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MS reforça isolamento após primeira morte por Covid-19

Eleuzi Nascimento, 64 anos, era de Batayporã e morreu ontem em Dourados

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Apenas 17 dias após os primeiros casos de Covid-19 confirmados em Mato Grosso do Sul, a doença matou a primeira paciente no Estado. A aposentada Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, peregrinou em dois hospitais particulares do interior – Nova Andradina e Dourados , onde morreu no início da tarde de ontem – e só fez o exame para detectar o novo coronavírus mais de uma semana após apresentar diversos sintomas amplamente divulgados como comuns em pessoas infectadas.

A situação expõe as falhas no diagnóstico da doença e também o possível caos e colapso no sistema de saúde – previsto, inclusive, pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Isso porque enquanto Eleuzi permaneceu internada no hospital em Nova Andradina, os médicos sequer desconfiaram que ela poderia estar com Covid-19.

Em entrevista coletiva transmitida pela rede social Facebook, a superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Mariana Croda, disse que o Estado ainda não atingiu o pico da pandemia. “Na fase exponencial da doença, em que casos são registrados constantemente, dobrando a cada dois ou três dias, estamos conseguindo segurar nossa curva”, destacou, referindo-se à curva de casos que o sistema de saúde consegue atender.

Isso significa que tanto unidades públicas como privadas têm um limite de atendimentos. Quando o número de pacientes supera o que os profissionais de saúde conseguem atender, ocorre o chamado colapso do sistema.

“Conseguimos ver nos resultados que tem sido efetivas as restrições, e o primeiro óbito é de uma paciente do grupo de risco, que são idosos e com comorbidade”, explicou Mariana, em relação às medidas de restrição adotadas pelas prefeituras e o governo do Estado.

MORTE

A suspeita de que Eleuzi estava com coronavírus, de acordo com a família, só ocorreu após ela receber alta do local, no dia 23 de março, e no dia seguinte passar mal a ponto de precisar ser entubada e levada às pressas para Dourados – a 230 quilômetros de Campo Grande. “Só então desconfiaram que poderia ser coronavírus. Aí que viram, porque piorou muito e foi entubada”, explicou a cunhada da vítima, Leonida do Amaral Silva, 65 anos.  

Porém, entre 16 e 24 de março, quando estava internada e foi transferida, ela pode ter contaminado diversas pessoas. Até agora, dois profissionais da saúde que atenderam a paciente em Nova Andradina testaram positivo para coronavírus e estão em isolamento domiciliar – um homem de 35 anos e uma mulher de 22 anos. E além disso, ela esteve em Cuiabá (MT) no início do mês, de onde voltou no dia 7 de março, já com sintomas e muito debilitada.

Outro questionamento é o local da infecção. A suspeita é que ela tenha sido contaminada pela irmã de 59 anos que esteve na Bélgica, mas só teve a confirmação do novo coronavírus dois dias após a piora de Eleuzi – em 26 de março.  

“Quando levaram ela [Eleuzi] para Dourados, a irmã que tinha voltado da Bélgica fez o exame e deu positivo para o coronavírus. Só depois de tudo isso. Mas ela está bem, em casa, e não teve sintomas. Outras pessoas da família, uma filha e uma sobrinha, também fizeram o teste e deu negativo. A Eleuzi esteve em Cuiabá e voltou para Batayporã no dia 7, já bem gripada, comprometida”, relata Leonida.

A situação grave da aposentada pode ter sido mascarada por outros problemas de saúde que ela enfrentava. “Ela já tinha problemas respiratórios, acharam que era pneumonia. Ela era fumante, fazia tratamento para enfisema há quatro anos”, explicou a cunhada.

Sem velório por orientação das autoridades de saúde, o sepultamento de Eleuzi estava previsto para ocorrer até hoje no cemitério municipal de Batayporã. “Nos disseram que vai direto para o cemitério, mas não sabemos nada. Que Deus nos proteja!”, disse Leonida.

BOLETIM

Mais quatro casos da doença, totalizando 48 em MS, foram confirmados ontem (31). Do total de pacientes com a Covid-19, 24 – entre 19 e 67 anos – finalizaram a quarentena e estão sem sintomas. Outros seis – com 38, 46, 48, 56, 66 e 71 anos – seguem internados, todos na Capital. E mais 17 – com idades entre 3 meses e 64 anos – estão em isolamento domiciliar. 

Os casos suspeitos caíram 25,49%, passando de 51 registrados até segunda-feira (30) para 38 ontem. A maioria está na Capital, com 17 casos. Dourados tem quatro suspeitas, enquanto Batayporã e Três Lagoas têm três casos cada.

* Com Adriel Mattos

VACINA

Estado corre contra o tempo para aplicar mais de 130 mil doses da vacina da dengue

Em 78 municípios são aproximadamente 36 mil doses disponíveis, já em Dourados são cerca de 93 mil imunizantes ofertados

19/04/2024 09h00

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Mato Grosso do Sul ainda tem mais de 130 mil doses da vacina contra a dengue para serem aplicadas e o Estado tenta acelerar a vacinação porque, boa parte delas, só pode ser aplicada até o final deste mês, quando vence o prazo de validade.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o dia 10 deste mês haviam sido aplicadas 36.408 doses, das 73.344 recebidas, o que significa que ainda havia em estoque, na semana passada, 36.936 aplicações.

