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Mobilização na fronteira tem dia de enfrentamento ao crack

Mobilização na fronteira tem dia de enfrentamento ao crack

EDILSON JOSÉ ALVES, de PONTA PORÃ

01/03/2011 - 07h54
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A popularização do crack vem preocupando as autoridades da fronteira Brasil-Paraguai. Nesta segunda-feira, estudantes, professores, comerciantes, entidades de classes e a sociedade de uma forma em geral participaram de uma caminhada para marcar a data de 28 de fevereiro instituído como “Dia de Enfrentamento ao Crack”, conforme Lei Municipal de autoria da vereadora Dulce Manosso (PSDB), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Flávio Kayatt (PSDB).

Segundo dados do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã (CAPS), o número de usuários de crack vem crescendo e, atualmente, é uma grande preocupação tanto para as autoridades brasileiras como paraguaias. Existe uma facilidade em adquirir esse tipo de droga na região. Enquanto nos anos de 2008 e 2009 o Caps atendeu cerca de 300 pessoas usuárias de drogas como crack, maconha, cocaína e também de álcool, somente em dezembro do ano passado foram 216 atendimentos.

“Realizamos inúmeras ações e atividades, para que possamos diagnosticar este quadro, atendendo e acompanhando os usuários. No entanto é fundamental que a sociedade desperte para este grave problema de saúde pública” alertou Carlos Urizar, psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã.
Para marcar o 28 de fevereiro como o Dia de Combate às Drogas, nesta segunda-feira pela manhã foi realizada uma passeata, com os manifestantes saindo de frente ao prédio da Prefeitura de Ponta Porã, seguindo pela rua Guia Lopes, avenida Marechal Floriano até a Praça Lício Borralho, na Linha Internacional. A passeata faz parte da estratégia de conscientização da população em favor do combate às drogas, que cada vez mais tem alcançado crianças, jovens e adultos.

Neste mês de março, será realizado o Fórum Municipal, que servirá para a elaboração do Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, que contará com diversos segmentos da sociedade. A autora do Projeto de Lei que instituiu o Dia Municipal de Combate ao Crack, Dulce Manosso, disse que toda a sociedade precisa participar e colaborar para evitar uma proliferação ainda maior do uso de entorpecentes no município fronteiriço.

mais 30 anos

Às vésperas de renovar a concessão, Energisa anuncia queda no lucro

Retração foi de 17,5% na comparação com os primeiros nove meses do ano passado, mas ainda foi de R$ 1,28 milhão por dia

08/11/2025 12h50

Resultado financeiro saiu em meio a uma semana marcada pela falta de energia que afetou milhares de consumidores em MS

Resultado financeiro saiu em meio a uma semana marcada pela falta de energia que afetou milhares de consumidores em MS

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À espera da assinatura do contrato para renovar a concessão por mais 30 anos e em meio a uma semana marcada por dois temporais que deixaram milhares de consumidores sem enegia em Campo Grande e em cidades do interior do Estado, a Energisa divulgou nesta sexta-feira (7) queda de 17,5% no lucro líquido neste ano na comparação com os nove primeiros meses do ano passado. 

Mesmo assim, a concessionária que abastece 74 municípios de Mato Grosso do Sul ainda garantiu lucro de R$ 346,3 milhões desde o começo do ano, o que equivale a um superávit diário de R$ 1,28 milhão. No ano passado, em igual período, a empresa teve resultado de  R$ 419,9 milhões, ou R$ 1,55 milhão diários.

A retração do lucro líquido, conforme explica a própria empresa em seu balanço relativo ao terceiro trimestre do ano, "foi impactado pelo aumento das despesas financeiras, refletindo principalmente o maior custo da dívida".  Estas dívidas somam R$ 3, 791 bilhões.

Se não fossem os juros destas dívidas, o lucro da concessionária seria bem maior, pois a receita corrente líquida aumentou em 9,1% nos primeiros nove meses do ano, passando de R$ 3,251 bilhões para R$ 3,548 bilhões. 

Uma das explicações para a alta no faturamento é o crescimento de 1,5% no número de consumidores cativos, que passaram de 1,148 milhão  para 1,166 milhão de clientes. 

Mas, apesar do aumento de 18 mil consumidores, o faturamento com a venda de energia sofreu queda de 4,6% nos primeiros nove meses de 2025, ano em que as temperaturas foram mais amenas que em 2024. Nos setores comercial e industrial, esta queda foi bem mais significativa, de 24% e 21%, respectivamente. 

