Cidades

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Ministro lança campanha para atualizar caderneta de vacinação

Ministro lança campanha para atualizar caderneta de vacinação

Portal da Saúde

14/08/2012 - 12h00
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A pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite passam a fazer parte do Calendário Básico. Crianças menores de cinco anos, das regiões Norte, Nordeste e parte de Minas, irão receber megadoses de vitamina A, dentro do Programa Brasil Carinhoso.

Para melhorar a cobertura vacinal das crianças, o Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde, realiza em todo o país campanha para atualizar a caderneta de vacinação.  A ação ocorrerá no período de 18 a 24 de agosto, sendo 18 o dia D de divulgação e mobilização nacional. O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva. 

Na campanha são oferecidas à população alvo – crianças menores de cinco anos – várias vacinas. A pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) também passam a fazer parte do calendário básico de criança.

Além da atualização das vacinas, as crianças menores de cinco anos - moradoras das regiões Norte, Nordeste e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais - receberão suplemento de vitamina A. A medida integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio desde ano e que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância.   

Crianças menores de cinco anos de idade devem ser levadas a um posto de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) para que a caderneta de saúde seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada. Estarão disponíveis para esta ação todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).

“Melhorar a cobertura vacinal das crianças significa diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a ação também permite reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal.

Para a operacionalização desta campanha, serão disponibilizados cerca de R$ 18,6 milhões, transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. Aproximadamente 34 mil postos fixos de vacinação estarão abertos, além de postos volantes. Haverá o envolvimento de 350 mil profissionais de saúde e a utilização de cerca de 42 mil veículos. O público-alvo nesta faixa etária é de 14,1 milhões de crianças. 

PENTAVALENTE – A vacina pentavalente é injetável e reúne em uma única aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) -  e a vacina contra a hepatite B. Significa uma picada a menos para as crianças.

A pentavalente será administrada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Além desta vacina, a criança manterá os dois reforços com a DTP. O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. A vacina hepatite B também ficará disponível a outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a hepatite B.

Foram adquiridas mais de oito milhões de vacinas que serão repassadas aos governos estaduais e ao Distrito Federal. Na primeira remessa, serão 726 mil doses para abastecer todo o Brasil (confira tabela abaixo). 

PÓLIO INATIVADA – A partir de agora, as crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença. O Brasil já está se preparando para utilizar, apenas, a vacina inativada quando ocorrer a erradicação da doença no mundo. A VIP será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada) transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias (FUNED) estão desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações daqui a quatro ou cinco anos.

VACINA ORAL - As doses da VOP visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

Antes, a criança recebia a vacina oral poliomielite (VOP) em todo o esquema vacinal, aos 2 meses (primeira dose), 4 meses (segunda dose), 6 meses (terceira dose) e aos 15 meses (reforço). Agora, nas duas primeiras doses (2 e 4 meses de idade) a criança receberá a vacina inativada poliomielite (VIP) e na terceira dose (6 meses) e no reforço (15 meses) receberá a VOP. A criança menor de 5 anos de idade que iniciou esquema com VOP deverá completar o esquema com a mesma vacina. Já a criança menor de 5 anos, que ainda não iniciou esquema com VOP, deverá seguir o esquema sequencial.

VITAMINA A  – O Ministério da Saúde vai disponibilizar megadoses de vitamina A para repor as deficiências nutricionais em crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. A estratégia faz parte da Ação Brasil Carinhoso e também terá o seu dia de mobilização nacional, no próximo sábado 18 de agosto.

Para a campanha, serão priorizados os estados das regiões Norte e Nordeste, e as cidades das regiões do Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, totalizando 2.434 municípios. Para as demais regiões do país, no decorrer do ano, a suplementação de vitamina A será realizada durante a rotina de Atenção Integral à Saúde das Crianças que acontece nas Unidades Básicas de Saúde. Até o fim de 2012, a suplementação será ampliada às demais unidades da federação, contemplando 3.034 municípios em todos os estados brasileiros. Serão incluindo todos os municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria, além dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

A suplementação contribui para reduzir a gravidade das infecções,  diminuição da morbimortalidade infantil e contribui para a saúde da visão e o pleno desenvolvimento cognitivo. A criança deve receber  duas doses anuais (não injetáveis), uma a cada seis meses. Cada município deverá adotar a sua estratégia para a identificação das crianças, de seis meses a menores de cinco anos, que serão atendidas e rotineiramente acompanhadas. A identificação pode  ser por demanda espontânea nas unidades de saúde (durante as consultas regulares do Crescimento e Desenvolvimento Infantil); por busca ativa por meio dos Agentes Comunitários de Saúde e Equipes Saúde da Família); ou por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricionais, como, por exemplo, os líderes da Pastoral da Criança. 

