Cidades

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MP sobre bebidas alcoólicas enfrenta fila na Câmara

MP sobre bebidas alcoólicas enfrenta fila na Câmara

Redação

27/03/2008 - 18h20
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O início da discussão da Medida Provisória 415, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais, corre o risco de atrasar em pelo menos 30 dias, devido a excesso de matérias que trancam a pauta de votação na Câmara dos Deputados.

A matéria deveria ter sido votada até segunda-feira (24), quando terminou o prazo constitucional de 45 dias para que MPs sejam apreciadas pelo Congresso. Por enquanto, 14 medidas provisórias estão trancando a pauta na Câmara, nove delas à frente da MP 415.

O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) acredita que a Casa fará alguns ajustes em pontos polêmicos da MP, a fim de evitar prejuízo ao comércio situado em municípios cortados por rodovias. Ele defende a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas BRs, mas sugere mudanças quanto ao agente a ser responsabilizado pela infração.

mubadala capital

Lucro dos sheiks árabes nas usinas de cana de MS despenca

Na safra que acabou em março do ano passado, o lucro das unidades de Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul somou R$ 553,2 milhões. Agora, R$ 69,2 milhões

12/07/2025 15h00

Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul, fechou no azul, mas a de Rio Brilhante registrou prejuízo

Usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul, fechou no azul, mas a de Rio Brilhante registrou prejuízo

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Dados de duas das três usinas da Atvos em Mato Grosso do Sul, controladas pelo fundo de investimentos Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, divulgados nesta semana revelam que o lucro das processadoras de cana despencou 87,5% na safra que acabou em 31 de março. 

Na safra anterior, as usinas Eldorado e Santa Luzia, instaladas em Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul, respectivamente, fecharam com lucro líquido de R$ 553,2 milhões. Agora, este valor despencou para R$ 69,2 milhões. 

A unidade de Rio Brilhante, que na safra anterior havia apresentado lucro de R$ 279,5 milhões, contabilizou prejuízo de R$ 22,9 milhões neste ano. A Santa Luzia, por sua vez, foi um pouco melhor. Mesmo assim, o lucro caiu de R$ 273,7 milhões para R$ 92,2 milhões. 

Em meados de 2023, os sheiks árabes do petróleo prometeram investir R$ 3 bilhões nas três usinas da Atvos em Mato Grosso do Sul (a terceira está localizada em Costa Rica) e ativar 100% da capacidade de moagem das empresas. 

Na última safra, porém, a usina Eldorado moeu menos cana que na safra anterior. Sua capacidade é para até 4,8 milhões de toneladas, mas processou apenas 3,7 milhões, o que significa 300 mil toneladas a menos que no ciclo que acabou em março de 2024. Por conta disso, sua receita operacional caiu de R$ 1,129 bilhão para R$ 1,089 bilhão.

A Santa Luzia, que está começando a produzir biogás a partir da vinhaça da cana, processou 4,7 milhões de toneladas nas duas últimas safras. Sua capacidade, porém, é para até 5,3 milhões de toneladas, o que lhe garantiu receita operacional de R$ 1,291 bilhão, ante R$ 1,159 bilhão no ano anterior. 

A queda da ordem de meio bilhão de reais no lucro possivelmente não mudará a vida dos bilionários integrantes do Mubadala, que continuarão destinando milhões e milhões para atletas de times como Bahia e Manchester City (da Inglaterra)

Porém, para os trabalhadores das duas usinas, a queda no lucro já pesou no bolso. No ano passado, funcionários da Eldorado dividiram entre si R$ 9,1 milhões a título de participação nos lucros. Neste ano, foram R$ 5,5 milhões, o que representa queda de R$ 3,6 milhões.  No caso da Santa Luzia, o valor caiu de R$ 7,3 milhões para R$ 6,3 milhões. 

Além da estagnação e queda e na produção de cana, outra explicação para redução dos lucros é a retração na venda dos chamados créditos de descarbonização. Na safra anterior, segundo o balanço do ano passado, o faturamento das duas usinas chegou a R$ 86,8 milhões. Neste ano, foram apenas R$ 2,83 milhões

Em Mato Grosso do Sul, o conglomerado controla ainda a usina de Costa Rica, cujo balanço não foi publicado. A usina, que tem capacidade para 4 milhões de toneladas, também conseguiu sair da situação de recuperação judicial e era controlada pelo grupo Odebrecht. 

Ao final do investimento de R$ 3 bilhões no Estado, o grupo promete aumentar a capacidade de produção de cana em mais de três milhões de toneladas nas três unidades de Mato Grosso do Sul, onde estão empregadas em torno de quatro mil pessoas. 

O Correio do Estado procurou a assessoria do Grupo Atvos na última quarta-feira (9) em busca de explicações para a queda no lucro. Mas, apesa das promessas, não houve retorno.

