Cidades

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Meu pai herói!

Meu pai herói!

Redação

08/08/2010 - 05h37
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SCHEILA CANTO

Há algum tempo, os pais (re)descobriram o mundo dos afetos e não abdicam de um relacionamento mais íntimo com os seus filhos. A imagem de autoridade, que atuava apenas para pôr ordem na casa e garantir o sustento da família, deu lugar a um pai mais ativo que vive de forma empenhada a relação com os filhos, tornando o relacionamento familiar mais saudável.
Não é redundante dizer que os pais são capazes de qualquer coisa pela vida e felicidade do filho. Em uma situação de perigo ganham força sobrenatural, aguçada pelo instinto de proteção e arriscam a si mesmo para salvar o herdeiro. E a história está cheia de fatos que comprovam isso. Você que é pai, nunca pressentiu perigo rondando sua prole? Nunca foi alfinetado por um sentimento que o sufocou, trazendo-lhe à mente, de imediato, a imagem do filho que estava em perigo? Se ainda não passou por essa situação, agradeça, pois a sensação é surreal, indescritível, de um amargo que oscula a alma.
Se todo pai é um herói – com características diferentes dos personagens em quadrinhos, porém não menos fantástica – o que dizer daqueles que não só protegem sua família, como também lutam pela paz e sobrevivência de muitas outras desconhecidas, em lugar distante e problemático como o Haiti. País com estatísticas alarmantes de órfãos que hoje recebem o cuidado e atenção de pais  que abdicaram de um período na presença dos filhos e esposa para prestar ajuda humanitária.
Este é o caso do sargento Carlos Henrique Moraes Vinga, 41 anos, pai de 5 filhos, que em dezembro de 2007 foi voluntário para fazer parte da tropa brasileira no Haiti. “Passei Natal, Ano-Novo, aniversário dos meus gêmeos longe, numa missão que durou seis meses. Neste período tive muito contato com crianças de um orfanato. O que mais me comoveu nesta experiência foi presenciar a total falta de amor e condições básicas de sobrevivência daqueles que viviam na rua. Lá eles perambulam sozinhos, imploram por um copo d’água e, não têm a menor ideia do que é uma família, ser protegido, ter direitos garantidos de saúde e educação, na verdade eles é que são heróis de sua própria subsistência”, declara o militar.
Ao retornar para casa Vinga trouxe na bagagem algo  que passou a compartilhar com os filhos, que é a valorização da vida, nos pequenos detalhes. “Ensino a eles que devemos ser gratos por ter uma casa, água, comida, enfim, conforto necessário para uma vida saudável”, desabafa.

Cortando o cordão umbilical
Eles serão sempre heróis, o porto seguro, o exemplo de força e coragem, com traços que os filhos identificam como verdadeiros homens de ferro. Não pela força impressa pelo metal, mas pela aparência inabalável de seus superpoderes. Na visão da pequena Danielle, 5 anos, o pai que está prestes a embarcar para o Haiti, numa missão de seis meses, “vai viajar para bem longe para ajudar outras crianças”.
Segundo o major do Exército, Marcelo de Almeida Maymone, 36 anos, embora esteja em preparação e treinamento para missão há um ano, muito antes de ser selecionado, quando ainda era apenas voluntário, sua preocupação maior ainda é como conduzir da melhor maneira possível essa separação temporária da família. “Minha filha adolescente, Marcelly, 12 anos, entende que o processo faz parte da minha carreira militar e que vou por uma missão nobre de manutenção da paz e estabilização do Haiti, que piorou muito depois da catástrofe do terremoto”, exemplifica Maymone.
Para o major, este Dia dos Pais, será mais que especial, porque no próximo domingo estará embarcando para o país caribenho. “Nos últimos meses tenho primado pela total harmonia do meu lar. Minha esposa Lídia e minhas filhas sabem o quanto elas são importantes para mim, também preciso do apoio delas para superar a distância física. Mas, também creio que meu lar está alicerçado sobre rocha e espiritualmente estaremos sempre juntos”, declara.
Ainda que seja o valente da casa, o capitão Marco Antônio Pires, 34 anos, piloto de helicóptero, se vê com o coração apertado só de pensar que passará seis meses longe da esposa Ana Paula e do filho, Gabriel, 5 anos. “Na minha profissão as viagens são comuns, porém o tempo mais longo que fiquei longe de casa não passou de 20 dias. Assim as constantes viagens e a ausência de casa fazem parte da rotina da minha família. Nesta nova experiência é difícil mensurar como vai ser a reação do meu filho, devido a pouca idade ele não tem muita noção do tempo, mas certamente iremos sentir muita saudade um do outro”, enfatiza.
Como cristão, o capitão Pires acredita que sua missão no Haiti vai lhe trazer experiência profissional e espiritual, além de ser uma oportunidade singular de ajudar ao próximo. “Quanto ao Gabriel, imagino que toda vez que ele ouvir o barulho de um helicóptero, vai achar que estarei chegando...”, finaliza.

