Cidades

ACESSO DIFÍCIL

Ministra Cármen Lúcia destaca preconceito contra mulher
na magistratura

Visibilidade é defendida para combater o problema não somente no Judiciário

AGÊNCIA BRASIL

21/08/2015 - 10h02
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A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse que a magistratura brasileira é um dos órgãos da sociedade e, como outros, tem uma carga de preconceito grande contra a mulher. Para ela, não significa que não haja justiça nos casos julgados, mas reconheceu que o acesso é mais difícil.

“A maioria hoje de tribunais, inclusive tribunais superiores e, principalmente, estaduais é composta de homens. Enfim, nós vivemos em uma sociedade em que esta é luta para que a gente tenha realmente a igualdade entre homens e mulheres. Isso é em todos os meios, e não é só no Poder Judiciário. E digo também no Poder Judiciário, que é responsável por acabar com isso”, afirmou.

Segundo a ministra, é preciso dar visibilidade ao problema do preconceito. “O que é escondido e não vem a público, é como se fosse uma doença, e fica difícil de ser curada”.

Cármen Lúcia lembrou que em 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, o papa Francisco fez um pronunciamento em que a Igreja Católica reconhece que para as mulheres foi reservado, historicamente, as sobras ideológicas.

“Ou seja, quem dita as ideologias e, portanto, as práticas são os homens. Isso dito por um papa numa igreja em que não se admite a presença da mulher e o celibato é obrigatório. É um avanço grande para dar visibilidade”.

A ministra participou hoje (20) no Rio, 2º Seminário Internacional Violência de Gênero e Feminicídio, organizado pelo Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

A presidente do Fórum Permanente, a juíza auxiliar da presidência do tribunal, Adriana Ramos de Mello, destacou que o feminicídio é uma epidemia. Ela acrescentou que esse não é, especificamente, um fenômeno brasileiro e se repete em países da América Latina, Europa e nos Estados Unidos.

De acordo com a juíza, o seminário vai ser importante para a troca de informações, uma vez que terá a participação de juízas de outros países como a vice-presidente do Tribunal Constitucional da Espanha, ministra Adela Asua Batarrita.

“São países, a maioria, que já tem legislação de feminicídio há algum tempo. No Brasil, a lei é recente, de março, então, nós estamos em um momento muito fértil de ouvir outras pessoas falando sobre o tema para a gente melhor aplicar a lei brasileira, que foi inspirada, obviamente, em outras legislações já existentes na América Latina”, disse.

Segundo a magistrada, o Brasil é o décimo sexto país a ter lei específica de feminicídio e, por isso, o tema ainda é novo para a sociedade. “O termo feminicídio, muitas pessoas não sabem do que se trata. É bom que haja esse esclarecimento. Não é só a morte de uma mulher, como o homicídio é a morte de um homem. É a morte de uma mulher, em razão dela ser mulher. O gênero feminino é uma motivação para o crime, por isso, tem esse nome”, explicou.

Cidades

PRF prende empresário por tráfico de 235kg de cocaína em MS

Além dele, outras duas pessoas envolvidas foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico

19/05/2025 09h45

PRF prende empresário por tráfico de 235kg de cocaína em MS

PRF prende empresário por tráfico de 235kg de cocaína em MS Divulgação

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Um empresário de Itaporã identificado como José Edson Peres Campagnoli de 52 anos, foi preso na manhã do último domingo (18) após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreender 235 quilos de cocaína. A ação faz parte da Operação Frete Ouro Branco, além do homem, outras duas pessoas foram encaminhadas à Polícia Federal.

De acordo com o portal Dourados Informa, a droga estava escondida em um caminhão de uma transportadora de Ponta Porã, que transportava fardos de erva-mate.

Durante a abordagem na Base Operacional da PRF na BR-163 - saída de Dourados para Campo Grande, os policiais desconfiaram da demora no trajeto, já que a nota fiscal emitida pelo motorista, Hugo César Ferreira, havia sido emitida em 11 de maio. Ele chegou a alegar que parou a viagem porque a esposa teria sofrido um derrame.

Devido a suspeita, os agentes vistoriaram o baú do caminhão e encontraram, sob os fardos de erva-mate, caixas com tabletes de cocaína. O motorista confessou que faria a entrega da droga a um terceiro em um restaurante de Dourados.

Já no local, a equipe visualizou um veículo modelo Parati, se aproximando para receber a carga. O motorista foi identificado como empresário no ramo de carretas e tentou fugir, mas foi perseguido e preso. 

Além dele, a esposa também recebeu voz de prisão. A PRF apreendeu R$ 4.500,00 em dinheiro e telefones celulares. Todo o material foi apreendido e o trio foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Outra apreensão

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu outros 8 Kg de cocaína, também na manhã de domingo (18), em Anastácio (MS). 

Os policiais fiscalizavam na BR-262, quando abordaram uma motocicleta Honda/CG 150. Durante a fiscalização ao veículo, os policiais encontraram um compartimento oculto, dentro, estavam escondidos os tabletes de pasta base de cocaína. 

Questionado, o condutor disse que não sabia da existência da droga e que voltava do município de Miranda (MS). A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil em Anastácio (MS).

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TRÂNSITO

Corredor de ônibus na Calógeras virou incógnita para a prefeitura

Trecho chegou a receber obras, mas interferências foram paralisadas em fevereiro de 2023 por rompimento de contrato com a vencedora da licitação

19/05/2025 09h30

Corredor de ônibus na Avenida Calógeras ligaria o Centro ao Terminal Morenão, um dos mais movimentados de Campo Grande

Corredor de ônibus na Avenida Calógeras ligaria o Centro ao Terminal Morenão, um dos mais movimentados de Campo Grande Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Com a retomada das obras dos corredores de ônibus em Campo Grande encaminhada, a volta do projeto na Avenida Calógeras ainda é incerta.

