Cidades

Tráfico

MS é o segundo
em apreensão de cocaína no país

MS é o segundo
em apreensão de cocaína no país

Gabriel Maymone

08/07/2012 - 00h01
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Mato Grosso do Sul é o 2º no ranking dos estados campeões em apreensões de cocaína, com 1,4 tonelada recolhida em 2011. Segundo balanço mais recente da Polícia Federal (PF), foram 22 toneladas em dez anos.

O aumento do número de Estados no mapa do tráfico de cocaína coincide com a explosão do total da droga apreendido, verificada nos últimos dez anos. Ainda conforme o balanço, enquanto em 2001 8,2 toneladas da droga foram apreendidas no País, em 2010 esse total pulou para 27 toneladas, um aumento de mais de três vezes, ou de 329%. As estatísticas das apreensões incluem cocaína pronta para consumo, crack e pasta base (quando a droga ainda não foi totalmente refinada). Em 2011, houve uma ligeira queda no volume apreendido, no total foram 24 toneladas.

Com destaque no ranking seguem os Estados do Mato Grosso (que pulou de 1,3 toneladas apreendidas em 2001 para 4.9 toneladas em 2011), Paraná (de 140 kg em 2001 para 1,8 tonelada em 2011), Rondônia (de 215 kg em 2001 para 1,4 toneladas em 2010) e Acre (374 kg em 2001 contra uma tonelada em 2009).

Com informações do R7

MAIO LARANJA

Vice-prefeita de Campo Grande fala sobre altos índices de abuso sexual e ações de combate

Camilla Nascimento falou a respeito das mobilizações realizadas pelo Poder Executivo e reforçou os canais de denúncia

16/05/2025 14h00

Vice-prefeita e secretária de Assistência Social e Cidadania (SAS) de Campo Grande, Camilla Nascimento

Vice-prefeita e secretária de Assistência Social e Cidadania (SAS) de Campo Grande, Camilla Nascimento FOTO: Divulgação - Pref CG

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Na manhã desta sexta-feira (16), a vice-prefeita e secretária de Assistência Social e Cidadania (SAS) de Campo Grande, Camilla Nascimento, participou de uma entrevista para falar a respeito do alto índice de violência sexual, levando em consideração a campanha Maio Laranja, que está sendo realizada em todo o Brasil, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à exploração sexual infantil.

Na ocasião, Camilla falou sobre as mobilizações realizadas pelo Poder Executivo Municipal, além de reforçar os canais de denúncia e a sua importância.  “Nós estamos trabalhando insistentemente em diversos serviços ofertados através da Secretaria de Assistência Social - (SAS), em parceria com a saúde, educação, porque essa luta realmente precisa ser de todos, e em onde mais temos pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou.

De acordo com dados do Ministério de Direitos Humanos, no Brasil, uma criança ou adolescente é vítima de violência sexual a cada hora e 61,4% das vitimas de estupro tem somestre entre 0 e 13 anos. Além disso, conforme as informações, 64,4% dos casos de abusos são realizados por familiares diretos das crianças.

Já em Mato Grosso do Sul segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2020 a 2024 foram registrados 3.177 casos de violência sexual. 

Desse número, 2.398 tiveram como vítimas pessoas de zero a 19 anos, o que corresponde a 75% do total das notificações. Isso significa que, crianças e adolescentes representam três de cada quatro casos de violência sexual cometidos no estado. Além disso, das 2.398 vítimas crianças e adolescentes, 2.901 (87,2%) eram meninas.

Mato Grosso do Sul também é o estado brasileiro com a maior ocorrência, em números relativos, de estupros de crianças e adolescentes.

Conforme a secretária da SAS, nesse cenário, o maior objetivo do Poder Executivo é proporcionar acolhimento e segurança para que as crianças se sintam confortáveis em compartilhar as agressões sofridas e assim, romper o ciclo de violência. 

MAIO LARANJA

O Maio Laranja é uma campanha de conscientização e enfrentamento do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. O combate a esse crime em nosso país se fortaleceu na virada do século com a Lei nº 9.970/2000, que criou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A campanha do Maio laranja foi oficializada a partir de 2022 com a Lei nº 14.432/2022. A realização dessa campanha remete ao caso Araceli, um dos mais brutais casos de violência sexual infantil da história brasileira. A data é fundamental para combater esse crime e orientar a população sobre os canais de denúncia.

Em Mato Grosso do Sul, a campanha foi instituída pela Lei Estadual nº 5.118/2017, de autoria do na época deputado estadual, Herculano Borges, e transformou Mato Grosso do Sul em pioneiro na criação de uma política pública permanente de prevenção ao abuso sexual infantil. Desde então, o movimento tem ganhado visibilidade nacional e inspirado legislações semelhantes em outros estados e municípios do Brasil.

No dia 7 de maio, a Câmara Municipal de Campo Grande realizou uma audiência pública, na qual foram apresentados dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e reforçaram a gravidade do problema: mais de 61% das vítimas de estupro têm entre 0 e 13 anos, e a maioria dos agressores são pessoas conhecidas ou familiares diretos das crianças. A violência, muitas vezes silenciosa, acontece dentro de casa, longe dos olhos da sociedade.