CAMPANHA DE ATUALIZAÇÃO - DOSES SOLICITADAS/AUTORIZADAS EM AGOSTO

UF

VIP

PENTAVALENTE

Rondônia

         10.000

              10.000

Acre

                -  

              10.000

Amazonas

         60.000

              80.000

Roraima

           3.000

                6.000

Pará

                -  

              36.660

Amapá

         15.000

                3.000

Tocantins

         30.000

                8.000

NORTE

       118.000

             153.660

Maranhão

         65.000

              60.000

Piauí

         40.000

              30.000

Ceará

                -  

              32.850

Rio Grande Norte

         30.000

              20.000

Paraíba

         65.000

              30.000

Pernambuco

         50.100

              40.000

Alagoas

         13.020

              20.000

Sergipe

         50.000

              10.000

Bahia

       230.200

              60.000

NORDESTE

       543.320

             302.850

Minas Gerais

 

                     -  

Espírito Santo

         20.150

              20.000

Rio de Janeiro

       100.300

             100.000

São Paulo

                -  

             200.000

SUDESTE

       120.450

             320.000

Paraná

       160.000

             100.000

Santa Catarina

         40.000

              44.000

Rio Grande do Sul

         40.100

              70.000

SUL

       240.100

             214.000

Mato Grosso Sul

         40.000

              40.000

Mato Grosso

         20.100

              20.020

Goiás

 

              46.000

Distrito Federal

                -  

              20.000

CENTRO-OESTE

         60.100

             126.020

 BRASIL

    1.081.970

          1.116.530

GT-GIN/CGPNI/DEVEP

 

Diretrizes

MPT cria regras para proteger trabalhadores contra o "calorão"

Uma das recomendações é o fornecimento de água potável fresca, bebidas isotônicas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados às novas condições climáticas

29/04/2025 17h00

medida sugerida é o fornecimento de água potável fresca, bebidas isotônicas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados às novas condições climáticas

medida sugerida é o fornecimento de água potável fresca, bebidas isotônicas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados às novas condições climáticas Foto: Reprodução

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Diante do aumento de eventos climáticos extremos, como calor intenso e seca prolongada, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) expediu três recomendações direcionadas a empregadores, entidades sindicais e ao Poder Público.

Entre as principais diretrizes para empregadores, o MPT-MS destaca a necessidade de revisar os programas de saúde e segurança do trabalho, com foco nos impactos climáticos. A instituição recomenda a realização de avaliações quantitativas do calor nos períodos mais críticos, além da readequação dos horários de trabalho para evitar a exposição dos trabalhadores nos momentos de maior risco térmico.

As orientações foram divulgadas nesta terça-feira (29), após uma audiência coletiva realizada na última sexta-feira (25), que reuniu representantes de diversos setores para debater medidas de proteção à saúde dos trabalhadores diante das mudanças climáticas.

O órgão também orienta que as empresas ofereçam pausas regulares em ambientes climatizados e livres de poluição, contabilizando esses intervalos como tempo efetivo de trabalho. Outra medida sugerida é o fornecimento de água potável fresca, bebidas isotônicas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados às novas condições climáticas — como chapéus legionários, protetor solar e vestimentas específicas para altas temperaturas.

“O MPT-MS recomenda, ainda, que as empresas promovam a suspensão temporária das atividades em situações de risco grave e iminente, especialmente em casos de emergência climática ou exposição extrema, priorizando a proteção de trabalhadores com condições de saúde mais vulneráveis, como gestantes e pessoas com comorbidades”, reforça o órgão.

Para as entidades sindicais, o Ministério Público do Trabalho sugere a incorporação dessas diretrizes nos processos de negociação coletiva, de modo a garantir a efetividade das medidas propostas no cotidiano das categorias laborais.

Já ao Poder Público, o MPT orienta a criação e aprimoramento de sistemas de alerta para situações como baixa qualidade do ar e da água, ondas de calor e frio, além de risco de inundações. Esses sistemas devem garantir comunicação eficaz com os trabalhadores e gerar índices confiáveis sobre os efeitos climáticos na saúde ocupacional.

O documento também recomenda que os procedimentos de licenciamento ambiental e concessão de alvarás levem em consideração as condições de conforto térmico nos canteiros de obras e outros ambientes de trabalho.

