Cidades

HANSENÍASE

Meta do Brasil é eliminar a doença até 2015

Meta do Brasil é eliminar a doença até 2015

DA REDAÇÃO

24/06/2012 - 20h00
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se encontrou, na sexta-feira (23), com o embaixador da Boa Vontade pela Eliminação da Hanseníase da Organização Mundial da Saúde (OMS), Yohei Sasakawa. Em pauta, o Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase, que prevê extinguir a doença, como problema de saúde pública no país, ou seja, ter apenas um caso a cada 10 mil habitantes. O Brasil comemora alguns avanços. Em 2011, o país registrou queda de 15% no registro da doença em relação ao ano anterior.

“O esforço de eliminar a hanseníase até 2015 tem levado o Ministério da Saúde a fortalecer as ações de combate à doença. Identificamos os municípios com maior número de casos e incluímos no Saúde na Escola a detecção precoce de hanseníase, não só para identificar os casos entre as crianças, mas para, ao informar os estudantes, mobilizar o conjunto das famílias”, explicou o ministro.

A hanseníase é uma doença perpetuadora da pobreza e sua situação é pior nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para acelerar ainda mais a redução do número de casos, o Ministério da Saúde repassou, em 2011, R$ 16 milhões adicionais a 245 municípios que responderem por mais da metade dos casos da doença no País. A iniciativa pretende reforçar a identificação de novos casos de hanseníase; intensificar a procura de pessoas que tiveram contato com doentes e, ainda, aumentar os índices de cura, que hoje é de 80%. A eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública é um dos componentes estratégicos do Plano Brasil sem Miséria.

DOENÇA – A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde.

Fonte: Minisério da Saúde

RODOVIAS

Cenário econômico é desafio para a Rota da Celulose

Secretário de Desenvolvimento manteve previsão de leilão para abril, mas alertou que momento atual de mercado não é bom

17/01/2025 09h00

Trecho da BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, deve ser completamente duplicado quando rodovia for leiloada

Trecho da BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, deve ser completamente duplicado quando rodovia for leiloada Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O leilão da Rota da Celulose, pacote de cinco rodovias na região leste de Mato Grosso do Sul, pode ser afetado pelo cenário econômico no Brasil, segundo o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. Esse foi o mesmo motivo que impediu a concessão de ser feita em dezembro do ano passado.

De acordo com Verruck, a ideia é retomar o leilão em abril, como havia previsto o governador no ano passado. Entretanto, o secretário lembrou que o momento atual da economia não é favorável, já que muitos investidores reclamam dos juros altos.

"A ideia é que em abril a gente ponha no mercado. E vamos ver se o mercado melhora, que o mercado também está reclamando de juro alto para captação", declarou Verruck durante agenda, ontem.

Esse problema já havia sido enfrentado quando o governo do Estado tentou leiloar as rodovias, em dezembro de 2024, porém, não houve procura para o pacote, que é composto por trechos das rodovias BR-262, MS-040, MS-338, MS-393 e BR-267.

Matéria do Correio do Estado do ano passado mostrou que a Taxa Selic, a taxa de juros do Banco Central do Brasil (BC), que subiu 1% em dezembro, atingiu 12,75%, e tem viés de alta de mais dois pontos porcentuais nas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Monetária (Copom), com previsão de chegar a 15% neste ano.

O conjunto de rodovias que o governo de Mato Grosso do Sul pretende leiloar estava oferecendo às empresas interessadas uma Taxa Interna de Retorno do Investimento (TIR) de 10,37% ao ano.

A taxa foi calculada em abril do ano passado, quando o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a Taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026.

A expectativa de redução na curva dos juros foi prorrogada por, pelo menos, mais um ano. Para 2026, a estimativa do mercado financeiro é que a Selic fique em 12%. Para 2026 e 2027, as projeções são de que a taxa fique em 10,25% e 10%, respectivamente, segundo o Boletim Focus.

Além disso, o pacote também deve enfrentar nova concorrência, de outras rodovias brasileiras, já que outros trechos também devem entrar em leilão a partir de junho, segundo Verruck.

"O governo federal, até julho, parece que vai licitar também uma série de concessões federais. Então vai ser um momento em que o mercado vai ter de novo uma grande oferta de concessões rodoviárias no País", comentou o secretário.

JUROS

Segundo o economista Eduardo Matos, a economia brasileira está passando por uma alta na taxa de juros, resultante de "uma pressão inflacionária na economia brasileira".

"O Copom opta por elevar a taxa básica de juros e, assim, balizar e acabar até precificando a taxa de juros da economia de um modo total, de um modo generalista", explicou.

Como os investimentos, principalmente os produtivos, têm a intenção de aumentar a produção e acelerar a atividade econômica, conforme o economista, essa alta de juros acaba gerando uma redução na empolgação do mercado.

"Se a taxa de juros está alta, esse desempenho da economia é contido. Então, exatamente por isso que as empresas, em especial essas de altos investimentos, passam a planejar de modo diferente, talvez adiar os investimentos ou até mesmo optar por não investir nesse momento", afirmou Matos.

"Uma outra opção seria a busca pelos recursos em outros países. No entanto, o que ocorre é que o real está desvalorizado. Nós tivemos, após a eleição do [Donald] Trump [nos Estados Unidos], uma valorização do dólar, isso por si só já causou uma desvalorização do real perante a moeda norte-americana. Então, por mais que o dólar tenha valorizado, algumas moedas acompanharam essa desvalorização do real, mas a moeda brasileira teve uma desvalorização maior, em decorrência de fatores internos", completou.