Os dados, porém, são referentes a 78 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, já que Dourados não recebeu doses do Ministério da Saúde, e sim de uma parceria com a farmacêutica Takeda, que produz a vacina.

No caso dos imunizantes ofertados pelo Ministério da Saúde, parte deles tem prazo de validade até o dia 30 deste mês, por este motivo o governo federal orientou as municipalidades a ampliar a faixa etária indicada para a vacina.

Em Campo Grande, são 1.346 doses com este prazo de validade, por este motivo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) decidiu ampliar a faixa etária permitida de 10 a 14 anos para de 6 a 16 anos.

No restante do Estado, a SES não soube informar a quantidade exata de vacinas por vencer nos próximos dias, porém, orientou que caso os municípios que tenham imunizantes com esse prazo pode haver aumento da faixa etária. 

“Mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade”, disse a SES.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

DOURADOS

O caso de Dourados é diferente do que acontece no restante dos municípios. Lá, a saúde local tenta aplicar cerca de 93 mil imunizantes até o fim do mês por conta da janela de aplicação entre a primeira e a segunda dose.

De acordo com o gerente do Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Sems) de Dourados, Edvan Marcelo Marques, o vencimento das doses disponíveis na cidade acontece apenas em agosto, entretanto, essas vacinas disponibilizadas pelo laboratório são para primeira e segunda dose, portanto, como há  necessidade de internavalo de três meses entre a primeira e segunda aplicação, a primeira dose será feita apenas até o dia 30 de abril.

“Nós recebemos 150 mil doses para serem aplicadas em primeira dose, estamos com cerca de 57 mil aplicadas e sabemos que nossa meta primária não vai ser alcançada,  por causa do prazo que temos de janela, apenas se houve novos lotes. Por isso estamos fazendo uma força-tarefa desde o dia 8 de abril para conseguir aplicar o máximo de doses. Só com essas ações temos conseguido aplicar 1,2 mil doses por dia”, explicou Marques.

Segundo o gerente da secretaria de Dourados, um dos problemas enfrentados pela baixa vacinação é a falta de interesse de parte da população.

“A discussão de baixa cobertura vacinal é como um todo, o perfil da sociedade é de uma população que desconhece algumas doenças, então não percebe que é um problema grave, então existe uma falsa sensação de segurança. É uma questão cultural do brasileiro, que só procura ajuda quando está doente e não tenta previnir”, afirmou.

No município, além dos postos de saúde, a vacina está sendo ofertada em posto fixo em praças, shopping e supermercados.

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Segurança

Agendamento online para passaportes está indisponível temporariamente

Polícia Federal detecta tentativa de invasão do ambiente de rede

18/04/2024 20h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, que está temporariamente indisponível o serviço de agendamento de emissão de passaportes pela internet. A decisão foi tomada após a instituição detectar, no início desta semana, tentativa de invasão ao ambiente de rede da PF.

O serviço de agendamento será retomado após a verificação de integridade dos sistemas, porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. A nota da PF diz que o governo trabalha para restabelecer o serviço online.

Para os atendimentos marcados previamente em uma unidade emissora do documento de viagem, a instituição garante que serão realizados normalmente na data e horário marcados, quando o solicitante deverá apresentar a documentação original necessária e o atendente público fará a conferência das informações cadastradas, além de coletar dados biométricos (impressões digitais e fotografia facial).

A Polícia Federal recomenda aos cidadãos que não tiverem viagem ao exterior programada para os próximos 30 dias que aguardem a normalização do serviço.

Os brasileiros que irão para o exterior nos próximos dias e, comprovadamente, necessitarem da emissão de passaporte comum podem enviar a documentação que prove a urgência para o e-mail da unidade da Polícia Federal mais próxima. Os contatos das superintendências estaduais da PF e das delegacias onde são emitidos passaportes estão disponíveis no link.

Agendamento regular
Habitualmente, quando o serviço virtual de agendamento para emissão de passaportes está operando, o cidadão interessado preenche o formulário eletrônico na internet, escolhe uma das datas e horários disponíveis e, por fim, marca o posto de atendimento da PF onde deseja ser atendido.

O cidadão não deve ir diretamente a uma delegacia da Polícia Federal sem fazer o agendamento prévio para passar pelos procedimentos de emissão do documento.

A entrega do passaporte ocorrerá na mesma unidade apontada no primeiro agendamento online do serviço e não poderá ser modificada.

Após o atendimento presencial, a retirada do documento poderá ser feita entre seis e dez dias úteis até 90 dias corridos. Depois desse prazo máximo, o documento será cancelado, com total prejuízo da taxa paga.

O custo comum para emissão de um passaporte é R$ 257,25. Se houver urgência, serão somados R$ 77,17, como taxa adicional de emergência, gerada durante o atendimento. Total: R$ 334,42

Contudo, se a remissão for de um passaporte ainda válido que tenha sido extraviado ou perdido, o valor cobrado na taxa comum dobra: R$ 514,50 ao todo para desembolso.

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