Cidades

Trânsito

Motorista responderá por 5 homicídios; acidentes mataram nove no fim de semana

Acidente mais grave aconteceu ontem e matou cinco pessoas, entre elas duas crianças

ALINY MARY DIAS

04/10/2015 - 14h00
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O grave acidente que matou cinco pessoas na noite deste sábado (3), na BR-262 entre Água Clara e Ribas do Rio Pardo, impressiona principalmente pela quantidade de mortos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor que causou o acidente e estava embriagado responderá por homicídio das cinco pessoas. Neste fim de semana, acidentes mataram pelo menos nove pessoas nas rodovias do Estado.

Gabriela Duarte de Souza, de 8 anos, e Lucas Duarte de Souza, de 12 anos, estavam no banco traseiro do Renault Sandero, conduzido pela mãe das crianças Hellen Rolon de Souza Duarte, e que também tinham como ocupantes o marido dela, Wanderson Duarte e uma amiga da família, Jocelise Pereira de Oliveira, 34 anos.

De acordo com a PRF, depois da colisão causada por um condutor bêbado de um Fiat Palio, Gabriela e Lucas foram arremessados do carro porque não usavam cinto de segurança. Eles morreram na hora.

Informações atualizadas da corporação dão conta que a condutora do Sandero, a mãe das crianças, foi a única sobrevivente do veículo porque usava o cinto. Ela está internada na Santa Casa da Campo Grande em estado grave e com diversas fraturas pelo corpo.

Quem conduzia o veículo que causou toda a tragédia era Roberto Benites. Ele sobreviveu sem ferimentos graves e está consciente, segundo a PRF. A mulher dele, no entanto, morreu no local, a identidade dela ainda não foi divulgada.

O condutor, que não teve a idade divulgada, já foi autuado pelos cinco crimes de homicídio e está preso, de acordo com a polícia.

PREVENÇÃO

Conforme nota divulgada pela assessoria de imprensa da PRF, apesar da violência do acidente e da imprudência do motorista que dirigia alcoolizado, a quantidade de mortos poderia ser menor.

“Ainda assim, pelo menos as vidas dos passageiros de trás, especialmente das crianças, poderiam ter sido poupadas. Crianças têm mais chance de saírem de um acidente vivas, em comparação a um adulto, quando estão utilizando cinto de segurança, em razão da menor massa de seus corpos”.

Na manhã de ontem, três morreram em acidente (Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado)

VIOLENTO

Além das mortes desse acidente, este fim de semana foi violento nas estradas do Estado e matou pelo menos nove pessoas.

No fim da manhã de ontem, na BR-163, uma caminhonete aquaplanou e caiu no Rio Santa Luzia. Alcione Neres da Costa, de 36 anos, que conduzia o veículo e os dois filhos, de 3 e 8 anos morreram na hora. O único sobrevivente foi o marido dela, Mauro Luiz Pereira da Costa.

Outro acidente que resultou em morte também aconteceu na 163, na região de Nova Alvorada do Sul. Rubens de Oliveira, de 38 anos, conduzia um carro de passeio que colidiu em uma carreta, na noite de ontem. O motorista morreu na madrugada deste domingo. 

Cidades

Casa de ex-prefeito de Campo Grande vai a leilão para pagar dívida de pensão

Alcides Bernal deixou de pagar pensão quando foi cassado, em 2014, e dívida ultrapassa R$ 112 mil a filho que mora no Tocantins

20/06/2025 17h33

Casa de Alcides Bernal, em Campo Grande, vai a leilão

Casa de Alcides Bernal, em Campo Grande, vai a leilão Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, terá uma casa levada a leilão devido a uma dívida de pensão que ultrapassa o valor de R$ 112 mil. A sentença é da 1ª Vara da Família e Sucessões de Palmas (TO), onde mora o filho do ex-prefeito.

De acordo com os autos do processo, na época em que ainda era prefeito, Bernal e o filho celebraram acordo em processo que tramitou em Campo Grande, onde ficou estabelecido que seria descontado o valor de três salários mínimos diretamente de seus subsídios de prefeito, inclusive o 13º salário, e seriam depositados na conta do filho.

O acordo foi homologado por sentença que transitou em julgado. No entanto, Bernal foi cassado em 2014 e, sem o desconto em conta, ele deixou de cumprir a obrigação com o filho.

“Por ocasião de sua cassação, por pura liberalidade, por humanidade e generosidade do Exequente, mesmo sofrendo as agruras da falta de pagamento da pensão (contraindo dívidas para continuar se mantendo), pensando que o seu pai, até lhe seria grato, por deixar passar um tempo razoável para se recompor, deixou passar alguns meses, contudo, após esse tempo, o Exequente começou a tentar contato, para tentar uma composição amigável com o Executado, não conseguindo nem uma resposta”, diz a ação.

