Cidades

VACINAÇÃO CONTRA RAIVA

Ministério e prefeitura levam campanha para cidades da Bolívia

Ação segue nesta semana em Corumbá e zona rural boliviana

DANIELLA ARRUDA

26/08/2019 - 18h43
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Cerca de três mil animais foram vacinados contra a raiva em Puerto Suárez e Puerto Quijarro, na Bolívia, durante campanha realizada pelo Ministério da Saúde, com apoio da prefeitura de Corumbá, por intermédio da Secretaria de Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Ao todo, 12 mil doses foram destinadas às cidades vizinhas a Corumbá pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de evitar novos registros de raiva humana e animal, considerando o alto fluxo diário de pessoas entre os dois países. Em Corumbá, o último registro de raiva humana foi em 2015; na Bolívia, em 2017.

O médico veterinário do Ministério da Saúde, Alexander Vargas, explica que, para que as campanhas do lado brasileiro sejam eficazes, é preciso cuidar da fronteira. “É preciso imunizar os animais na fronteira para que a doença seja impedida de se propagar na região. A doação de insumos é uma das medidas de segurança, além disso não compromete o abastecimento interno do país”.

A veterinária e coordenadora do CCZ, Walkíria Arruda, disse que o planejamento começou há muito tempo. "Retomamos as vacinações na Bolívia no ano passado, em maio deste ano nos reunimos a nível federal, estadual e municipal para traçar as estratégias. Somente no final de semana vacinamos quase 3 mil animais, durante a semana seguimos com a campanha de vacinação em Corumbá, e a equipe da Bolívia irá vacinar os animais da zona rural e do entorno”.

A Secretaria de Saúde de Corumbá disponibilizou uma equipe de 20 agentes de endemias e dois veterinários para imunizar os animais casa a casa, além dos profissionais que prestaram o apoio logístico. Para o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, é fundamental este apoio. “Nós disponibilizamos os profissionais para capacitar e vacinar, é muito importante essa ação conjunta para prevenir novos casos”, comentou.

Campanha

A campanha de vacinação contra a raiva é uma ação oriunda de acordo interinstitucional internacional entre os Ministérios da Saúde dos dois países. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) acompanhou os trabalhos.

(Com informações do Diário Corumbaense e Prefeitura de Corumbá)

lucro milionário

Câmara analisa veto ao reajuste extra da água em Campo Grande

Vereador alega que tarifas da Capital são as mais altas do país e perderam a modicidade. Por isso, apresentou projeto sustanto o aumento autorizado pela Agereg

03/12/2024 13h20

Projeto que suspende o reajuste foi protocolado ontem à noite e lido no plenário da Câmara de Campo Grande nesta terça-feira

Projeto que suspende o reajuste foi protocolado ontem à noite e lido no plenário da Câmara de Campo Grande nesta terça-feira

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Projeto de decreto legislativo que começou a ser debatido na manhã desta terça-feira (3) pelos vereadores de Campo Grande teta barrar o reajuste extra de dois pontos percentuais nas tarifas de água e esgoto em Campo Grande  autorizado pela Agência de Regulação na segunda-feira e que passa a vigorar partir do dia 3 de janeiro do próximo ano. Com este acréscimo, o aumento será de 6,6%. 

A proposta para sustar o reajuste é da vereadora Luíza Ribeiro (PT), que nos dois anos anteriores apresentou propostas idênticas, mas não conseguiu votos suficientes dos colegas da Câmara. Segundo ela, para barrar o aumento basta maioria simples. Ou seja, se os 29 vereadores estiverem presentes, basta 15 votos. 

Nesta primeira manhã de coleta de assinaturas, segundo ela, conseguiu o apoio do colega de partido Ayrton Araújo e dos tucanos Victor Rocha, Gian Sandim,  Professor Juari e Zé da Farmácia. “Já tenho mais apoio que nos anos anteriores. E, caso não consiga barrar o aumento aqui, vou recorrer à Justiça. Vou até o Supremo. Não vou desistir, pois existe uma relação promíscua entre o poder público e essa concessionária”, diz a parlamentar.  

De acordo com a vereadora, desde 2017 as tarifas de água e esgoto em Campo Grande aumentaram em 115%, sendo que no mesmo período a inflação foi de 60%. “Qualquer contrato de concessão deixa claro que as empresas têm direito a lucro, mas precisa haver modicidade nas cobranças. Aqui faz tempo que não existe esta modicidade”, reclama ela. 

Dados oficiais da concessionária Águas Guariroba mostram que o lucro ao longo de 2023 foi da R$ 863 mil por dia, ou R$ 316 milhões ao longo do ano. “Mesmo assim, conseguiu convencer a Justiça a conceder reajuste de dois pontos percentuais acima da inflação a título de reequilíbrio econômico. Isso é um absurdo. As tarifas de Campo Grande já são as mais altas do país. É inadmissível”, segundo a vereadora. 

 Segundo a Agereg, esse aumento extra de 2,07% foi determinado pela Justiça, mas a vereadora diz que não localizou essa decisão judicial e que já solicitou oficialmente para que a Agência de Regulação explique essa decisão na Câmara. 


COMPARATIVO

Para efeito de comparação, a partir de janeiro, as tarifas cobradas pela Águas Guariroba serão  57,7% maiores que as praticadas pela Sanesul, estatal estadual que atende 68 municípios do interior. 

No interior do Estado, uma família que consome até dez mil litros de água por mês pagar R$ 5,54 por metro cúbico de água e R$ 2,74 por metro cúbico de esgoto, caso haja coleta e tratamento. 

