Com o retorno iminente da Caravana da Saúde em Mato Grosso do Sul, além de eletivas e exames especializados, o Estado também realizará cirurgias bariátricas.
De acordo com a responsável pelo novo projeto da Caravana da Saúde, Adriana Tobal, todos os procedimentos acontecerão no período de 13 meses, incluindo a realização de cirurgias bariátricas.
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“O projeto de cirurgias bariátricas faz parte do retorno da Caravana, vamos priorizar as cirurgias eletivas, que são de maior demanda, aí vamos dar início às cirurgias bariátricas", afirmou.
"Tudo para este ano ainda, vamos dar início aos atendimento no Hospital Regional, que tem profissionais totalmente capacitados para realizar os atendimentos”, complementou.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, cerca de mil pessoas aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia bariátrica, em decorrência da alta incidência de pessoas com obesidade mórbida, a qual geralmente é revertida por meio de procedimento cirúrgico.
“A cirurgia bariátrica não é algo de luxo, é necessária porque a depressão do paciente pós-cirurgia é algo muito sério", destacou.
"Acreditamos que temos aproximadamente mil pacientes para realizar o procedimento cirúrgico, e os pacientes que já realizaram no Estado poderão fazer a cirurgia plástica”, finalizou.
A retomada da Caravana da Saúde conta com recurso de R$ 100 milhões, sendo R$ 60 milhões para realizar os procedimentos cirúrgicos pelo Opera MS; R$ 20 milhões para o Examina MS, com foco em exames de média e alta complexidade; e R$ 20 milhões serão destinados às cirurgias bariátricas, oferecendo total assistência para os pacientes.
CUIDADOS
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a obesidade é um problema crônico que afeta uma em cada quatro pessoas acima dos 18 anos no Brasil. Adriana Tobal defende a importância do acompanhamento multidisciplinar no pré e no pós-operatório.
“Não vai ser apenas operar e acabou, vamos realizar todo o acompanhamento com consultas, pré e pós-cirúrgico, se for o caso, o paciente vai realizar a cirurgia reparadora, ou seja, a cirurgia plástica.
Alguns pacientes chegam a perder mais de 100 kg, eles precisam de suporte. Iremos cuidar do paciente do início ao fim do tratamento”, apontou.
Tobal destaca que a cirurgia bariátrica requer profundas mudanças no estilo de vida, como reeducação alimentar, atividade física regular e acompanhamento de nutricionistas e psicólogos, e o Estado oferecerá todo o suporte necessário.
“Queremos devolver a esperança para as pessoas que aguardam na fila para realizar o procedimento", afirmou.
"Ninguém tem obesidade mórbida porque quer, é uma doença muito séria e por isso os pacientes precisam de todo o suporte necessário”, complementou.