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Rompimento de contrato ocasionou em falta de medicamentos no Hospital Regional

Famílias reclamam da falta do medicamento Polimixina, usado no tratamento da Covid-19

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De acordo com o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), quebra de contrato com a distribuidora de medicamentos Open Medical resultou na falta do remédio Polimixina, usado para tratamento de pacientes com Covid-19, entre outras doenças.

O diretor-presidente da instituição, Lívio Viana Leite informou que o hospital tem contrato vigente com empresa desde outubro de 2020. Ela entregou quatro remessas, sendo a última em 8 março deste ano. 

Estava contratado ainda mais três entregas, que nunca chegaram. Desta forma, a distribuidora foi notificada e multada. O HRMS fez então nova cotação com outra empresa, cujo contrato foi assinado no dia 10 deste mês, para fornecimento de 33.750 ampolas de Polimixina.

Por ser um medicamento importado, o prazo de entrega é de 15 dias úteis, ou seja, está previsto para chegar em 30 de julho.

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Com Polimixina em falta, seu uso foi substituído pela rotina e combinação de outros antibióticos que, segundo Leite, tem mantido os índices de cura da doença.

"Isto ocasionou um consumo elevado dos demais antibióticos e fez com que o hospital tivesse que abrir compras novas pelo alto consumo", ressaltou o médico.

"Recebemos ontem carga de Amicacina e temos previsão de entrega nesta semana de mais uma carga de Meropenem. Há 15 dias, fizemos a requisição de Ceftriaxona, Gentamicina e Levofloxacina", completou.

Em relação ao índice de mortes pela falta de medicamentos, Leite garante que não foi alterado. "O Hospital mantêm índices de mortalidade comparáveis a hospitais privados e um dos melhores índices do Brasil". 

A mãe de 55 anos, que preferiu não se identificar, precisou fazer uma "vaquinha" on-line para conseguir os medicamentos. Seu filho, de 38 anos, foi internado há quase 2 meses com Covid-19 no HRMS e precisou usar a Polimixina, mas estava em falta.

"Fiz empréstimo de 10 mil, fiz vaquinha virtual, e consegui comprar, mas tem muita gente que não consegue. Agora parece que meu filho tem outra bactéria e estão falando que vai precisar tomar a Polimixina, de onde vou tirar?", disse.

Ele explicou que conseguiu comprar em uma distribuidora no município de Goiânia por R$ 280 cada ampola, e são necessárias 20 ampolas do remédio. 

Os preços variam de acordo com o local, depois dela já ter comprado, descobriu que em Rio Pardo vendem por R$ 180 cada, mas em Campo Grande, os preços chegam a R$ 500.

"Uma amiga me disse que tem esse remédio no Hospital Universitário, porque eles não poderiam pegar emprestado se é uma rede? Agora os pacientes ficam lá, morrendo, tendo que se virar para comprar. Nós somos humanos, é uma vida humana".

Além disso, seu filho precisou tomar também o antibiótico Tigeciclina, que estava em falta. Ela foi até Bauru (SP) para comprar o medicamento, onde achou por R$ 6 mil, mas quando levou até o HRMS a medicação já havia sido reposta.

Também precisou comprar a pomada Hidrogel, todos os gastos com o tratamento, incluindo transporte, somam cerca de R$ 20 mil. Ela explicou que seu filho está saindo do respirador, mas recentemente ele começou ter febre em razão a uma bactéria em sua traqueostomia.

Em casos urgentes, o HRMS possui protocolo de doações Polimixina pelos familiares. 

A medicação é entregue ao hospital mediante termo de doação, encaminhado para avaliação do farmacêutico e, em caso de liberação, é administrado para o paciente.

Contudo, a administração tem recebido cartelas sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de forma ilegal, que são descartados. 

"Alertamos e não recomendamos a aquisição de Polimixina pela mão de aproveitadores e exploradores. Contudo, se o medicamento for aprovado pela equipe técnica farmacêutica, ele pode ser prescrito", afirmou Leite.

O diretor explicou que os familiares conseguem realizar a compra do medicamento, ao contrário do poder público, por questões burocráticas.

"O poder público tem regras de compra definidas por licitações e outras legislações. O preço de compra do contrato da Polimixina foi de R$ 50, enquanto as pessoas que vendem por fora (não sei de onde conseguem tal medicação) oferecem a R$ 350", acentuou.

O Hospital Regional é referência no combate a Covid-19 em Mato Grosso do Sul. De acordo com o último boletim da unidade, são 159 pessoas internadas no local atualmente, sendo 68 na enfermaria e 91 na UTI.

Repasse

O governo federal, através do Ministério da Saúde, publicou portaria onde anuncia repasse de R$ 338.939,45 para compra de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O valor foi aprovada com média mensal aprovado em março, abril e maio de 2021, com pagamento em julho, agosto e setembro deste ano.

O orçamento total do Ministério a ser repassado para todas as unidades federativas do Brasil é de R$ 83.104.356,18, que corresponde a um valor mensal de R$ 27.701.452,06.

Questionada a respeito do destino da verba, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o recurso é carimbado para aquisição de medicamentos fornecidos a população pelo SUS, através da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica Especializada, também conhecido como Casa da Saúde.

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Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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