Cidades

DEPOIMENTO DE COLEGAS

Menor que conduzia veículo fazia 'demonstração de velocidade'

Menor que conduzia veículo fazia 'demonstração de velocidade'

LAÍS CAMARGO E TARYNE ZOTTINO

22/11/2011 - 18h01
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Dois menores passageiros do Honda City que capotou no no último sábado (19), causando a morte de um adolescente de 15 anos, foram ouvidos na tarde de hoje (22) na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e revelaram que o colega, que dirigia o veículo, fazia uma “demonstração de velocidade” na BR-262, momentos antes do acidente.

Segundo a delegada Maria de Lourdes Cano, responsável pelas investigações, “o caso provavelmente vai caminhar para a responsabilização do menor que estava dirigindo, que poderá ser indiciado por homicídio doloso e lesão corporal”. O adolescente continua hospitalizado na Santa Casa de Campo Grande. Os pais dele serão indiciados por omissão de cautela, a mãe deverá depor amanhã (23) ou na próxima quinta-feira (24). 

O que os depoimentos revelaram

Os sete adolescentes estavam em uma casa no bairro Chácara Cachoeira, onde acontecia um churrasco em comemoração ao fim de uma prova feita naquele dia. No local, havia bebida alcoólica à vontade. 

Saíram para comprar mais cerveja e, depois que compraram, o menor que conduzia o veículo teria ido para a rodovia fazer uma “demonstração de velocidade” com o carro, chegando a 150 km/h. Quando voltavam para o churrasco, o veículo capotou.

De acordo com os colegas, era comum que o menor dirigisse em alta velocidade dentro da cidade e, inclusive, havia chegado na festa de carro. Apenas um dos meninos usava cinto de segurança, no banco de trás. José Eduardo Menegat, de 15 anos, vítima do acidente fatal, estava sem cinto no banco da frente do carro.

Conforme a delegada, o dono da casa onde a festa aconteceu será indiciado por oferecer bebida alcoólica a menores, pois os depoimentos deixaram claro que ele tinha conhecimento do que acontecia na residência. 

Alerta

Os adolescentes declararam que quase todos os envolvidos já dirigiram antes. Por conta disso, a delegada da Deaij faz um alerta aos responsáveis. “Pais têm que tomar consciência de sua responsabilidade. Para mentalidade de alguns, ensinar o filho o homem a dirigir, é uma demonstração de masculinidade”, disse.

 

 

 

 

 


 

TRÁFICO DE DROGAS

Em um único dia, Choque apreende 5 toneladas de maconha na capital

Droga foi localizada nos bairros Rita Vieira e Itamaracá após uma denúncia anônima de um entreposto de drogas na região

06/11/2024 10h45

Parte da droga apreendida foi localizada em uma residência no Bairro Rita Vieira

Parte da droga apreendida foi localizada em uma residência no Bairro Rita Vieira Foto: Divulgação

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O Batalhão de Choque da Polícia Militar (CHOQUE) realizou, nesta terça-feira (5), a maior apreensão de drogas da corporação do ano, com 5 toneladas de maconha apreendidas entre a região dos bairros Rita Vieira e Itaracá em Campo Grande (MS).

De acordo com o informativo do batalhão, as equipes realizaram a apreensão após uma denúncia anônima de que havia um entreposto de drogas em uma residência do bairro Rita Vieira. Durante a verificação da denúncia, os militares abordaram 3 indivíduos de idade entre 28 e 38 anos que estavam próximos o local.

No primeiro momento, os indivíduos negaram qualquer vínculo com os endereços informados pela polícia. No entanto, no bolso do suspeito mais novo (o de 24 anos) foi localizada a chave do portão social da residência investigada. O indivíduo, porém, negou conhecer a casa e afirmou que havia encontrado a chave no chão. 

Após isso, um segundo envolvido no crime acabou confirmando que era reponderável pela residência e confirmou a existência de drogas no local.  Durante a inspeção da casa, os militarem encontraram dois veículos no quintal, sem os brancos traseiros e carregados de tabletes de maconha. Ainda segundo o batalhão, a casa não possuía móveis, o que sinalizava que era utilizada somente para o armazenamento da drogas.

Após a apreensão, o primeiro suspeito (de 24 anos) confirmou que havia sido contratado para descarregar certa carga, mas sem mencionar os detalhes do trabalho que seria realizado. 

Em um outro local na região Itamaracá, também alvo de denúncias, a equipe policial localizou um grande volume de maconha em um escritório localizado em frente a um barracão. O proprietário, ao testemunhar a descoberta da droga, confirmou ser apenas o inquilino do local me informou que tinha intenções de montar uma oficina mecânica no barracão, mas não emitiu um pronunciamento sobre as drogas. 

Além do entorpecente e dos suspeitos, também foram apreendidos uma Pajero Mitsubishi, um Fiat/Fiorino com chassi e motor adulterados e um Chevrolet/Cruze. 

Confira:

 

Histórico

No restante do Estado, o  mesmo cenário de apreensões também vem se repetindo: ainda na tarde do último domingo (3), Policiais Militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam uma carreta, com 12,3 toneladas de maconha na MS-386, no Trevo Tagy, fronteira Brasil/Paraguai, em Aral Moreira, município localizado a 376 quilômetros de Campo Grande.

Em uma  outra ocasião, na maior apreensão de drogas de todo Mato Grosso do Sul, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 28 toneladas de maconha, escondidas em carga de milho, próximo ao município de Amambai, a 301 quilômetros de Campo Grande.