Atenção

Ciclone intenso vindo do Sul pode provocar tempestades e ventos de mais de 100 km/h em MS

Ciclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS e em outros estados da região Centro-Oeste e Sudeste

07/12/2025 10h03

As previsões são de chuva para a semana

As previsões são de chuva para a semana FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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A chegada de um novo ciclone chegando na região Sul do Brasil deve trazer tempestades e ventos fortes para Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. 

Segundo o meteorologista do Metsul, Luiz Fernando Nachtigall, um centro de baixa pressão extremamente profundo, não costumeiro para a região, com valores de pressão atmosférica observados em ciclones tropicais no Hemisfério Norte e em ciclones extratropicais poderosos mais ao Sul do continente, vai avançar para o Sul do Brasil ainda no começo da semana. 

“A atmosfera extremamente aquecida, com valores ao redor e acima de 40ºC, associada aos valores de baixa pressão atmosférica é uma combinação explosiva e de altíssimo risco de tempo severo. Vários estados serão afetados na primeira metade da semana com uma grande onda de tempestades que afetará o Sul e estados do Centro-Oeste e do Sudeste no final da segunda e durante a terça-feira”, afirmou o meteorologista. 

As previsões são de chuva para a semanaCiclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS / Fonte: Metsul

As chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 milímetros a 200 milímetros em setores isolados. 

O Rio Grande do Sul deve ser o mais afetado pela condição, porém, os efeitos devem atingir Mato Grosso do Sul ao longo da semana, até a quinta-feira. Também são esperados vendavais intensos com rajadas acima de 100 km/h em todas as áreas afetadas. 

“Desenha-se, portanto, uma sequência de dias de altíssimo risco meteorológico entre a segunda e a quinta-feira, quando o ciclone começará a se afastar. Leve muito a sério o que está vindo”, alertou Luiz Fernando. 

Como o Correio do Estado já havia adiantado, as condições meteorológicas esperadas para a nova semana são de chuvas intensas e alívio no calorão. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado. 

Na segunda-feira (8), é esperado um aumento de nuvens ao longo do dia, que favorece a formação de chuvas em várias regiões do Estado. 

Em algumas localidades, são esperados acumulados significativos, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24 horas. 

A formação de um sistema de baixa pressão atmosférica, junto com a passagem de cavados, cria um ambiente favorável para a ocorrência de tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. 

Como o tempo pode mudar rapidamente, o Cemtec recomenda que a população fique atenta aos alertas emitidos pelos órgãos oficiais, como a Defesa Civil. 

A ocorrência das chuvas deve aliviar o calor, já que as máximas não devem ultrapassar os 32ºC em todo o Estado, e as mínimas variam entre 21ºC e 25ºC. 

Em Campo Grande, a máxima esperada para a segunda-feira é de 27ºC. 

Eventualmente, são esperadas rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, podendo acontecer, em pontos isolados, rajadas superiores a 80 km/h. 

São esperadas chuvas durante todos os dias da semana, com alertas pontuais de tempestade em pontos isolados do Estado. 
 

