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MS ultrapassa marca de 300 mortes pela Covid-19

Em julho, Estado mais que triplicou número de óbitos em relação ao mês anterior

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MS ultrapassa marca de 300 mortes pela Covid-19

Neste domingo (26), Mato Grosso do Sul atingiu a marca de 305 mortes causadas pela Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Nas últimas 24 horas, foram registrados 11 óbitos.

Somente no mês de julho, o Estado já contabiliza 215 mortes, mais que o triplo do registrado em junho, quando ocorreram 70 óbitos em decorrência da doença. 

Media Móvel

A média móvel de mortes passa de 10 por dia.

Durante transmissão ao vivo do Governo do Estado na rede social Facebook, o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, ressaltou que o aumento de leitos é insuficiente se a população não aderir às medidas de restrição.

“Não adianta montarmos leitos e mais leitos, com todas as dificuldades, se não conseguirmos cessar o crescimento da doença. Precisamos da colaboração da população, ficando em casa e aderindo às medidas de higiene, usando máscara; e das prefeituras, determinando medidas de restrição”, explicou.

O secretário anunciou ainda que o Ministério da Saúde deve enviar nesta semana uma máquina que tornará o Estado autossuficiente no processamento de testes.  

Amostras

Atualmente, para diminuir a alta carga de trabalho no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS), o governo tem parcerias com o Instituto Butantan (São Paulo), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para analisar as amostras.

DADOS GERAIS

Hoje, Mato Grosso do Sul chegou a 21.514 casos. Entre ontem e hoje, mais 499 casos foram confirmados.  

Desses novos casos, 240 foram registrados em Campo Grande, 48 em Iguatemi, 25 em Sidrolândia, 19 em Terenos, 16 em Dourados e 15 em Bataguassu.

Dois Irmãos do Buriti e Naviraí confirmaram 14 casos cada. Corumbá registrou mais 13 casos.

Anastácio, Aquidauana e Coxim confirmaram cada uma nove casos. Três Lagoas registrou oito casos.

Aparecida do Taboado e São Gabriel do Oeste confirmaram seis casos cada. Itaquiraí, Rio Brilhante e Tacuru registraram mais cinco casos cada.

Brasilândia, Chapadão do Sul e Paraíso das Águas confirmaram quatro casos cada. Fátima do Sul registrou três casos e Angélica, Juti, Maracaju, Ponta Porã e Rio Negro mais dois cada.

E Cassilândia, Costa Rica, Douradina, Jardim, Ladário, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Rio Verde de Mato Grosso e Sete Quedas confirmaram um caso cada.

Procedimento que já é comum, Deodápolis eliminou um caso da base de dados. Isso acontece quando as autoridades locais identificam que o paciente apenas recebe atendimento na cidade e reside em outro local.

Mais 355 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 15.254. 458 pacientes estão internados, sendo 247 em leitos clínicos e 216 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, em 24 horas, 24 pessoas foram internadas no Estado.  

Há ainda cinco pacientes de outros estados sendo tratados em Mato Grosso do Sul, mas não contabilizados oficialmente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Dessas 247 pessoas em leitos clínicos, 155 estão em leitos públicos e outras 92 estão em hospitais privados.

Entre os 216 internados em UTI, 140 ocupam leitos públicos e 76 pessoas estão em hospitais privados.  

Com isso, a taxa de ocupação de leitos clínicos públicos é de 40% e dos de UTI é de 61%, para adultos. Entre crianças, a ocupação é de 10% dos leitos clínicos e 22% das UTIs.

Atualmente, o Estado tem 710 leitos clínicos para adultos e 119 para crianças, além de 269 em UTIs adultas e nove para crianças disponíveis para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerando o total geral de leitos e internações por outras doenças, a macrorregião de Campo Grande está com 96% dos leitos ocupados. São 234 unidades, sendo 46% com pessoas com outras doenças, 43% contaminados pelo vírus e 7% com suspeita.

A macrorregião de Corumbá está com 81% da capacidade ocupada. Dos 22 leitos, 45% tem pacientes diagnosticados com Covid-19 e 36% estão em tratamento contra outras doenças.

A região de Três Lagoas tem 43% de leitos ocupados, de um total de 55. E a macrorregião de Dourados tem 107 leitos e 43% estão ocupados.

