Na visão do ministro da Defesa, Raul Jungmann, a megaoperação realizada por tropas federais neste sábado (5), no Rio, teve um resultado "razoável".
A ação mobilizou cerca de 5 mil profissionais das forças de segurança com o objetivo de combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas na cidade.
Dois supostos criminosos e um policial militar morreram.
Foram apreendidas três pistolas, duas granadas, quatro rádios, 21 carros e uma motocicleta e entorpecentes. Nenhum fuzil foi capturado.
Em entrevista coletiva neste domingo (6), Jungmann disse que o saldo não foi "espetacular", apenas "razoável".
No entanto, Jungmann espera que as próximas operações sejam mais bem-sucedidas.
"Existe uma coisa chamada curva de aprendizagem. O importante é que nós vamos melhorar a cada operação. Acredito que os resultados vão aparecer com o tempo e que nós vamos construir cada vez mais uma capacidade de inteligência, uma capacidade operacional, uma capacidade integrada, que tornará evidente para a população do Rio de Janeiro que ela não está mais só."
No total, os militares realizaram incursões em seis comunidades nas zonas norte e oeste da cidade. Três delas contavam com UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora).
A operação deste sábado inaugurou a segunda etapa do plano de segurança do governo federal para o Rio, que deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018 -R$ 700 milhões serão empenhados até o final deste ano.
Em crise, o Rio vive colapso da segurança pública. O número de mortes violentas no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893).