"Vale lembrar que no terceiro trimestre de 2024, o mercado havia registrado a maior alta em 23 anos (10,3%), em meio a temperaturas elevadas e consumo atípico na indústria. Já no terceiro trimestre de 2025 o clima foi mais frio", cita o texto do balanço.

Computando todos os tipos de clientes da Energisa, o consumo de energia caiu 8% no terceiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2025. O volume caiu de  967,1 gigawatt-hora para  889,8 GWh. A explicação foi a temperatura mais amena que no ano anterior. 

Mesmo com a retração na venda de energia, a empresa garante que elevou em 3,2% os investimentos neste ano, que passaram de R$ 536,3 milhões para R$  553,7  milhões ao longo dos primeiros nove meses. 

CONCESSÃO

Além de trazer as informações relativas às finanças, o balanço da Energisa informa também que está a um passo de conseguir renovar a concessão do serviço por mais 30 anos em Mato Grosso do Sul. 

O contrato atual foi assinado em 4 de dezembro de 1997 e vence no dia 3 de dezembro de 2027. Porém, a renovação precisa ser feita pelo menos dois anos antes desta data para não haver o risco de o serviço ficar sem empresa responsável pela manutenção.

Em 17 de junho deste ano a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) já aprovou a renovação do contrato e agora a Energisa aguarda somente uma análise do Tribunal de Contas da União e posterior assinatura de um novo contrato. A previsão é de que isso ocorra ainda neste ano.

 


 

temporal

Nuvens de poeira alteram o céu e assustam moradores de MS

Formações raras e de grande porte, incluindo uma nuvem de poeira que simulava fogo e uma nuvem em rotação, chamaram a atenção e viralizaram nas redes sociais

08/11/2025 12h30

Nuvem de poeira formada em Cassilândia

Nuvem de poeira formada em Cassilândia Reprodução

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O céu de parte de Mato Grosso do Sul foi palco de fenômenos atmosféricos impressionantes e que causaram apreensão na população na última quarta-feira (5).

Enquanto em Cassilândia uma gigantesca nuvem de poeira criou a ilusão de "fogo no céu", em Chapadão do Sul, uma nuvem em rotação assustou moradores durante um temporal.

Cassilândia

Na região da Vaca Parida, em Cassilândia, uma grande e espessa nuvem carregada de poeira dominou o horizonte. De baixa altitude e com um tamanho que impressionou, a formação continha uma densa camada de poeira que, à distância, dava a nítida impressão de haver chamas em seu interior.

O fenômeno, que se movia com velocidade, deixou os moradores apreensivos. Em um vídeo gravado no local, é possível ouvir a surpresa: "Parece fogo no céu. Nós viemos aqui tratar a semente e o Alisson falou: ‘Olha para trás’. Que loucura, olha a velocidade das nuvens. Rapaz, vai vir uma tempestade", se espantou a testemunha.

Chapadão do Sul

Já na zona rural de Chapadão do Sul, um fenômeno diferente, mas igualmente impactante, viralizou nas redes sociais. Um vídeo, gravado pelo agrônomo Marco Aurélio Castro em uma fazenda próxima aos chapadões, mostra uma nuvem com um claro movimento de rotação em espiral em sua base, formando-se durante um temporal que caiu sobre o município.

As imagens chamaram a atenção pela força do vento e pela proximidade do local de gravação. O fenômeno chegou a danificar a rede elétrica da cidade.

No registro, Marco Aurélio comenta: "Pessoal, parei para registrar esse momento. Olha que bonito, e assustador, né? Na região dos chapadões... Olha que coisa braba hein. Espero que venha calma aí. Parei para registrar aqui porque eu tinha visto a formação dessas nuvens que parecia ser o início de um furacão ou tornado. Tá vendo que tá formando em espiral? E logo antes tava formando um redemoinho bem embaixo dele. Bonito e assustador ao mesmo tempo".

Nuvens de poeira

De acordo com especialistas, as nuvens de poeira, como a registrada em Cassilândia, são formadas principalmente quando ventos fortes levantam partículas de solo seco e poeira para a atmosfera. Isso é mais comum após longos períodos de estiagem, que tornam o solo mais seco e com maior quantidade de material solto.

Esse fenômeno pode ser desencadeado por eventos naturais, como tempestades de poeira ou a chegada de frentes frias com ventos de alta velocidade que encontram uma área quente e seca. 

Já a formação em rotação, observada em Chapadão do Sul, está associada a condições de instabilidade atmosférica mais severa, que podem evoluir para a formação de tornados se houver os ingredientes necessários, como um forte cisalhamento do vento e umidade.

 

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