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MS tem mais infectados que recuperados da Covid-19, aponta Saúde

Pelo segundo dia seguido, Estado bateu novo recorde de confirmações e ultrapassou marca de 6 mil casos

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Mais uma vez, Mato Grosso do Sul tem mais pacientes em tratamento da Covid-19 do que recuperados da doença causada pelo novo coronavírus. Nesta quarta-feira (24), o Estado tem 3,2 mil pessoas em tratamento, seja em isolamento domiciliar ou internadas, e 2,9 mil que não apresentam mais sintomas.

Ontem, terça-feira (23), eram 2,8 mil casos ativos e 2,9 mil recuperados. Nos últimos dias, a distância entre esses dois índices vinha diminuindo. Em 5 de junho, quando a Secretaria de Estado de Saúde (SES) passou a divulgar o número de casos ativos, haviam 1.019 pessoas em tratamento e 957 recuperadas.

Pela segunda vez nesta semana, houve novo recorde de confirmações, ultrapassando a marca de 6 mil casos registrados desde março. O titular da SES, Geraldo Resende, alertou novamente que os leitos disponíveis podem não ser suficientes caso o crescimento no número de casos continue no ritmo atual.  

“Podemos montar quantos leitos forem possíveis que não vai adiantar se cada um não fizer sua parte”, frisou durante transmissão ao vivo do Governo do Estado na rede social Facebook.

Já a secretária-adjunta, Crhistinne Maymone, pediu que os municípios encerrem os 1.939 casos pendentes. “Encerrem esses casos, porque nós, como governo, não podemos entrar na base de dados e fazer isso”, explicou.

DADOS

Hoje, Mato Grosso do Sul chegou a 6.201 casos. Entre ontem e hoje, mais 417 casos foram confirmados. Desses novos casos, 186 foram registrados em Dourados, 108 em Campo Grande, 22 em Rio Brilhante e 13 em Corumbá.

Sidrolândia e Três Lagoas confirmaram mais nove casos cada. Ponta Porã registrou novos oito casos. Chapadão do Sul e Mundo Novo confirmaram cada um sete casos. Nova Andradina registrou mais cinco casos e São Gabriel do Oeste mais quatro.

Bonito, Caarapó, Itaporã, Ivinhema, Maracaju e Naviraí confirmou novos três casos cada. Já Cassilândia, Deodápolis, Eldorado, Guia Lopes da Laguna, Juti, Paranaíba e Sonora registraram dois novos cada. E Amambai, Bandeirantes, Costa Rica, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Jateí, Santa Rita do Pardo e Taquarussu confirmaram um novo caso cada.

Procedimento que já é comum, Jardim eliminou um caso cada da base de dados. Isso acontece quando as autoridades locais identificam que o paciente apenas recebe atendimento na cidade e reside em outro local.

Mais 41 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 2.934. 170 pacientes estão internados, sendo 96 em leitos clínicos e 77 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, em 24 horas, mais 12 pessoas foram internadas no Estado. Há ainda três pacientes de outros estados sendo tratados em Mato Grosso do Sul, mas não contabilizadas oficialmente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Dessas 96 pessoas em leitos clínicos, 60 estão em leitos públicos. As outras 34 estão em hospitais privados, e outros dois paranaenses ocupam vagas em unidades particulares.

Entre os 77 internados em UTI, 49 ocupam leitos públicos e 28 pessoas estão em hospitais privados. Com isso, a taxa de ocupação de leitos clínicos exclusivos para Covid-19 é de 14% e dos de UTI é de 33%.  

Considerando o total geral de leitos e internações por outras doenças, a macrorregião de Corumbá está com 70% da capacidade ocupada. Dos 20 leitos, metade tem pacientes em tratamento contra outras doenças, 10% foram diagnosticados com Covid-19 e 10% estão com suspeita.

Já a macrorregião de Campo Grande está com 64% dos leitos ocupados. São 212 unidades, sendo 52% com pessoas com outras doenças, 9% contaminados pelo vírus e 3% com suspeita. A região de Dourados tem 102 leitos e 53% estão ocupados. E a macrorregião de Três Lagoas tem 44% de leitos ocupados, de um total de 35.