Também conforme a ação, o filho tentou várias formas de contato, por meio de ligações em celular pessoal e na prefeitura, assim como por meio de conhecidos e amigos próximos, que também tentaram contato via ligação e pessoalmente com Bernal, mas sem sucesso. 

Assim, foi protocolizada nova petição, para execução dos débitos que haviam sido deferidos para desconto em folha, totalizando 36 meses pendentes, contando com dois 13º salários, que não foram pagos de janeiro a abril de 2013 e de abril de 2014 até setembro de 2016.

O montante devido, com juros de mora e atualização monetária e capitalização simples, até o mês de setembro de 2016, é de R$ 112.252.23.

Na ação, é citado também que o pagamento da pensão alimentícia é a obrigação mínima de Bernal, já que, segundo os autos, há abandono afetivo desde o nascimento de seu filho.

O filho relata que está passando por necessidades financeiras e que a ajuda do pai, que não está sendo paga, está fazendo falta. Dentre as dificuldades citadas, está o fato de que o rapaz tem "inúmeros gastos diários" e que parou de estudar por falta de recursos financeiros.

Desta forma, foi pedido a intimação para que Bernal efetuasse o pagamento do débito pendente no prazo de três dias e, caso não realizasse a quitação, que fossem penhorados bens, quanto bastassem para o adimplemento da da dívida.

Sem o pagamento, o imóvel a ser leiloado é uma casa localizada no Jardim Paulista, em Campo Grande, que se encontra penhorada, com a devida intimação do devedor. Na ação, não consta quando será realizado o leilão.

Cidades

Justiça bloqueia R$ 40 milhões de família que provocou "muralha de fogo" em MS

Segundo investigação, pai e filhos são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas na região pantaneira

20/06/2025 17h00

"Muralha de fogo", em Corumbá, em 2024 Foto: Divulgação

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 A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 40,7 milhões em bens de uma família acusada de provocar incêndios criminosos para criação ilegal de pasto em Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense. A ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), envolve o pecuarista Carlos Augusto de Borges Martins, conhecido como “Carlinhos Boi”, e seus três filhos, que, segundo a investigação, são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas, incluindo a chamada “muralha de fogo” que viralizou nas redes sociais em junho de 2024 durante a tradicional Festa de São João.

O incêndio teve como ponto de ignição propriedades utilizadas pela família, como a Fazenda Pira-Retã e o Sítio São Domingos, área inserida em uma Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Rio Paraguai, nas proximidades de um ponto de captação de água que abastece a cidade de Corumbá.

De acordo com laudos da Polícia Federal, a ocupação irregular e as construções precárias no local impedem a regeneração da vegetação nativa e geram lançamento de esgoto e lixo diretamente no solo, aumentando o risco de contaminação do rio.

O MPF aponta que a família Martins utilizava irregularmente o cadastro da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro-MS) para movimentar e criar bovinos em áreas pertencentes à União, na região conhecida como “Retiro Tamengo”. As terras, além de públicas, incluem áreas privadas sem cercas delimitando os perímetros, o que favorecia a ocupação ilegal.

O objetivo da ação civil pública é obter a desocupação imediata das áreas invadidas, com a retirada dos bovinos, demolição das construções irregulares e recuperação ambiental do espaço por meio da implantação de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Também foi solicitado o pagamento de indenizações pelos danos ambientais, restituição dos lucros obtidos ilegalmente e compensação por danos morais coletivos.

A propriedade já havia sido alvo de fiscalização pela Polícia Militar Ambiental em 2013, quando foram constatadas construções ilegais e a degradação ambiental do local. Agora, com as novas provas e a reincidência da prática, o caso avança na 1ª Vara Federal de Corumbá, vinculada ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

O processo segue em tramitação na esfera federal, e os acusados poderão apresentar defesa nas próximas etapas judiciais.

"Muralha de fogo"

Terra do Banho de São João, considerada a maior festa junina do Centro-Oeste, Corumbá foi o município que mais queima em todo o Brasil em 2024. O triste extremo, entre a festa e os incêndios que devastam o Pantanal, foi registrado pela corumbaense Elisa Márcio, e compartilhado em uma rede social, em junho do ano passado.

Segundo o Painel Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a região pantaneira registrou mais de 14 mil focos de incêndio. 

Além disso, conforme noticiado anteriormente, a população do município sofre com a fumaça que vem das queimadas, que associada às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar, tornam o cenário ainda mais crítico.

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