Cidades

Feminicídio

Mulher é morta pelo companheiro a tiros em frente da filha de 10 anos

Jovem de 27 anos convivia há 9 anos com companheira de 40 anos

Danielle Valentim

25/09/2015 - 09h12
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O ajudante administrativo Waldemir Almeida de Araújo, 27 anos, matou a esposa Izabel de Oliveira Almeida, 40 anos, com cerca de quatro tiros na frente da enteada, de 10 anos, na noite de ontem (24), no Jardim Sayonara, em Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, o casal discutia quando a vítima foi alvejada.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o crime aconteceu por volta das 23h30min, quando segundo a filha da vítima, acontecia uma discussão por causa de bebida alcoólica, pois o autor queria que a vítima parasse de beber. O autor sacou uma arma, tipo revólver calibre 38, e disparou quatro vezes contra a companheira.

Segundo irmão do autor, que mora no mesmo quintal, o casal estava junto há nove anos e morava na casa nos fundos. Ainda de acordo com informações do boletim de ocorrência, ninguém viu o fato, além da filha da vítima, mas todos ouviram os disparos.

Segundo o registro policial, o acusado fugiu depois dos disparos e quando o irmão foi até a residência, encontrou a vítima agonizando entre a cozinha e a lavanderia. A menina de 10 anos estava próximo da mãe e ficou em estado de choque. A testemunha chegou a acionar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas a vítima não resistiu aos ferimentos.

De acordo com informações complementares, quando a Polícia Civil chegou, o local não estava preservado e muitas pessoas já haviam entrado na casa. O aparelho celular da vítima e dois projéteis de calibre 38 foram apreendidos.

O caso foi registrado como feminicídio e violência doméstica.

CENSO

Mais de 29 mil pessoas foram diagnosticadas com autismo em MS, revela IBGE

Os dados foram divulgados hoje (23) na pesquisa do Censo e, pela primeira vez, foram incluídos dados e informações sobre o TEA.

23/05/2025 15h54

Foto: Reprodução/Governo Federal

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (23) os resultados preliminares da primeira pesquisa que traz informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ano de 2022. A publicação traz os perfis sociodemográfico e educacional das pessoas de 2 anos ou mais de idade das pessoas diagnosticadas por um profissional da saúde com autismo. 

Segundo os dados levantados, em Mato Grosso do Sul, 29.088 pessoas confirmaram ter o diagnóstico do Transtorno, o que corresponde a 1,1% da população total. Com esse número, o estado fica na 18ª posição no ranking entre os estados brasileiros. 

Entre os municípios de MS, o maior percentual foi o da cidade de Corguinho, com 2% da população diagnosticada, seguido por Bela Vista, com 1,7%. Os menores percentuais registrados foram nos municípios de Novo Horizonte do Sul, com 0,3%, e Rio Negro, 0,4%. Na capital, foram registradas 10.779 pessoas com o diagnóstico de TEA, o que corresponde a 1,2% da população total da cidade. 

Com relação à comparação por sexo, no Estado, 17.654 homens foram diagnosticados com autismo em 2022, o que corresponde a 1,3% da população total. O número de mulheres foi de 11.435, o que equivale a 0,8% da população total. Assim, o percentual de homens diagnosticados com TEA em comparação com a população total é 62,5% maior que o de mulheres. 

Toda a faixa etária de 0 a 19 anos apresenta percentuais altos para os diagnósticos, porém o maior percentual de pessoas com TEA é nas idades de 5 a 9 anos com 4.237 diagnósticos (2% da população total). 

O Analista Raphael Alves explica que o alto percentual nas idades menores pode estar relacionado ao aumento das iniciativas de busca por diagnósticos. 

"As iniciativas de busca por diagnósticos se intensificaram nos anos mais recentes e a identificação desta característica nestes primeiros anos ganhou importância devido à necessidade de esforços diferenciados no desenvolvimento das crianças e jovens com algum grau de autismo", comenta. 

Nacional

De acordo com o Censo 2022, foram identificadas 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com o TEA, o que corresponde a 1,2% da população total do país. A prevalência maior foi entre os homens, com 1,5% e entre as mulheres foi de 0,9%. Assim, 1,4 milhões de homens e 1 milhão de mulheres no Brasil foram diagnosticadas como autistas em 2022 por algum profissional da saúde. 

Transtorno do Espectro Autista

A inclusão do autismo no questionário do Censo Demográfico de 2022 foi determinada pela Lei nº 13.861, de 2019, que modificou a Lei nº 7.853, de 1989, para "incluir as especialidades inerentes ao transtorno do espectro autista - TEA, nos censos demográficos". 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo é caracterizado por "déficits persistentes na habilidade de iniciar ou manter interações sociais e comunicação social recíprocas, e por uma gama de padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos, repetitivos e inflexíveis, que são claramente atípicos ou excessivos para a idade e o contexto sociocultural do indivíduo". 

Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

Os sinais mais comuns do TEA são:

  • Apresentar atraso anormal na fala;
  • Não responder quando for chamado e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
  • Ter dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho;
  • Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais;
  • Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
  • Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva);
  • Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
  • Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
  • Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar objetos em fileiras ou em cores;
  • Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros;

Além disso, alguns autistas podem manifestar acessos de raiva, hiperatividade, passividade, déficit de atenção, dificuldades para lidar com ruídos, falta de empatia diante determinadas situações e aumento ou redução na resposta à dor e a temperaturas.
 

BOLETIM

Estado registra 12 mortes por dengue em 2025; veja

Números foram apresentados no boletim referente à 20ª semana epidemiológica, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde

23/05/2025 14h52

Acúmulo de lixo ajuda a propagar a proliferação do mosquito responsável por transmitir a dengue

Acúmulo de lixo ajuda a propagar a proliferação do mosquito responsável por transmitir a dengue Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Desde o início do ano, Mato Grosso do Sul já registrou 4.796 casos confirmados e 12.250 casos prováveis de Dengue.

De acordo com os dados apresentados no boletim referente à 20ª semana epidemiológica, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta sexta-feira (23), 12 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 9 estão em investigação.

Em um dado comparativo, neste mesmo período do ano, foram registrados 9,1 mil confirmações e 18 óbitos.

Dados gerais Nos últimos 14 dias, Itaquiraí, Caarapó, Laguna Carapã, Maracaju, Japorã, Anastácio, Paranhos, Nioaque, Deodápolis, Iguatemi, Coronel Sapucaia, Sidrolândia, Cassilândia, Aquidauana, Ribas do Rio Pardo, Amambai, Dourados, Nova Andradina e Naviraí registraram incidência baixa de casos confirmados para doença.

Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Naviraí e Água Clara. Entre as vítimas, 4 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Conforme o boletim, 167.101 doses de vacina já foram aplicadas na população alvo. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 10.194 casos prováveis, sendo 2.701 confirmados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

O documento também confirma 28 casos da doença em gestantes. Conforme o boletim, 6 óbitos foram confirmados em decorrência da doença nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos e Fátima do Sul. Entre as vítimas, 4 delas possuíam algum tipo de comorbidade. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação.

Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

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