MORTES

Nas últimas 24 horas, foram registradas seis mortes causadas pela doença. A secretária-adjunta de estado de Saúde, Crhistinne Maymone, ressaltou que parte foi registrada em outras datas. “Esses óbitos estavam em investigação”, frisou.

Na última terça-feira (21), faleceu em Aquidauana uma idosa diabética de 72 anos e um idoso de 71 anos em Aquidauana, portador de doença cardiovascular crônica e diabetes.  

No mesmo dia, morreu em Ponta Porã uma idosa de 62 anos, que era obesa e hipertensa, além de ter também problemas cardiovasculares.

Em Campo Grande, um idoso de 73 anos morreu na última quinta-feira (23). Ele era portador de doença cardiovascular crônica e diabetes.

Já na última sexta-feira (24), um homem de 45 anos faleceu em Corumbá. Ele não tinha comorbidades.

Na Capital, veio a óbito na mesma data um idoso de 83 anos, que tinha hipertensão, doença cardiovascular e doença neurológica crônica. Já em Aparecida do Taboado, morreu uma idosa de 91 anos, que tinha doença cardiovascular e pneumopatia crônica.

As seis mortes restantes ocorreram no sábado (25). Em Campo Grande, uma idosa de 74 anos faleceu, portadora de hipertensão.

Um homem obeso de 57 anos morreu em Sidrolândia. Ainda na Capital, uma idosa de 72 anos foi outra vítima fatal, e tinha doença cardiovascular, pneumopatia crônica e hipertensão.

Outra idosa, de 89 anos, faleceu em Campo Grande ontem. Ela tinha hipertensão, doença cardiovascular e doença renal crônica.

Por fim, Aparecida do Taboado registrou o óbito de uma idosa de 72 anos, que tinha doença hepática crônica.

O Estado já tem 305 mortes pela doença. Foram 95 em Campo Grande, 51 óbitos em Dourados (sendo 1 que morreu em Tocantins) e 29 em Corumbá.

Há ainda 11 mortes em Três Lagoas, 10 em Sidrolândia, 8 em Ponta Porã, 7 em Aquidauana e 6 em Naviraí.

Fátima do Sul e Itaquiraí contabilizam 5 mortes cada. Aparecida do Taboado, Itaporã, Nova Andradina, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste tem 4 óbitos cada.

Anastácio, Batayporã, Cassilândia, Coxim, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi e Paranaíba registraram 3 mortes cada.

Vicentina tem dois óbitos, sendo um ocorrido no estado de São Paulo. Alcinópolis, Amambai, Angélica, Brasilândia, Costa Rica, Douradina, Ladário, Mundo Novo, Rio Verde de Mato Grosso e Terenos também tem duas mortes cada.

E Aral Moreira, Bataguassu, Camapuã, Chapadão do Sul, Corguinho, Deodápolis, Glória de Dourados, Ivinhema, Jardim, Laguna Carapã, Maracaju, Miranda, Paraíso das Águas, Rio Negro e Sonora registraram um óbito cada.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 11h00

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

MEIO AMBIENTE

MS avalia condições de pagamento antes de regularizar Fundo Pantanal

Até o momento, Governo não conseguiu recursos externos para financiar o Fundo, e conta com os R$ 40 milhões de investimento próprio; Expedições estão sendo feitas ao Pantanal para regulamentação

19/04/2024 09h30

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala sobre a criação de fundo biomas em Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Quatro meses após a sanção da Lei do Pantanal, o Governo do Estado ainda está avaliando as condições de pagamento aos produtores para regulamentar o Fundo Clima Pantanal.

No final de março, uma expedição percorreu os pantanais da Nhecolândia, do Paiaguás e do Abobral, pra reunir informações e elaborar o texto de regulamentação do fundo. 

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a regulamentação do Fundo Clima Pantanal deve sair até o final desse semestre, e uma nova expedição, agora com o setor de Organizações Não Governamentais (ONGs) e ambientalistas como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o SOS Pantanal, será realizada no dia 22 de maio. 

“Nós temos que ver o que nós vamos pagar do Programa de Serviços Ambientais (PSA) e por isso fizemos aquelas expedições, e vai ter uma agora, com as ONGs, para a gente ver o que realmente vai ser remunerado aos produtores”, comentou Verruck. 