De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, a implementação do corredor na Avenida Calógeras, que passou por reuniões públicas de requalificação, encontra-se em fase de discussão para possíveis mudanças. 

“O planejamento do corredor da Avenida Calógeras está sendo discutido em reuniões internas. Estamos definindo se a execução seguirá com o plano original ou se haverá adequações”, declarou o secretário. 

O titular da Sisep também confirmou que existe a possibilidade de a via passar por outras obras de recapeamento, tendo a Águas Guariroba como executora do projeto, já que a rede de esgoto da Avenida Calógeras deverá passar por adequações em toda a sua extensão. 

A concessionária de abastecimento de água de Campo Grande, no entanto, informou que o cronograma de obras para ampliação da rede de esgoto na Capital é estabelecido pela prefeitura.

“Atualmente, Campo Grande tem cobertura de 94% da rede de esgoto. Nos últimos anos, a concessionária realizou a implantação de mais de 500 quilômetros de redes, interligando 130 mil pessoas. Sobre a pavimentação asfáltica, a concessionária reforça que realiza a recomposição logo após finalizar suas intervenções na via, mantendo a qualidade do pavimento atual de cada região. Em relação à Avenida Calógeras, até o momento, não há nenhuma previsão de obra a ser executada pela concessionária na via”, declarou ao Correio do Estado.

Além do corredor de ônibus na Avenida Calógeras, a implementação de estruturas para o transporte coletivo devem ser retomadas na Rua Bahia e na Avenida Bandeirantes. Entre as obras paradas de estações de embarque, a da Avenida Gunter Hans é a única que foi retomada para a conclusão do investimento.

Conforme informado pelo secretário Marcelo Miglioli, as avenidas Gury Marques e Costa e Silva também devem entrar no planejamento de construção de corredores de ônibus da Capital.

REUNIÃO PÚBLICA

Com as obras do projeto de criação de corredores de ônibus paradas, a Prefeitura de Campo Grande tentou acelerar, no fim do ano passado, a abertura de licitações para retomar a construção das estações de embarque na Avenida Calógeras.

Paralisado em fevereiro de 2023, o contrato do corredor de ônibus da Avenida Calógeras foi encerrado um ano depois (fevereiro de 2024) e, desde então, a prefeitura tenta retomar a obra, que é alvo de críticas de comerciantes e empresários que trabalham na avenida.

Em reunião pública com a Sisep, realizada em setembro do ano passado, os comerciantes pediram para que fosse reanalisada a construção de uma ciclovia na avenida. 

Eles também são contrários à retirada de uma das faixas de estacionamento, que é necessária para a passagem exclusiva dos ônibus do transporte público. 

De acordo com a Sisep, na época, a construção das estações de embarque na Avenida Calógeras teria o valor de R$ 14,2 milhões, porém, o montante deve ser rediscutido, já que possíveis modificações no projeto devem alterar o orçamento da obra.

OBRA RETOMADA

Conforme informou o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Paulo da Silva, durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ônibus, três obras paradas de corredores do transporte coletivo devem ser retomadas neste ano: na Avenida Gunter Hans, na Rua Bahia e na Avenida Bandeirantes.

Cerca de R$ 9,6 milhões estão sendo empenhados para terminar a construção do corredor de ônibus da Avenida Marechal Deodoro e seu prolongamento, a Avenida Gunter Hans.

A execução das obras estão por conta da empresa Engevil Engenharia Ltda., e o projeto prevê a implantação e restauração das quatro estações de pré-embarque da avenida. A faixa exclusiva para ônibus será instalada a partir da rotatória com as avenidas Bandeirantes e Manoel da Costa Lima. 

As estações de pré-embarque serão implantadas entre as ruas Tabira e Visconde de Suassuna; entre a Avenida Panambi Vera e a Rua Guaraí; entre as ruas Roney Paim Malheiros e Tenente Antônio João Ribeiro. A última estação será entre as ruas Eduardo Contar e Túlio Alves Quito. O prazo para conclusão da obra, retomada no mês passado, é de 12 meses.

Na Avenida Bandeirantes, que é o braço bairro/centro do Corredor Sudoeste, o planejamento é construir, ao longo dos seus 3,5 quilômetros de extensão, sete estações, com módulos de 10 metros em plataformas de 40 metros, localizadas nas esquinas com as ruas Campinas, Hermenegildo Pereira, Bélgica, Tenente Antônio João Figueiredo, Argemiro Fialho – no meio da quadra entre a Avenida Salgado Filho e a Rua Brilhante – e na esquina com a Rua Visconde Taunay. 

A partir do cruzamento com a Rua 26 de Agosto, o corredor sai da margem esquerda para a da direita, para facilitar a entrada dos ônibus na Avenida Afonso Pena.

Na Rua Bahia, primeiro trecho do Corredor Norte (ligação da Avenida Afonso Pena com o Terminal General Osório), é prevista a instalação de quatro estações, que ficarão nas esquinas com as ruas da Paz, Antônio Maria Coelho, das Garças e das Paineiras.

O corredor será complementado na Avenida Coronel Antonino, no prolongamento da Rua Bahia, até chegar ao Terminal General Osório, recebendo ônibus que vêm dos terminais Aero Rancho e Bandeirantes. Os corredores da Rua Bahia e da Avenida Bandeirantes, de acordo com a Sisep, ainda não tem previsão para retorno das obras.

SAIBA

O corredor de ônibus da Avenida Marechal Deodoro em seu trajeto interligará o Terminal Aero Rancho com o centro da cidade, passando pelo Terminal Bandeirantes no caminho.

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