PMA

Pescador quebra Piracema e é multado em R$ 33 mil por Pintado de 21 kg em MS

A PMA abordou o homem durante fiscalização na região de Dourados

07/12/2025 08h15

Peixe foi apreendido pela PMA

Peixe foi apreendido pela PMA Reprodução

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Um motorista foi multado em mais de R$33 mil na última sexta-feira (5) em Dourados, a 226 quilômetros de Campo Grande, por estar transportando um peixe de espécie proibida durante a Piracema. 

Segundo o 2º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (MS), o condutor foi abordado pela equipe perto da ponte do Rio Dourado, na MS-156, ao ser flagrado em alta velocidade. 

Durante a fiscalização, o homem admitiu estar carregando um peixe da espécie pintado de 21 quilos e de 1,40m, pescado dois dias antes no Rio Dourado. Segundo ele, a pesca estava guardada na casa de um amigo e ele teria voltado para buscá-la. 

Os policiais se dirigiram até a residência indicada pelo motorista. O morador negou ter armazenado o animal, mas a equipe encontrou sangue, cheiro forte no freezer e indícios de que o peixe teria sido guardado ali. 

Com as evidências, o morador admitiu que teria guardado o animal para o autor. 

De acordo com a PMA, o caso configura infração ambiental por pesca durante o período da Piracema e pelo transporte e armazenamento irregular do pescado, conforme a Lei Federal nº 9.605/98, o Decreto Federal nº 6.514/2008 e o Decreto Estadual nº 15.166/2019.

O pescador recebeu multas de R$ 18.420,00 pela pesca de em R$ 15.420,00 pelo transporte e conservação irregulares do peixe, totalizando R$ 33.840,00, além de um auto de infração pelo armazenamento ilegal do animal. 

A Polícia Militar Ambiental reforça que é ilegal a prática da pesca durante o período da Piracema pois é época essencial para a reprodução das espécies nativas. Assim, as equipes continuarão intensificando as fiscalizações. 

Piracema

Piracema iniciou no dia 5 de novembro nos rios de Mato Grosso do Sul. Com isso, qualquer tipo de pesca (pesque e solte, amadora e profissional) está proibida até 28 de fevereiro de 2026, bem como o transporte de pescados.

A pesca continua permitida para ribeirinhos – que precisam do peixe para se alimentar – na quantidade necessária para o consumo do dia, não sendo permitido estocar. Neste caso, é permitido pescar com varas em barrancos.

A Piracema é o período de reprodução dos peixes, em que os animais completam seu ciclo de vida sem interferência da ação do homem. O termo tem origem da língua tupi e significa “migração de peixes rio acima”, conforme o Dicionário Michaelis.

O objetivo é combater a pesca ilegal e predatória para que os peixes possam subir os rios para se reproduzirem.

Operação Piracema, da Polícia Militar Ambiental (PMA), fiscalizará rios de todo o Estado, em pontos georreferenciados identificados como áreas de maior incidência de pesca ilegal, realizando:

  • bloqueios terrestres e aquáticos
  • vistorias em estabelecimentos comerciais
  • verificações de estoque declarado de pescado
  • operações noturnas e diurnas em locais estratégicos

A Operação Piracema conta com o emprego do Sistema de Gerenciamento da Informação Ambiental (SIGIA), ferramenta tecnológica que permite o mapeamento e monitoramento em tempo real das ações fiscalizatórias. O sistema possibilita análise georreferenciada, coleta de dados e apoio à tomada de decisões estratégicas.

CRIME

Pescar durante a piracema é crime ambiental inafiançável. Portanto, quem desrespeitar a regra será autuado, multado, conduzido até uma Delegacia de Polícia e responder por processo administrativo e criminal. Além disso, pescados, barcos e apetrechos serão apreendidos.

Quem for flagrado praticando pesca predatória, durante o período de defeso, está sujeito à prisão em flagrante e à aplicação das seguintes penalidades:

  • multas de R$ 700,00 a R$ 100.000,00, acrescidas de R$ 20,00 por quilo ou fração do pescado apreendido;
  • apreensão de petrechos, embarcações, veículos e demais materiais utilizados na prática ilegal;
  • pena de detenção de um a três anos, conforme o artigo 34 da Lei de Crimes Ambientais.

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