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Mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul estão no maior patamar da pandemia

Ontem foram confirmados mais 26 óbitos e média móvel está em 18,3 nos últimos sete dias

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Mato Grosso do Sul chegou ao maior patamar de média de mortes por Covid-19 desde o primeiro caso registrado no Estado, em março deste ano. 

Com os 26 óbitos apresentados no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), a média móvel chegou a 18,3 nos últimos sete dias.

“Nossa média móvel subiu como nunca, 18,3 nos últimos sete dias. Se esse número não te assusta, não sei o que irá assustar”, declarou a secretária-adjunta de Saúde do Estado, Crhistinne Maymone, durante transmissão para apresentação dos dados do novo coronavírus.

Geraldo Resende, secretário estadual de saúde, alertou que, além do aumento das mortes, a ocupação de leitos continua alta e que as vagas podem não ser suficientes se o número de pacientes continuar aumentando.  

“Os jovens continuam saindo, fumando narguilé, tomando tereré, e vão ser responsáveis pela morte dos seus familiares. Vai chegar no momento que não vai ter mais leitos para essas pessoas, disse o secretário. 

"De agora para frente, se não houver uma resposta coletiva da população e de quem precisa pedir medidas mais rígidas, que são os prefeitos, vamos chegar no colapso da nossa rede de saúde nos próximos dias”, completou Resende.

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BOLETIM

Do total de mortes apresentadas ontem, 15 foram em Campo Grande, cidade mais afetada pela pandemia no Estado e que já perdeu 938 moradores desde o início. 

Outras quatro vítimas eram de Dourados, além de dois de Aquidauana e um em Batayporã, Dois Irmãos do Buriti, Maracaju, Bonito e Aral Moreira.

Nesta segunda, conforme dados do boletim epidemiológico, 658 pessoas estavam internadas com Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Esse número, porém, não leva em consideração os dados de pessoas que também estão internadas com suspeita da doença.

“Eu me sindo inconformado com esses números, com a pouca colaboração das pessoas às medidas de distanciamento. O que nós estamos colhendo é o que plantamos e certamente vai ser um número expressivo nesse final de ano e em janeiro”, continuou o titular da SES.

Entre os internados, 362 estavam em leitos clínicos (222 na rede pública e 140 na rede privada) e 296 em vagas de unidade de terapia intensiva (209 na rede pública e 87 na privada).

Ontem, o Estado confirmou mais 726 episódios da doença e agora são 122.187 casos registrados desde o início da pandemia. A média móvel dos últimos sete dias é de 1.172,3. Desse total, 2.077 pessoas morreram em decorrência da doença em Mato Grosso do Sul.

COLAPSO

De acordo com dados do programa Mais Saúde, do governo do Estado, dos leitos críticos destinados aos pacientes mais graves em Campo Grande, poucos ainda estavam vagos e a ocupação era acima de 90% na maioria dos hospitais, públicos e privados.

A prefeitura e o governo se comprometeram a abrir até o dia 31 de dezembro mais 30 vagas em UTIs na Capital, que está na macrorregião com a maior ocupação de leitos do Estado. Segundo dados de ontem do governo do Estado, a região tinha 111% de lotação. 

Esse valor é resultado do acréscimo de leitos ainda não pactuados com o governo federal, mas que foram abertos por causa da grande demanda que a cidade enfrenta.

Do porcentual em uso, 59% eram ocupados por casos confirmados da Covid-19 e outros 4% por suspeitos da doença. As outras enfermidades eram responsáveis por 48% das internações na macrorregião.

Dourados também vive um momento complicado, com 90% das vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) preenchidas, e a maioria por casos confirmados ou suspeitas do novo coronavírus (32% e 14%, respectivamente. As outras doenças são responsáveis por 44% das vagas.

Por causa dessa situação, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul ingressou com uma ação civil pública pedindo que as gestões municipal e estadual criassem 30 vagas em cinco dias, mas uma reunião na sexta-feira selou o acordo e estendeu o prazo.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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