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ESTUDO DO IBGE

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MS é o estado com maior proporção de casamentos de mulheres menores de idades

Desde 2011, o Estado ocupa primeiras posições no ranking de matrimônios de mulheres com até 16 anos

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Mato Grosso do Sul é o estado com a maior proporção de casamentos onde as mulheres são menores de 16 anos no País.

É o que aponta o Estudo “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2019.

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Conforme a pesquisa, em 0,4% do total de casamentos realizados no Estado, as mulheres tinham menos de 16 anos, o que corresponde a maior taxa do Brasil.

Em números absolutos, foram 66 matrimônios de adolescentes menores de 16 anos do sexo feminino.

Quanto ao gênero masculino, 15 rapazes se casarem antes de completar 16 anos, o que corresponde a 0,1%.

Mato Grosso do Sul ocupa as primeiras posições do ranking de casamentos nesta faixa etária desde 2011, quando começou a séria histórica.

O Estado ficou na primeira posição nos anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2018, e ocupou o segundo lugar nesse grupo etário em 2011, 2012 e 2017.

Já no grupo em que a esposa tem entre 16 e 17 anos, Mato Grosso do Sul ocupa a 12ª colocação, com percentual de 2,6%, sendo a menor proporção da série história no Estado.

No total, foram registrados 15.613 casamentos entre menores de 18 anos no Estado no ano base, tanto de cônjuges do sexo feminino quanto masculino.

A união civil para menores de idade é possível desde que com a autorização dos pais.

Em todo o Brasil, quase 22 mil meninas se casaram no ano de referência. O número representa 2,1% do total de casamentos realizados no país. 

Já no caso de meninos com menos de 18 anos, a proporção cai para 0,2% do total.

De acordo com a Pesquisa Indicadores Sociais das Mulheres do Brasil, divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa incidência vem, no entanto, diminuindo, já que, em 2011, foram mais de 48 mil casamentos envolvendo meninas menores de idade, ou 4,7% do total.

Quanto a gravidez na adolescência, de mulheres entre 15 e 19 anos, o porcentual ficou em 74%, deixando o Estado na nona posição entre as unidades da federação.

Ou seja, a cada 1 mil adolescentes, 74 engravidaram em 2019.

Maiores porcentagens ficaram com o Amazonas (93,2%), Acre (88,5%) e Roraima (88,3%).

A nível nacional, a taxa de gravidez na adolescência ficou em 59 nascimentos a cada 1.000 mulheres de 15 a 19 anos de idade.

Violência doméstica

O estudo também traz dados de homicídios em que as vítimas são mulheres, sendo o ano de 2018 como referência.

Conforme o levantamento, pela primeira na série histórica, a taca de homicídios ocorridos dentro da domicílio foi maior do que a ocorrida fora.

Mato Grosso do Sul ficou na segunda posição do ranking de estados com a maior taxa de mortes das mulheres no domicilio, de 2,5%.

Vítimas são, na maioria dos casos, mulheres brancas, quando o assassinato ocorre dentro de casa.

Já nos homicídios registrados fora do domicílio, mulheres pretas e pardas são as que mais morrem.

No total geral, em números absolutos foram registrados 66 homicídios. Taxa ficou em 4,8%, colocando o Estado na 14ª posição no ranking nacional.

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

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Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

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TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

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O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

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