Zenilda Duarte Paulino, 52 anos, que ficou seminua depois de ser barrada na porta giratória do Banco do Brasil, vai entrar na Justiça contra a instituição bancária.O caso aconteceu na agência da Rua Manoel Paes de Barros, no Centro de Aquidauana, distante 143 quilômetros da Capital, nesta terça-feira (18).
A advogada que representa Zenilda, Letuza Becker Vieira, disse ao Portal Correio do Estado que a mulher foi até o banco trocar um cheque por volta das 10h e, enquanto aguardava na fila pela abertura da porta, começou a tirar da bolsa tudo o que poderia travar a porta, como chaves e carteira. Porém, ao passar pela porta, a entrada não foi liberada, mesmo depois de retirar todos os pertences.
Ainda segundo a advogada, a mulher tentou passar mais de cinco vezes pela porta, mas a entrada não foi liberada e nenhum segurança deu assistência a mulher. Impaciente com a situação e em um “ato de protesto”, ela tirou parte das roupas, deixando próxima da porta giratória, e conseguiu entrar.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e auxiliou Zenilda, para que ela pudesse trocar o cheque. Em seguida, ela foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos.
Conforme Letuza, foram registrados dois boletins de ocorrência, sendo um contra Zenilda, por ato obsceno, e um registrado pela própria mulher contra o banco por constrangimento.
“Eu reprovo a atitude do banco de limitar o acesso da consumidora que ficou restrita, porque isso fere o código de defesa do consumidor e vamos tomar medidas cabíveis para essa situação não ocorrer com outros consumidores. Além disso, a conduta do segurança excedeu o limite razoável, o que causou constrangimento desnecessário”, disse.
Ainda segundo a advogada, a intenção com a ação não é enriquecer as custas do banco, mas alertar para que a situação não volte a ocorrer. Ela ressalta ainda que a situação poderia ser evitada caso a mulher tivesse assistência de funcionários ou gerente do banco, que só apareceram depois da chegada da PM.