FORÇA DO SETOR

Na última safra, conforme dados divulgados pela Biosul o volume de cana-de-açúcar processado no Estado ficou em 48,5 milhões de toneladas, ante 50,5 milhões de toneladas no ciclo anterior. Na última safra foi colhida cana em 694 mil hectares, uma área de 20 mil hectares superior ao ano anterior.

Atualmente, 19 unidades usinas de cana estão em operação, todas produtoras de etanol hidratado; 12 produtoras de anidro. Somente dez produzem açúcar. Todas as plantas geram eletricidade, somando 2 milhões de MWh de abril a dezembro e 12 exportam o excedente para a rede nacional de energia elétrica.

As lavouras de cana se estendem por cerca 916 mil mil hectares, ficando atrás apenas das áreas ocupadas pela soja, milho e dos plantios de eucaliptos. O setor sucroenergético está presente em mais de 40 municípios do Estado e é responsável por cerca de 30 mil empregos..

Segurança

Mãe de criança vítima de estupro é escoltada pela polícia após protesto em MS

Medida serviu para evitar confrontos e garantir a segurança dos moradores, alegou polícia

12/07/2025 12h50

Foto: Divulgação

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Por questões de segurança, a Polícia Militar de Camapuã, no interior do estado, escoltou até o quartel da corporação, a mãe da pequena Isis Ojeda da Silva, criança de 1 ano e 9 meses brutalmente assassinada no último dia 9, após protestos em frente ao suposto endereço que ela estava, medida tomada diante da forte comoção e revolta popular que acredita em omissão por parte da mãe no caso. 

A manifestação teve início na tarde de sexta-feira, em frente a uma residência na Rua Tocantins, no bairro Vila Industrial, protesto que mobilizou dezenas de pessoas, principalmente mulheres, que exigiam justiça pela morte da menina, vítima de estupro.

Conforme o portal Navega MS, os manifestantes apontaram a casa como possível local onde a mãe da criança estaria, embora a informação não tivesse sido confirmada oficialmente até então. A polícia foi acionada para evitar confrontos e garantir a segurança dos moradores, e o ato foi encerrado pacificamente após mais de quatro horas.

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança foi levada já sem vida ao hospital, e exames revelaram lesões compatíveis com abuso sexual. A mãe, em depoimento à polícia, afirmou que havia trocado a fralda da filha pela manhã, mas não percebeu sinais de violência.

A Polícia Civil investiga a possibilidade de omissão por parte da mãe, mas até o momento não há elementos que indiquem sua participação direta no crime. Ela não foi presa e o caso segue em apuração. O caso de Isis é investigado pela Polícia Civil e foi registrado como estupro de vulnerável com resultado morte, após o pai da menina, Igor Silva de Souza, de 28 anos, confessar que estuprou o bebê que havia acabado de voltar do hospital.

Em nota, a prefeitura de Camapuã, afirmou que o Conselho Tutelar da cidade foi notificado sobre o caso de negligência com a criança apenas dois dias antes de sua morte e que não houve tempo para agir.
Na nota, o município, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, informou que recebeu um ofício do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) na segunda-feira, contando sobre o estado da menina ao dar entrada na unidade.

“No dia 7 de julho, o Conselho Tutelar recebeu um ofício da unidade hospitalar de Campo Grande-MS, onde a criança se encontrava internada, apontando indícios de negligência. No entanto, àquela altura, não havia previsão de alta médica que possibilitasse uma intervenção imediata por parte da rede local”, afirmou, em nota.

De acordo com o Humap, quando a criança deu entrada na unidade, no dia 28 de junho, foram constatados alguns sinais de negligência na pequena, que estava em tratamento respiratório e tinha uma traqueostomia, onde foram encontradas larvas e piolhos. Isis também estava com pneumonia quando deu entrada na unidade para tratamento de uma infecção.

“[A criança] recebeu os cuidados necessários, foi submetida a cirurgia para retirada das larvas e troca da cânula, evoluiu bem e recebeu alta. Diante da situação de vulnerabilidade familiar observada durante a internação, o hospital comunicou os órgãos competentes para as devidas providências”, explicou, em nota.
Porém, o Conselho Tutelar afirmou que a alta foi concedida um dia antes da morte da menina, na terça-feira, e que a família só chegou à cidade por volta das 21h daquele dia.

“Lamentavelmente, [Isis] veio a óbito na manhã seguinte, por volta das 9h. Desde o primeiro momento em que a situação foi formalmente comunicada à rede de proteção, todas as providências cabíveis, dentro das competências legais do município, foram adotadas com responsabilidade, agilidade e sensibilidade”, trouxe trecho da nota.

Porém, como mostrou matéria do Correio do Estado publicada nesta sexta-feira, a polícia investiga também os fatos que ocorreram antes da morte da menina, como o caso de negligência de Isis e possíveis maus-tratos.

“Estamos fazendo contato com todos os hospitais pelos quais ela passou por atendimento e vamos detalhar na investigação todos os crimes que a menina sofreu, como maus-tratos, abandono, entre outros”, disse o delegado Matheus Alves Vital ao Correio do Estado.

Colaborou Daiany Albuquerque
 

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