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DESDOBRAMENTOS

Onça que matou caseiro no Pantanal ganha novo lar em SP

Espécime pintada responsável pela morte de Jorge Avalo foi transferida para instituto paulista que mantém outras oito onças

16/05/2025 12h40

caso da morte de Jorge começou no desaparecimento do caseiro, posteriormente investigado agora como ataque fatal de animal silvestre

caso da morte de Jorge começou no desaparecimento do caseiro, posteriormente investigado agora como ataque fatal de animal silvestre Divulgação/Saul Schramm/Secom

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Após as práticas de cevas que associaram a presença humana à comida, resultando na morte do caseiro de 62 anos, a onça-pintada que matou Jorge Avalo no Pantanal ganhou transferência nesta quinta-feira (15), levada do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) para um instituto paulista mantenedor de fauna silvestre. 

Longe cerca de 1,2 mil de onde o ataque aconteceu, o instituto Ampara Animal fica localizado no município paulista de Amparo, com os cuidados de pouco mais de 20 dias em Mato Grosso do Sul resultando em um ganho de peso de cerca de 13 quilos no intervalo de três semanas. 

Essa espécie trata-se de um macho de onça-pintada, encontrado pesando 94kg e deixando o Centro de Reabilitação em Campo Grande com 107 kg após exames, suporte nutricional e hidratação, como explica a veterinária gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS, Aline Duarte. 

"Porque chegou desidratado, com baixo peso. Os primeiros exames deram algumas alterações que eram agudas, mas que ao longo do período foi se tornando estável. O animal ganhou bastante peso, de forma geral evoluiu bem, chegou aqui com 94 quilos e está saindo com 107, devido a uma rotina de alimentação", diz. 

Felino carnívoro de grande porte, essa onça-pintada precisou de suplementações de tratamento, com um medicamento hepatoprotetor, por causa do fígado, como bem esclarece a veterinária.

Transferência após morte no Pantanal

O Governo do Estado confirmou em nota que, além de outros animais silvestres no espaço, o instituto paulista abriga outras oito onças (sendo três pardas e cinco pintadas), abrigando principalmente animais que não podem mais serem soltos na natureza por interferência humana. 
 
Vale lembrar que, em entrevista coletiva realizada no dia 23, o secretário adjunto da Secretaria de Meio  Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Educação (Semadesc), Arthur Falcette confirmou que o caseiro Jorge Ávalo, o Jorginho, de 60 anos, alimentava a onça pintada que o matou em Aquidauana.

Justamente por isso, o responsável técnico da Ampara Silvestre, o veterinário Jorge Salomão, fez questão de ressaltar que o espaço que o animal será levado não permite qualquer tipo de visitação. As descrições do local apontam para recintos entre dois e seis mil metros quadrados, com "grotões" (cavados em solo) de mata nativa que são cercados.

"São o mais próximo possível do que o animal iria encontrar em vida livre. Recebemos animais que não podem voltar para a vida livre, por diversos motivos, cada um com o seu motivo específico", cita. 

A veterinária coordenadora do Cras complementa dizendo a alegria profissional em poder tratar um símbolo de Mato Grosso do Sul, que ela classifica como "rainha do Pantanal". 

"Então é uma honra a gente poder receber um animal desse e conseguir dar uma destinação correta para ele, assim como outros que já estiveram por aqui. Foi mais uma boa experiência que o CRAS teve, de poder atender adequadamente o animal", encerra Aline. 

Relembre

Longe cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, caso da morte de Jorge começou no desaparecimento do caseiro, posteriormente investigado agora como ataque fatal de animal silvestre, já que partes do corpo de "Seu Jorge" foram encontradas na manhã de 22 de abril. 

Esse ataque teria acontecido por volta de 5h da segunda-feira (21), feriado de Tiradentes, sendo que uma foto de circuito interno divulgada indica que por volta de 06h52, no ponto do bote, só restavam marcas de sangue e os animais carniceiros no local. 

Familiarizados com a região, os locais identificaram o "modus operandi" do ataque da onça foi desvendado, com o animal se escondendo às margens do rio antes de partir em arrancada. 

Região conhecida por ser destino de turistas e pescadores, esse ponto do Rio Miranda costuma atrair animais para próximos das regiões mais habitadas em épocas de cheia, o que favorece o encontro de seres humanos com a fauna local. 

A prática da ceva de animais é uma técnica utilizada principalmente por pesquisadores e fotógrafos da vida selvagem com o objetivo de atrair animais para observação, monitoramento, registro ou estudo científico. A palavra 'ceva' vem do meio rural e significa basicamente 'isca' ou 'alimentação oferecida' com a intenção de atrair determinados bichos a um local específico.

No caso das onças-pintadas, a ceva geralmente é feita com pedaços de carne ou carcaças de animais mortos (como bois, porcos ou outros animais de médio porte). A prática é utilizada especialmente em projetos de pesquisa e documentação fotográfica.

Nos últimos anos, alguns pesqueiros no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul passaram a fazer uso da ceva para atrair turistas. A prática da ceva é condenada por ambientalistas.

 

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