O secretário de Estado de Infraestrutura e presidente do comitê gestor do Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir), Eduardo Correa Riedel, afirma que o caso confirmado de Fungo Negro foi um caso isolado em Mato Grosso do Sul.
Riedel ressalta que, embora a vacinação esteja avançada no Estado, é necessário que ainda haja permanência dos protocolos de biossegurança em combate ao vírus da Covid-19, como uso de máscara.
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“A gente ainda tem que prestar muita atenção na evolução das situações que porventura venham a ocorrer no Estado. Nós não notificamos ainda a variante delta e isso pode ocorrer a qualquer momento”.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou o primeiro caso de Fungo Negro nesta segunda-feira (2) em Mato Grosso do Sul.
O diagnóstico de Fungo Negro foi confirmado em um paciente de 71 anos, residente de Campo Grande, que morreu de Covid-19 em 2 de junho. A doença havia atingido o olho esquerdo do idoso.
O paciente tinha diabetes, hipertensão e histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Além disso, foi imunizado contra Covid-19 com as duas doses da vacina em 23 de março e 23 de abril.
A investigação da doença iniciou em 28 de maio e notificação ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) ocorreu em 31 de maio.
Há outro caso suspeito de Fungo Negro em um paciente de 50 anos no município de Corumbá, cidade localizada a cerca de 416km de Campo Grande.
Doença
A mucormicose, popularmente conhecida como Fungo Negro, é uma infecção causada por fungos.
A doença atinge pessoas que possuem alguma comorbidade, como diabetes, câncer e transplantados, por exemplo. É incomum em pessoas saudáveis.
A doença causa necrose, morte dos tecidos e destaca uma coloração escura no local atingido.
A transmissão ocorre quando o doente aspira esporos do fungo. A partir de então, o fungo se reproduz e se espalha no corpo do hospedeiro.
Pessoas infectadas com o vírus da Covid-19 tem mais chances de serem atingidas pela infecção fúngica.
Isto acontece porque infectados com o vírus estão imunodeprimidas e isso facilita a entrada do fungo no organismo e sua proliferação.
O tratamento da doença exige que os tecidos mortos do paciente sejam removidos. Em alguns casos, a doença pode resultar em perda da mandíbula superior ou do olho.