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Mato Grosso do Sul registra recorde no número de internações pelo novo coronavírus

De acordo com dados da SES, Estado registrou 678 pacientes internados e 31 óbitos pelo novo coronavírus

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Mato Grosso do Sul registrou recorde no número de pessoas internadas em decorrência da Covid-19, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. Ao todo, 678 pacientes estão hospitalizados por conta da doença, que levou 31 pessoas a óbito nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta terça-feira (22).

De acordo com Resende, o comportamento da população, alheia aos cuidados para evitar a contaminação, resulta no aumento do número de casos, mortes e internações.  

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“O resultado de tudo isso estamos colhendo agora, com mortes bastante acentuadas nos últimos dias. Foram 23 no sábado, 19 no domingo, 26 na segunda e 31 hoje [ontem]. Maior número de pessoas internadas no Estado, maior número de internações durante a pandemia no Estado. Uma média móvel de mais de 1.150 casos por dia. Significa que, se levarmos em consideração o que aponta a literatura, o que está acontecendo não só no Brasil, mas no mundo todo, nós vamos precisar de no mínimo 50, 60 vagas por dia em hospitais para o atendimento em enfermarias e leitos de UTI, e nós não os temos”, ressalta.  

Óbitos  

O número de óbitos divulgado ontem é o maior número desde o início da pandemia, em março. Com esse dado alarmante, o Estado já tem 2.108 óbitos pela doença e 123.529 casos confirmados. São 1.342 casos a mais do que segunda-feira. Os recuperados já somam 107.061.

Encontram-se em isolamento domiciliar 13.682 doentes. Há 678 pessoas internadas, sendo 375 em leitos clínicos (228 público; 147 privado) e 303 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (209 público; 94 privado).

A Capital registrou nas últimas 24 horas 483 novos casos; Dourados, 227; Maracaju, 77; Três Lagoas, 52; Ponta Porã, 44; Amambaí 36; Caarapó, 35; e Chapadão do Sul, 34.

Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Corumbá, Rio Brilhante, Fátima do Sul, Cassilândia, Bela Vista, Ribas do Rio Pardo, Miranda, Mundo Novo e Três Lagoas são as cidades que apresentaram mortes nas últimas 24 horas, sendo a maioria na Capital, com 17 vítimas.

“Parte da população não tem seguido as orientações que levam ao distanciamento social, que é um fator importante no enfrentamento da Covid-19; parte substancial da população mais jovem deixou de usar máscaras e de praticar as regras de higiene e faz tudo o que o vírus gosta, principalmente aglomerações”, frisa.  

Colapso

De acordo com dados do programa Mais Saúde, do governo do Estado, dos leitos críticos destinados aos pacientes com casos mais graves em Campo Grande, poucos ainda estavam vagos e a ocupação era acima de 90% na maioria dos hospitais públicos e privados.

A prefeitura e o governo se comprometeram a abrir, até o dia 31 de dezembro, mais 30 vagas em UTIs na Capital, que está com a maior ocupação de leitos do Estado. Segundo dados de ontem do governo do Estado, a região tinha 111% de lotação.  

Esse número é resultado do acréscimo de leitos ainda não pactuados com o governo federal, mas que foram abertos por causa da grande demanda que a cidade enfrenta.

Do porcentual em uso, 59% eram ocupados por casos confirmados de Covid-19 e outros 4% por suspeitos da doença. As outras enfermidades eram responsáveis por 48% das internações na macrorregião.

Dourados também vive um momento complicado, com 90% das vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) preenchidas, a maioria por casos confirmados ou suspeitas do novo coronavírus – 32% e 14%, respectivamente. As outras doenças são responsáveis por 44% das vagas.

Por causa desta situação, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul ingressou com uma ação civil pública pedindo que as gestões municipal e estadual criem 30 vagas em cinco dias, mas uma reunião na sexta-feira (18) selou o acordo e estendeu esse prazo.

Em Campo Grande

Shoppings, escola e Corpo de Bombeiros são pontos de vacinação nesse fim de semana

Doses disponíveis são voltadas para imunização contra a gripe; confira os grupos que podem se vacinar

20/04/2024 08h21

Idosos, gestantes e crianças a partir de seis meses estão entre o público-alvo. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Em Campo Grande, dois shoppings, três unidades de saúde, uma escola municipal e o Quartel Central do Corpo de Bombeiros são os pontos itinerantes disponíveis para a vacinação contra a gripe nesse sábado (20). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o momento, aproximadamente 43 mil pessoas foram imunizadas, o que representa quase 15% do público-alvo.

O município deu início à vacinação contra a doença no dia 21 de março, antecipando o calendário nacional. A expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, estimado em cerca de 300 mil pessoas em Campo Grande. Inicialmente, a campanha deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância das pessoas buscarem as unidades para se vacinar. “É fundamental que as pessoas que pertencem aos públicos prioritários busquem as unidades para se vacinar. A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos”, destacou.

A profissional da saúde explica ainda que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo este um vírus de elevada transmissibilidade com distribuição global. "A tendência é de disseminação fácil, resultando em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias”, complementa Rosana.

Neste ano, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), conforme a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde se vacinar?

20 de abril (sábado)

  • Shopping Norte Sul – 10h às 18h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30
     
  • USF Moreninha – 7h30 às17h
  • USF Caiçara – 7h30 às 17h
  • USF Serradinho – 8h às 12h
     
  • E. M Fauzi Gattas Filho – 8h às 12h

21 de abril (domingo)

  • Shopping Norte Sul – 11h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Pessoas de 60 e mais
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Indígenas vivendo fora de terra indígena
  • Indígenas vivendo em terra indígena
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos)
  • Adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos)
  • População privada de liberdade (18 anos e mais)
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Comorbidades
  • Professores
  • Pessoas em situação de rua
  • Forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

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