O Estado já tem 56 mortes pela doença. Foram 13 óbitos em Dourados (sendo 1 que morreu em Tocantins), 8 óbitos em Campo Grande, 5 em Três Lagoas, 5 em Corumbá, 3 em Itaporã, 2 em Batayporã, 2 em Paranaíba, 2 em Rio Brilhante, 2 de Brasilândia, 2 em Guia Lopes da Laguna, 1 em Vicentina (também ocorrido no estado de São Paulo), 1 em Iguatemi, 1 em Sidrolândia, 1 em Ponta Porã, 1 em Douradina, 1 em Deodápolis e 1 em Anastácio.

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

Cidades

Justiça recusou 6 pedidos de tratamento para réu que morreu na prisão, diz advogado

José Roberto de Souza, acusado de matar o empresário Antônio Caetano de Carvalho durante audiência no Procon, morreu de complicações causadas por uma pneumonia

19/04/2024 18h30

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Defesa do ex-policial militar reformado, José Roberto de Souza, que morreu nesta manhã em decorrência de complicações causadas pela Influenza tipo A, alega que a Justiça recusou seis pedidos de atendimento médico ao réu nos últimos oito meses.

O ex-pm está preso desde o dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após o crime que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, no Procon/MS.

A defesa foi informada da morte por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira (19). O último pedido para tratamento médico havia sido feito pouco antes da morte de José, às 8h.

"Este caso deixa tanto a mim quanto a minha equipe, em uma situação extremamente triste, até com uma sensação de impotência. Porque eu e o doutor Jackson, que foi quem manuseou grande parte dos pedidos desde que aconteceu aquele fatídico problema no Procon, temos informado ao juiz da segunda vara do tribunal do júri as complicações físicas da doença que o nosso cliente possuía", declarou o advogado de defesa, José Roberto da Rosa.

Segundo o advogado, além de problemas psiquiátricos, o réu possuía doença renal crônica e diabetes, além de complicações cardíacas. O primeiro pedido para atendimento médico de José foi feito em setembro do ano passado, mas recusado, já que o Ministério Público teria alegado que a defesa não teria conseguido provar que o cliente estava doente.

"Chegou em um ponto que nós interpusemos um habeas corpus junto ao tribunal, não obtivemos a prestação jurisdicional, e antes da saída para o final do ano [2023], nós ingressamos com outro habeas corpus, mais precisamente no dia 22 de dezembro, onde havíamos dito que o nosso cliente estava doente e precisava de tratamento", acrescentou Rosa.

A única medida tomada pela Justiça, segundo o advogado, foi retirar o réu do presídio militar, onde ele não estava recebendo os tratamentos adequados - por falta de escolta e por falta de médicos -, para transferí-lo a outra unidade penal "comum", onde ele poderia receber atendimento médico especializado.

"Ao invés de determinar que ele fosse tratado, o Tribunal de Justiça tirou a condição dele de policial militar e o direito de estar no presídio militar, e o mandou para um presídio comum. Aí ele ficou no Centro de Triagem, com o atendimento dos médicos", explicou o advogado. 

Na última semana, os advogados foram visitar José, que pediu por socorro. Ele teria pedido "doutor, eu preciso de atendimento médico".

"E todos os pedidos rechaçados pelo juiz da segunda vara do tribunal do júri. O habeas corpus, que nós entramos em dezembro do ano passado, até hoje não foi posto em mesa para julgamento. Então, é uma decepção enquanto advogado", afirmou Rosa.

Segundo o advogado, a morte de José pode ser colocada na conta do Poder Judiciário.

"A  conta sobre a morte desse homem é exclusivamente debitada ao Poder Judiciário. Talvez agora, com a certidão de óbito, a gente consiga provar que o nosso cliente estava doente, porque foram oito meses de peticionamento em que promotor disse que nós não conseguimos provar que o nosso cliente estava doente, onde todos os pedidos que foram encaminhados, o juiz de direito, que oficia perante a segunda vaga do Tribunal do Júri, disse que não ia liberar ele para tratamento. Então agora eu vou juntar a certidão de óbito para mostrar que nós tínhamos razão", disse o advogado.

O advogado quer que a família da vítima entre com um processo para culpabilizar o Estado.

"Infelizmente, agora não adianta mais autorizar o tratamento. Ele morreu hoje em decorrência do quadro agravado pelo problema renal crônico. Ele foi contaminado com influenza dentro do presídio, porque o sistema imunológico dele estava muito comprometido, o tratamento que ele precisava receber, ele não recebeu, e infelizmente hoje ele não aguentou", finalizou.

O Crime

No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.

A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.

Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.

Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.

No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.

Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.

primeira audiência que investiga o caso foi realizada no dia 3 de julho do ano passado, e ouviu testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.

Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.

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