As recomendações expedidas têm prazo indeterminado, e o MPT-MS poderá solicitar, a qualquer momento, informações sobre seu cumprimento pelas instituições notificadas.

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Investigação

Ex-diretores do INSS pegaram R$ 17 miilhoes de gestores das fraudes contra aposentados

As suspeitas sobre o envolvimento de dirigentes da autarquia com o esquema que teria provocado prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados levaram à queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto

29/04/2025 16h37

Agência do INSS em Campo Grande; instituto permitiu descontos ilegais em benefícios de aposentados

Agência do INSS em Campo Grande; instituto permitiu descontos ilegais em benefícios de aposentados Gerson Oliveira

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Ex-servidores do alto escalão do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) receberam mais de R$ 17 milhões de intermediários das associações suspeitas de fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas.

As suspeitas sobre o envolvimento de dirigentes da autarquia com o esquema que teria provocado prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados levaram à queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele pediu demissão após ter sido afastado do cargo por ordem judicial.

Sob pressão da oposição, o governo Lula mantém no cargo o ministro da Previdência, Carlos Lupi.

A Polícia Federal identificou repasses a três dirigentes do INSS:

  • - André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão;
  • - Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança e Gerenciamento de Riscos e de Governança, Planejamento e Inovação;
  • - Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-chefe da Procuradoria Federal Especializada do INSS.

O dinheiro teria sido repassado por meio de empresas registradas no nome de familiares dos ex-diretores “sem motivo razoável conhecido para tanto”. Eles foram alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada na semana passada.

“Observa-se a ação em conluio entre os investigados a fim de conferir aparente legalidade ao pagamento realizado pelos operadores financeiros e o recebimento de vantagens ilícitas por parte de servidores do INSS, abastecido pelo dinheiro proveniente dos descontos indevidos realizados pelas entidades associativas, em ação concertada”, afirma a Polícia Federal na representação que levou à operação.

Fluxo financeiro

Os repasses foram descobertos porque a Polícia Federal conseguiu reconstituir uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas que, segundo a investigação sobre as fraudes no INSS, operou a distribuição do dinheiro desviado por meio de associações.

O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, citado no inquérito como “Careca do INSS”, é apontado como o principal operador do esquema. Ele é dono de dezenas de empresas com personalidade jurídica própria, usadas para blindar os sócios controladores, e até de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Defesa diz que ele vai comprovar inocência.

Segundo a PF, pessoas e empresas relacionadas ao “Careca do INSS”, receberam R$ 48,1 milhões diretamente de associações suspeitas, além de R$ 5,4 milhões de empresas ligadas a essas entidades, totalizando R$ 53,5 milhões.

Depois de identificar esses “intermediários”, a PF passou a analisar para quem eles enviaram dinheiro. Foi aí que os investigadores se depararam com empresas ligadas a familiares de chefões do INSS.

Segundo a investigação, Virgílio Antônio, que chefiou a Procuradoria Federal Especializada do INSS, recebeu R$11.997 602,70 por meio de empresas registradas no nome da mulher e da irmã.

André Paulo Félix Fidélis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, recebeu R$ 5.186.205,0041 por meio do filho e da nora.

O ex-diretor de Governança e Gerenciamento de Riscos e de Governança, Planejamento e Inovação, Alexandre Guimarães, ficou com R$ 313.205,29, indica a Operação Sem Desconto.

Segundo a investigação da Operação Sem Desconto, servidores do INSS venderam dados de aposentados e pensionistas em troca de propinas e facilitaram os descontos indevidos direto nos contracheques dos beneficiários.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANTÔNIO ANTUNES

Alberto Moreira e Flávio Schegerin, sócios do escritório Moreira e Schegerin Advogados, responsáveis pela defesa técnica de Antonio Antunes, esclarecem que não comentam processos em curso, principalmente os que tramitam em segredo de justiça. Reforçam, contudo, que as acusações apresentadas contra seu cliente não correspondem à realidade dos fatos.

A defesa confia plenamente que o tempo propiciará uma apuração adequada dos fatos, possibilitando uma atuação ampla e isenta por parte das instituições, em harmonia com o Estado Democrático de Direito. Estamos certos que ao longo do processo, a inocência de Antonio será devidamente comprovada.

COM A PALAVRA, OS CITADOS

A reportagem pediu manifestação de Virgílio Antônio e buscou contato com as demais defesas ate a publicação deste texto.

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