Na época,  a apreensão quebrou o recorde de maior apreensão de maconha a nível nacional, referente a apreensão de 26 toneladas de maconha em Iguatemi, município sul-mato-grossense localizado na região sul do Estado, próximo à divisa com o Paraguai.
 

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'terror da citricultura'

Mesmo proibida, murta segue à venda em floriculturas de MS

Há cerca de três meses da sanção que deveria suprimir e erradicar a espécie da família dama-da-noite, mudas da planta ainda estão "empacadas" no estoque de estabelecimentos

06/11/2024 10h10

Sem fiscalização para devidas apreensões e até destruição das plantas por parte do Governo, comerciantes recebem a negativa dos fornecedores, que também não querem recolher as espécies

Sem fiscalização para devidas apreensões e até destruição das plantas por parte do Governo, comerciantes recebem a negativa dos fornecedores, que também não querem recolher as espécies Correio do Estado

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Espécie de dama-da-noite, hospedeira da bactéria que destrói plantações de laranja e limão, a tão temida murta foi proibida também em Mato Grosso do Sul há cerca de três meses, porém, ainda hoje é possível encontrar algumas dessas plantas em floriculturas do Estado. 

Andando pela Capital em busca da espécie, por exemplo, há comerciantes que são categóricos e apontam ao cliente que a espécie está proibida em Mato Grosso do Sul e, portanto, eles também estão consequentemente impedidos de realizarem a venda. 

Comumente usada até então como "cercas vivas" em diversos condomínios em Campo Grande, a planta natural da região asiática compõe atualmente o top 3 de espécies com essa finalidade de cobrir muros e trazer privacidade. 

  • Murta 
  • Tumbérgia Arbustiva 
  • Podocarpo (pinheiro de Buda) 

Ou seja, quem é pessoa Jurídica e, mesmo com essa proibição, busca a murta em Mato Grosso do Sul, não encontraria o produto devidamente declarado em nota fiscal como se deve. 

Porém, inclusive pelo fato de comerciantes sul-mato-grossenses terem um verdadeiro "pepino" nas mãos com a proibição das murtas, para uma pessoa física (que dependendo da finalidade, não se importaria com nota fiscal), não seria difícil comprar algumas mudas na base da "boa e velha" conversa. 

Isso porque, com a proibição repentina e sem a fiscalização para devidas apreensões e até destruição das plantas por parte do Governo, muitos comerciantes recebem a negativa dos fornecedores, que também não querem recolher as espécies diante da venda proibida.

 

Murta proibida

Essa novela da novela da proibição em Mato Grosso do Sul começou há cerca de quatro meses, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) listar MS como com registro de ocorrência da chamada doença dos citros. 

Após isso, deputados estaduais aprovaram um projeto de lei que proibia o plantio; comércio; transporte e produção de murta em MS, seguindo onda proibitiva que atingiu várias cidades Estado brasileiros, devido ao potencial destrutivo da hospedeira da doença. 

Com a sanção pelas mãos do governador Eduardo Riedel saindo no fim de agosto, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) ficariam encarregadas de uma série de "próximos passos". 

Seriam funções da Pasta: 

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
     
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
     
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Além disso, a Semadesc pode impor condenação, apreensão e destruição da planta, bem como multar de acordo com a quantia em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS). 

Caso o infrator seja primário, a pena pode ser convertida em medida socioeducativa com participação em um seminário. 

Setor em desenvolvimento

Resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, feito em maio deste ano, Mato Grosso do Sul tem confirmado a posição de "nova cinturão citrícola" do Brasil, diversificando sua base produtiva e trazendo investimentos para o Estado. 

Como divulgado recentemente pelo Governo do Estado, um desses investimentos somam R$1,2 bilhão, confirmado por representantes da empresa Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles) na data de ontem (05). 

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Conforme o diretor-geral da Cambuhy Agropecuária, Alexandre Tachibana, que traz o negócio de São Paulo para Mato Grosso do Sul, a previsão é que o empreendimento movimente 3,6 mil empregos diretos e indiretos.

"O que nos trouxe para cá foi o greening, que ameaça 70% da área da citricultura do estado de São Paulo. Houve uma busca por uma nova fronteira, entre Minas Gerais e o Mato Grosso do Sul, o novo ‘cinturão citrícola’. E a gente escolheu essa região", disse ele após reunião com o corpo técnico do Governo do Estado. 

Não somente esse empreendimento, como o também gigante do setor, Grupo Cutrale, anunciou em abril deste ano o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

Considerada líder em exportações no País, a plantação às margens da rodovia BR-060, na fazenda Aracoara, que fica divisa entre Sidrolândia e Campo Grande, a empresa já previa o plantio de 1.730 milhão de pés de laranja. 

No mesmo mês, Paranaíba recebeu a intenção de plantio de 1.500 hectares do Grupo Junqueira Rodas, que já tinha à época mais 2,5 mil ha previstos para o segundo semestre em Naviraí. 

Titular da Semadesc, como bem esclarece Jaime Verruck, a doença bacteriana conhecida como "greening", que afeta a produtividade, fez muitas empresas migrarem de São Paulo para Mato Grosso do Sul. 

“A citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Além do clima, solo e áreas disponíveis, notamos em especial a migração de produção de laranjas de São Paulo para MS em função da doença”, explicou.

**(Colaborou Laura Brasil)

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