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MS rompe a barreira de mil casos do novo coronavírus

Secretário de Saúde fala em medidas mais duras para a região sudoeste do Estado

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Mato Grosso do Sul acaba de romper a barreira de mil casos confirmados do novo coronavírus. Agora, são 1.023 testes positivos da Covid-19 no Estado, que era o único do País a estar abaixo de mil. Os números estão sendo fortemente puxados, nos últimos dias, por cidades do interior, onde pelo menos três delas já ultrapassaram a casa dos três dígitos em registros da doença. Além disso, há outros 853 casos suspeitos aguardando encerramento no sistema de informação estadual.

Uma das preocupações com esse avanço é a estrutura de saúde, que pode ser impactada, além de suas possibilidades e entrar em colapso, principalmente com a falta de leitos em unidades de terapia intensiva para os casos com agravamentos. Campo Grande, por exemplo, que conta com uma estrutura maior de hospitais e leitos, pode ter uma sobrecarga de pacientes vindos do interior do Estado. Dentro de um critério de regulação de vagas adotado pela Secretaria Estadual de Saúde, a Capital vai receber pacientes de Aquidauana, Anastácio, Bandeirantes, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Caracol, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari, Jardim, Maracaju, Miranda, Nioaque, Nova Alvorada, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel do Oeste e Terenos. Esses municípios do interior, juntos, já somam 217 testes positivos, enquanto a Capital, sozinha, tem 245.

PREOCUPAÇÃO

Nesta segunda-feira, ao anunciar o boletim epidemiológico do dia, que trouxe um novo recorde de casos, saltando de 66 no domingo para 99, maior número desde o início da pandemia, em março, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, manifestou a sua preocupação com o avanço da Covid-19 em Mato Grosso do Sul nos últimos dias. “Se ficarmos nessa curva exponencial que estamos tendo, a cada semana poderemos ver dobrar o número de casos”, alertou.

Resende apelou para que a população, tanto da Capital quanto do interior do Estado, reforce as medidas de prevenção da doença, como o isolamento social, a higienização frequente das mãos e o uso de máscara. Ao defender a importância de ficar em casa, o secretário advertiu sobre “o grande número de pessoas que têm o vírus e não têm sintomas”, ou seja, são assintomáticas. Com isso, muitos dos que acham que não têm a Covid-19 porque não apresentam sintomas acabam saindo de casa e disseminando a doença.

O secretário de Saúde adiantou que está conversando com prefeitos da região sudoeste do Estado e mais uma vez destacou a sua preocupação com Guia Lopes, onde episódios de Covid-19 têm aumentado demasiadamente. Ele adiantou que medidas mais duras poderão ser adotadas em relação ao lockdown, de forma a conter a proliferação da doença.  

Mas, segundo ele, isso será feito em comum acordo com os prefeitos da região.

Resende citou que houve situação, inclusive, em que um indivíduo com o vírus dirigiu-se a outra localidade, desrespeitando totalmente o isolamento e colocando outras pessoas em risco. O secretário informou que viajará a Dourados, onde os casos têm aumentado, para discutir a padronização de algumas ações para a cidade e região, na tentativa de conter a propagação da Covid-19.

A Secretaria de Saúde exemplificou que nem o elevado número de casos confirmados da Covid-19 nem as baixas temperaturas fizeram o sul-mato-grossense permanecer em casa durante o fim de semana. No sábado, o Inmet registrou mínima de 7,8°C e a In Loco, taxa de isolamento social de 42,5%. No domingo, a menor temperatura foi de 5,4°C e o distanciamento atingiu somente 50%.  

NÚMERO DE CASOS

De um modo geral, com 17 mortes, MS tem 1.023 casos de Covid-19, distribuídos principalmente em Campo Grande, com 245; Guia Lopes da Laguna, 183; Dourados, 152; e Três Lagoas, 121. Ouras localidades com números altos são Fátima do Sul (32), Itaporã (31), Bonito (30), Jardim (28), Douradina (20), Corumbá (19) e Brasilândia (15).

Entre os 853 suspeitos que aguardam confirmação, 288 são de Dourados; 172 de Campo Grande; 63 de Guia Lopes; 59 de Três Lagoas; 45 de Itaporã; 30 de Nova Andradina; e outras localidades com números menores.  

Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até ontem, Mato Grosso do Sul tinha 616 pacientes em isolamento domiciliar e 350 recuperados. Com isso, 40 (mais um de outro Estado) estão internados, sendo 26 em leitos clínicos (9 públicos e 14 privados) e 15 em leitos de UTI (11 públicos e 2 privados – mais dois fora do Estado).

MORTES

Mato Grosso do Sul contabiliza 17 mortes, a primeira ocorreu no dia 31 de março, em Batayporã, e a última no dia 20 deste mês, em Campo Grande. Na distribuição por municípios, Campo Grande registrou 6 óbitos; Três Lagoas, 4; Brasilândia, 2; Batayporã, 2; e Dourados, Vicentina e Paranaíba, 1.

Guia Lopes tem a maior taxa de incidência de casos de Covid-19 do Estado e uma das maiores do País, a considerar 100 mil habitantes. Com 9,8 mil moradores, o município tem uma taxa de 1.849,4. Na sequência, com três dígitos, vêm Douradina, 337,6; Vicentina, 229,4; Fátima do Sul, 116,8; Bonito, 136,5; Brasilândia, 126,3; Itaporã, 124,8; e Jardim, 107,3. Campo Grande é o 20º, com uma taxa de 27,3.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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