Ainda de acordo com o secretário, o Fundo Pantanal possui atualmente apenas o investimento realizado pelo próprio governo do Estado, de R$ 40 milhões, e a Semadesc tem trabalhado na divulgação, tanto do fundo, quanto da Lei do Pantanal, para tentar angariar recursos para a iniciativa, no entanto, Jaime Verruck aponta que ainda não houve nenhuma sinalização clara de aceitação. 

“Nós estamos apresentando em todos os fóruns para tentar conseguir recurso internacional. Nesse momento o que nós temos é os R$ 40 milhões do Governo do Estado.

Como a própria ministra destacou, hoje todo mundo está avançando na estrutura de seus fundos, então nós estamos apresentando, mas até agora não temos nenhuma sinalização clara de alocação de algum recurso”, esclareceu o secretário. 

A iniciativa de criação de fundos para conseguir recursos para a preservação de biomas, como Mato Grosso do Sul fez em relação ao Pantanal, é algo que vem sendo pensado para outros ecossistemas, como o Cerrado e a Caatinga, e que já foi posto em prática na Amazônia Legal, através do Fundo Amazônia. 

Em dezembro, no evento de sanção da Lei do Pantanal, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MAMC), Marina Silva, afirmou que tinha sugerido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a criação de um fundo nacional para os biomas brasileiros, similar ao Fundo Amazônia. 

A ideia era de que com o fundo todos os biomas do país fossem contemplados e pudessem angariar recursos que seriam direcionados principalmente para a sua preservação, podendo inclusive, fazer parcerias com fundos estaduais já criados, como o Fundo Pantanal. 

A ministra relata que o debate que está sendo feito com os governos estaduais atualmente, está sendo direcionado para os planos de combate ao desmatamento em todos os biomas, e que nesse diálogo, surgiu o interesse de criação de fundo para esses ecossistemas. 

“A Amazônia tem um apelo muito grande e ela já tem um fundo, mas os demais biomas, se a gente fizesse uma composição, talvez a gente tivesse mais eficácia. Mas eu compreendo, porque cada bioma quer ter o seu fundo, quer ter seu espaço, e essa é uma discussão que a gente está fazendo com os consórcios de cada região”, informou a ministra. 

A deputada federal Camila Jara (PT), acrescentou ainda que existe uma legislação tramitando para a criação de um fundo que abrange todos os biomas brasileiros, e que está na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, sendo o parlamentar Pedro Campos (PSB-PE), o principal nome para ser o relator. 

“Eu acho que o melhor seria se a gente criasse um fundo biomas, e aí sim, em vez de ter uma ‘moqueca de dinheiro’ em cada fundo, a gente pudesse ter um fundo que pudesse receber, inclusive, recursos das emendas parlamentares, das emendas de bancada, para que a gente possa mudar a história do enfrentamento do desmatamento, do ataque ao Pantanal, que a gente possa virar essa página”, comentou Marina Silva, em seu discurso durante visita à Campo Grande, nessa quinta-feira.

O Fundo Amazônia, principal modelo de iniciativa voltada para captar doações para investimentos em ações de prevenção, combate e monitoramento do desmatamento e promoção da conservação, criado em 2008, recebeu até o fim de 2022 R$ 3,396 bilhões em recursos da Noruega, Alemanha e Petrobrás.

SERVIÇOS AMBIENTAIS 

Além da iniciativa do Fundo Clima Pantanal, o governo de MS também possui, desde dezembro de 2021, o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que “visa a conservação das florestas e demais formas de vegetação natural privadas existentes, restauração ecológica das florestas e demais formas de vegetação natural privadas, conversão de pastagens e terras degradadas para usos alternativos da terra”, expõe o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). 

Em junho do ano passado, o programa foi estendido para esforços de restauração e proteção da biodiversidade, clima e estoques de carbono no âmbito das bacias hidrográficas. O PSA abrange um total de 571.800 hectares de áreas que se comprometeram com a conservação ambiental.

Já de acordo com a Lei do Pantanal, a prioridade é a preservação dos corredores de biodiversidade, delimitados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os produtores devem receber pela preservação da fauna e flora pantaneira, pela recuperação de pastagens degradadas, recuperação de vegetação nativa, entre outros. 

Não há mais informações sobre os critérios que serão adotados para a participação dos produtores no fundo.

SAIBA

De acordo com a lei, o Fundo Clima Pantanal poderá ter outras fontes de financiamento, como multas ambientais aplicadas pelo Imasul, emendas parlamentares, transferências de saldos de outros fundos e recursos de venda de crédito de carbono.

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