Ainda de acordo com o economista, a mudança desse cenário a médio prazo "vai depender do controle inflacionário do governo".

PROJETO

O projeto original, que agora deve sofrer alterações, prevê a concessão de 870 quilômetros, com pedágio variando de R$ 4,70 a R$ 15,20, podendo ficar até 20% mais barato. De todo o trecho, 116 km devem ser duplicados, incluindo o trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. 

Além disso, 457 km terão acostamento e 251 km receberão terceira faixa. Conforme o edital, os investimentos, da ordem de R$ 9 bilhões, teriam de ser concluídos em 24 anos, e a concessão é válida por 30 anos.

Segundo Verruck, entre as mudanças no edital, não devem conter redução de obras, mas um maior prazo para que elas tenham início.

"Houve alguns ajustes no projeto, não é ajuste se vai duplicar mais ou duplicar menos, é principalmente cronograma. O mercado entendeu que tinha uma pressão de investimento de curto prazo muito pesada, além do cenário nacional que estava bastante complexo. Então, ela [Eliane Detoni] está mexendo em algumas coisas disso, vai ter que botar de novo em consulta pública", explicou.

A previsão é de que o novo edital seja reenviado à Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, até o fim deste mês, onde ficará disponível para consulta de interessados e, em abril, se o momento for favorável, ir a leilão.

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Campo Grande

Alta demanda faz com que vacina da dengue esgote em 17 unidades de saúde

Público foi ampliado na última quinta-feira para pessoas de 4 a 59 anos; saiba quais unidades não possuem mais doses da vacina

17/01/2025 08h45

Divulgação: Sesau

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) ampliou para pessoas de 4 a 59 anos o público apto a vacinar contra a dengue. A medida foi bem recebida pela população, e 17 unidades da Capital já estão sem estoque. Além disso, as unidades que ainda têm doses disponíveis estão com poucas doses restantes.

"A Sesau esclarece que é natural que as doses se esgotem ao final de uma campanha temporária, especialmente considerando a alta procura da população. É importante ressaltar que o movimento atípico observado nesta quinta-feira desde cedo nas unidades de saúde se deve a essa procura pela imunização", disse a pasta, em nota.

Segundo a Sesau, o objetivo da ação era evitar o desperdício das vacinas, que estavam prestes a vencer.

"Com isso, a comunidade respondeu com grande engajamento, com apoio da imprensa, demonstrando compromisso com a saúde pública", acrescenta.

Para essa campanha temporária, foram disponibilizadas 3.139 doses para os novos públicos. Todos que se vacinaram já têm garantido a segunda dose do esquema vacinal após completarem o período de três meses entre a primeira e a segunda dose.

A Secretaria reforça que as vacinas são seguras e protegem contra os sorotipos da dengue que estão em circulação no município. A previsão é que todas as doses sejam finalizadas ainda nesta quinta-feira, nas unidades de saúde, como já ocorre em várias delas.

Até o momento, as unidades que já estão esgotadas as doses são:

  • Seminário
  • São Francisco
  • Paradiso
  • Cox
  • Nova Bahia
  • Mata do Jacinto
  • Noroeste
  • Estrela Dalva
  • Marabá
  • Alves Pereira
  • Silva Regina
  • Cristo Redentor
  • Caiçara
  • Vila Fernanda
  • Portal Caiobá
  • Três Barras
  • Ana Maria do Couto

A Sesau destaca que, apesar do esgotamento das doses destinadas à campanha temporária, a cidade ainda conta com cerca de 16 mil doses em estoque. Estas doses são destinadas ao público inicial da campanha de 10 a 14 anos de idade, conforme o plano de vacinação definido pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, e não fazem parte da atual ação temporária.

"A Secretaria Municipal de Saúde continua monitorando a situação e reitera a importância da vacinação para o controle da dengue. A adesão da população foi fundamental para o sucesso desta ação de saúde pública, e a Sesau agradece a todos que participaram", conclui nota.

Esquema vacinal e eficácia

A vacinação contra a dengue é realizada em duas doses, com intervalo de três meses entre uma dose e outra. A eficácia da vacina é garantida apenas com o esquema completo. A Sesau lembra que, para garantir a proteção total, é essencial que a população complete as duas doses.

Orientações à população

A vacinação foi disponibilizada inicialmente nas 74 Unidades de Saúde da Família de Campo Grande, durante o horário de funcionamento das unidades. A população deve seguir as seguintes orientações:

  • Menores de idade (4 a 17 anos) devem estar acompanhados de um responsável legal e com documento de identificação.
  • Adultos devem levar um documento de identificação com foto. Se possível, apresentar a carteirinha de vacinação, embora ela não seja obrigatória.
  • O intervalo entre as doses é de três meses, sendo importante que as pessoas que já tomaram a primeira dose retornem para completar o esquema.

Contraindicações da vacina

  • Indivíduos menores de 4 anos e maiores de 59 anos.
  • Pessoas com histórico de anafilaxia ou reação alérgica à substância ativa ou a qualquer excipiente da vacina.
  • Indivíduos com imunodeficiência ou em uso de terapias imunossupressoras.
  • Gestantes e lactantes.

Dados de dengue em Campo Grande

Em 2024, Campo Grande registrou mais de 12.000 casos notificados de dengue, com um óbito associado à doença. Em 2025, já foram notificados 119 casos, o que destaca a necessidade urgente de ações preventivas.

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