos disciplinas ou menos professores, mas que elas estão integradas em um processo de aprendizagem único”, disse.

Rio Negro

Bovinos em extrema magreza são encontrados; fazendeiro é multado em R$ 1 milhão

Durante fiscalização, os policiais encontraram os animais sem água e alimentos, em estado de abandono em uma fazenda no município de Rio Negro

13/10/2024 17h30

Carcaças de bonivos foram encontrados na fazenda

Carcaças de bonivos foram encontrados na fazenda Divulgação/ Polícia Militar Ambiental

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Durante uma fiscalização de 3.418 hectares da propriedade rural, próximo ao município de Rio Negro, a 153 quilômetros de Campo Grande, agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA) multaram um fazendeiro em R$ 1,13 milhão após encontrarem 15 animais mortos e bovinos em extrema magreza.

Em nota, a Polícia Militar Ambiental divulgou que a área onde foram encontrados os animais estava em manipulação, sem nenhuma condição de alimentação para eles. Um dos bebedouros usados pelos animais estava seco, e não havia alimento nos cochos.

Carcaças de bonivos foram encontrados na fazenda Divulgação/ PMA 

Ao ser interrogado pelos militares ambientais, o capataz da fazenda afirmou que havia 24 milhões de recém-nascidos sendo alimentados pela família, e que algumas férias ficavam morridas após o parto desses animais.

Novamente questionado sobre as irregularidades ocorridas na fazenda, o capataz afirmou que os bezerros estavam sendo alimentados com feno, mas o estoque estava esgotado. Os policiais ambientais também conversaram com o filho do proprietário da fazenda, que afirmou estar enfrentando dificuldades para encontrar feno devido à seca, que elevou a demanda pelo produto.

Durante a fiscalização, os policiais verificaram que o capataz era o único responsável por cuidar de 2.027 cabeças de gado.

Ainda de acordo com os militares ambientais, durante a inspeção pela fazenda, os policiais encontraram nove bovinos deitados, incapazes de se levantar devido ao estado avançado de magreza e desnutrição.

Diante da situação, o proprietário da fazenda foi multado em R$ 1,13 milhão. Os bovinos foram apreendidos, mas continuam sob a responsabilidade do proprietário da propriedade.

O caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro e ao Ministério Público Estadual. Conforme a PMA, este é o segundo caso registrado na região do Pantanal.

 

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"CORONAVÍRUS"

Nova variante da 'Covid' entra no radar enquanto MS lida com baixa vacinação

Mais transmissível, linhagem do Sars-CoV-2 batizada de "XEC" chega em território nacional, enquanto Estados já observam hospitalizações subirem pela falta de reforço nas faixas mais vulneráveis

13/10/2024 16h30

Variante vem sendo observada com uma disseminação veloz ao redor do globo

Variante vem sendo observada com uma disseminação veloz ao redor do globo Reprodução/Fiocruz/Itamar Crispim

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Enquanto observa uma alta no número de hospitalizações e óbitos por Covid-19, Mato Grosso do Sul "olha" para o lado e vê que outros Estados - como São Paulo e alguns do eixo Sul/Sudeste - já lidam com uma nova variante "mais transmissível" do vírus que tem se espalhado pelo mundo. 

Ainda em 24 de setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a "XEC" (como foi batizada) como uma "variante sob monitoramento" e, como bem explica em nota a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esse é um procedimento adoto nos seguintes casos: 

"Quando uma linhagem apresenta mutações no genoma que são suspeitas de afetar o comportamento do vírus e observam-se os primeiros sinais de 'vantagem de crescimento' em relação a outras variantes em circulação". Como esclarece a Fundação, entre os meses de junho e julho deste ano a variante passou a chamar a atenção, quando notado um aumento nas detecções que eram feitas em território alemão, se espalhando por diversos continentes: 

  • Américas
  • Ásia
  • Europa e 
  • Oceania. 

Mais de 2,4 mil sequências genéticas foram depositadas desde então na chamada plataforma Gisaid, quer serve para compartilhamento rápido de dados genômicos para pesquisadores de todo o mundo. 

Nova variante

Identificada até então pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), em: São Paulo; Santa Catarina e Rio de Janeiro, a linhagem do vírus Sars-CoV-2 pode ser mais transmissível que as demais. 

Porém, como frisa a virologista Paola Resende, pesquisadora do Laboratório do IOC, ainda será necessário estudar o comportamento dessa linhagem em território nacional. 

Entre agosto e setembro, durante três semanas, a capital fluminense foi alvo de uma estratégia de vigilância, para ampliar o sequenciamento de genomas desse vírus. 

Quando um teste dava positivo em determinada unidade básica de saúde, a amostra de "swab" nasal era enviada ao laboratório, confirmando informações como a predominância da JN.1 desde o fim de 2023, além de detectar em território nacional a XEC. 

Em análise foi identificado que a recombinação genética de duas cepas em circulação, foi que gerou a XEC, uma vez que o indivíduo conseguiu ser infectado por duas linhagens diferentes "ao mesmo tempo". 

A Fiocruz aponta que, pela mistura dos genomas de dois patógenos durante a replicação viral que acontece nesse caso, o genoma da XEC tem trechos de KS.1.1 e KP.3.3. 

Através dessas mutações ela garante essas "vantagens", que contribuem para aumento da sua disseminação. 

Situação local

Ao Correio do Estado, o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, Dr. Julio Croda, afirma que essa cepa parece, sim, ser mais transmissível e é identificada no Brasil em um momento em que Mato Grosso do Sul e outros Estados vivem uma alta de hospitalizações por Covid-19. 

"A cobertura de dose de COVID-19 no público com maior risco para hospitalização e óbito está baixa em todos o estado. O idoso tem que tomar 2 doses por ano", lembra o infectologista. 

No começo de outubro os boletins epidemiológicos de Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES) já alertavam esse aumento de mortes por Covid, sendo 30 pessoas vítimadas pelo vírus no intervalo de pouco mais de um mês, cerca de cinco semanas. 

Entre 19 de setembro e 03 de outubro, 12 mortes tinham sido registradas e 10 não tinham completado o esquema vacinal, sendo que uma das vítimas sequer tinha tomado alguma dose de vacina contra Covid-19. 

"O grupo de maior risco são idosos e imunossuprimidos. A gente tem uma circulação importante do vírus, mas quando a gente não tem uma dose de reforço nos grupos especiais nos últimos seis meses, você tem um risco maior de hospitalização em óbitos, e esse é o caso", complementa o Dr. Julio Croda. 

Há em Mato Grosso do Sul, segundo o médico, uma subnotificação que acontece também em todo o território nacional, já que não há testagem em massa ou nem mesmo diante de sintomas respiratórios. 

"A única maneira de a gente monitorar os casos de Covid são a hospitalização, que a gente monitora através do infogripe e os óbitos que está presente no nosso boletim do governo estadual, da Secretaria de Saúde... só as coisas graves, casos leves a gente não monitora, mas se está tendo muita hospitalização é porque está tendo muita circulação, principalmente em pessoas que são mais frágeis, têm maior risco de hospitalização e óbito". 

Por fim, o Dr. Julio Croda esclarece que, apesar de já estar de certa forma "apegado" no dialeto em relação à Covid, não existe mais esse conceito de "dose de reforço" ou número de doses (3ª; 4ª, etc.).  

Isso porque, o idoso nesse caso tem que ter anualmente duas doses de vacina contra Covid-19. 


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