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MS é destaque em indicadores econômicos do Banco Central

MS é destaque em indicadores econômicos do Banco Central

Redação

04/08/2010 - 13h30
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Mato Grosso do Sul é destaque na avaliação dos indicadores econômicos da região Centro-Oeste divulgados pelo Banco Central. De acordo com o levantamento referente ao último trimestre, o Estado teve o maior crescimento no segmento do comércio varejista e na expansão das exportações. Outro fator importante apresentado pelo governo Federal é o elevado número de empregos formais gerados neste período, ficando apenas atrás do Distrito Federal, o Estado acumulou 11,8 mil contratações.

O estudo do Banco Central aponta que a economia da região Centro-Oeste continuou apresentando resultados positivos no segundo trimestre deste ano, embora em intensidade menor que os observados nos trimestres anteriores. Conforme o levantamento, durante os meses de março a maio, houve maior dinamismo da indústria e da pecuária bovina. Também foi verificada a ampliação na geração de empregos, o que deve contribuir para manter o crescimento expressivo das vendas do comércio ? nestes dois últimos setores Mato Grosso do Sul tem grande importância no crescimento regional.

No comércio varejista, as vendas da região cresceram 2,1% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando haviam se elevado 5,5%, na mesma base de comparação. De acordo com os dados do BC, o aumento mais intenso na indústria do comércio varejista ocorreu no Mato Grosso do Sul, com um crescimento de 4,6%. Nos outros estados o índice verificado foi: Mato Grosso 3,4%; Distrito Federal, 1,4%, e Goiás, 1,3%.

O Banco Central verificou ainda a expansão das exportações na região Centro-Oeste, decorrente de elevações de 5,9% nos preços e de 1,9% no quantum. O estudo dá ênfase nos crescimentos dos embarques de Mato Grosso do Sul e de Goiás. As vendas de produtos básicos para outros países são responsáveis por 87% da pauta da região - este comércio cresceu 4,4% no primeiro semestre de 2010. Os embarques de produtos semimanufaturados cresceram 41,9%. Neste setor o destaque é para exportações de celulose: 611%, iniciadas em maio de 2009. Contribuindo neste segmento, o Estado abriga em Três Lagoas a empresa Fibria, que é a maior fábrica de celulose com uma única linha de produção do mundo. A cidade também vai receber outra fábrica com o status de maior do mundo: a Eldorado Celulose.

No setor dos produtos manufaturados, as exportações aumentaram 25,5% no primeiro semestre. Vale salientar que as exportações provenientes do agronegócio, correspondendo a 91% das vendas da região, ampliaram-se 5,3%, inferior ao ritmo de crescimento das exportações totais da região. Os principais mercados para exportação de produtos do Centro-Oeste são China, Holanda, Rússia, Espanha, Irã e Tailândia que absorveram, conjuntamente, 59% dos embarques da região, no semestre.

Emprego

Mato Grosso do Sul tem o segundo melhor desempenho da região na geração de empregos formais, de acordo com o Banco Central. Enquanto o Distrito Federal, que encabeça a lista, criou 12 mil postos de trabalho, o Estado obteve índice pouco menor: foram 11,8 mil empregos gerados, índice bastante superior ao terceiro colocado na região. O Estado de Mato Grosso verificou 3,4 mil novos postos de trabalho no período.

O nível de emprego formal na região assinalou crescimento de 1,3% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro - quando o índice positivo foi de 1,4%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados, com ênfase nas expansões registradas na indústria extrativa mineral, 2%, e na indústria de transformação, 1,8%.

Produção

Conforme o Boletim Regional, a produção de grãos do Centro-Oeste para 2010 está estimada em 51,2 milhões de toneladas, com aumento anual de 4,8%, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, do IBGE. A previsão traduz o acréscimo de 8,8% projetado para a safra de soja, decorrente da expansão na área plantada e na produtividade. A observação do estudo aponta que a produção regional deve aumentar em decorrência da quebra da safra anterior no Mato Grosso do Sul, devido a fatores meteorológicos. As produções de milho e de cana-de-açúcar - ocupando área 8,8% maior do que em 2009, deverão aumentar 2,3% e 10,3%, respectivamente, no ano.

        

Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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