Em Campo Grande, para esta mesma faixa de consumo, o metro cúbico de água (mil litros) passa a ser de R$ 7,68 e a tarifa de esgoto,de R$ 5,38. Ou seja, os consumidores de Campo Grande pagam 96,3%% a mais pelo tratamento do esgoto e 38% a mais pela água. 

Na interior, um consumidor residencial conectado á rede de coleta de esgoto e que fechar o mês com exatos dez metros cúbicos de consumo será obrigado a desembolsar R$ 82,40 depois de primeiro de julho. Em Campo Grande, será de R$ 130,6 a partir de janeiro de 2025. Isso significa uma diferença a maior de 57,7%. 

VOTAÇÃO

Faltando poucos dias para o início do recesso parlamentar e para o fim do mandato de 15 dos 29 vereadores, a vereadora acredita que consiga votar ainda neste ano o projeto de Decreto Legislativo. 

Mas caso esse possível veto ao reajuste demore mais, o decreto já prevê restituição em dobro e com juros daquilo que for cobrado em excesso. 

veja o vídeo

Avião que viria a MS é atingido por outra aeronave em Congonhas

Um A319 da Latam, que estava previsto para chegar em Campo Grande às 9h15, foi atingido pelo cone de cauda de um A320neo, do qual iria para Brasília; veja vídeo

03/12/2024 12h15

Aviões colidirem ainda em solo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP)

Aviões colidirem ainda em solo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP) Foto: Reprodução

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Um avião da Latam, que tinha previsão de chegada em Campo Grande às 9h15 desta quarta-feira (03), foi atingido por outra aeronave em solo, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e precisou ter seu voo postergado por algumas horas.

Como pode ser visto no vídeo, o A319 de matrícula PT-TMA que faria o voo LA3176, com destino à capital sul-mato-grossense, estava parado quando uma outra aeronave, um A320neo  PR-XBG, que partiria para Brasília (DF), bateu no cone de cauda do avião “campo-grandense” quando estava taxiando pelo aeroporto. Veja o vídeo:

 

Em contato com a Latam, a companhia aérea informou que o acidente não causou nenhum dano aos passageiros e tripulantes presentes em ambas as aeronaves. O voo que viria para Campo Grande ainda está no ar até o momento desta reportagem, mas realocaram os passageiros para uma outra aeronave, um Airbus A320. 

O desembarque em terras sul-mato-grossenses deve acontecer por volta de 12h e, após a saída completa dos passageiros, o avião deve retornar à capital paulista. As investigações para ver danos no avião e motivos da colisão continuam por parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Casos recentes em MS

No dia 24 de setembro, uma aeronave de pequeno porte sofreu um acidente, na área de rural de Chapadão do Sul. O avião era ocupado por quatro pessoas e duas delas sofreram ferimentos leves.

Informações preliminares apontam que o incidente aconteceu durante o procedimento de pouso, fazendo com a aeronave tombasse com as rodas para o ar.

Em consulta ao portal de Registro Aeronáutico Brasileiro, no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), através do prefixo da aeronave, consta que ela se encontra em situação de aeronavegabilidade normal. O proprietário é um produtor rural de Mato Grosso do Sul.

No dia 31 de agosto, outro avião de pequeno porte caiu próximo a uma usina de açúcar, em Costa Rica, a 327 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações iniciais, o piloto e o copiloto morreram carbonizados. Testemunhas relataram que a aeronave tentou arremeter antes de cair e explodir.

Conforme informações de testemunhas, o acidente ocorreu por volta das 12h e ainda não há detalhes sobre o que poderia ter causado a queda da aeronave. Com o impacto ao solo, o avião de pequeno porte explodiu, matando os ocupantes.

Mato Grosso do Sul é o oitavo com o maior número de acidentes nos últimos 10 anos. Segundo o relatório do CENIPA, até agosto de 2024, o estado pantaneiro teve apenas dois sinistros, mas que não resultaram em nenhuma morte, um caso aconteceu em um avião B06 e outro em um PA11. Porém, como reportado acima, outros dois acidentes aéreos aconteceram em MS, sendo um com vítimas fatais. 

Vinhedo & MS

O acidente com um avião da Voepass com 62 pessoas a bordo, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, em agosto deste ano, é o sexto maior acidente aéreo já registrado no Brasil, em termos de número de vítimas. Entre os mortos está o Policial Rodoviário Federal (PRF) Hiales Froda, de 33 anos, que atuava em Mato Grosso do Sul, e estava acompanhado da esposa Daniela Schulz Froda que é fisioculturista, e o destino do casal seria o os Estados Unidos. 

A PRF, por meio de nota, lamentou a morte do agente e sua esposa e informou que ele ingressou em 2020 na instituição tendo iniciado a carreira no Acre e posteriormente foi transferido para Mato Grosso do Sul.

Hiales Fodra, é conhecido por ser filho do ex vice-prefeito de Moreira Sales (PR), Ari Fodra. A morte do agente da PRF chocou a população do município. 

O velório do casal foi em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, onde Daniela nasceu, e o enterro em Moreira Salles, no Paraná.

Ainda, cunhada do empresário Rodrigo Bigolin, sócio do Grupo Bigolin Materiais de Construção, Laiana Vasatta é uma das 61 vítimas do avião que caiu em Vinhedo. A advogada é esposa de Fabio Bigolin. 

Em São Paulo ela encontraria com o marido que estava apresentando o trabalho desenvolvido pela empresa de materiais de construção.

Laiana é filha do ex-vereador de Cascavel, Jaime Vasatta, e sobrinha do presidente da Câmara de Vereadores de Santa Helena, Paulo Júlio Vasatta.

Segundo informações, Rodrigo também iria embarcar, mas não conseguiu.

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