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HOSPITAL DE CÂNCER

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Mutirão de radioterapia é alívio mesmo para quem ainda não começou as sessões

Havia pacientes que esperavam há meses pelo procedimento

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Quem ficou meses esperando na fila da radioterapia encontrou alívio neste fim de semana no Hospital de Câncer Alfredo Abrão. Neste sábado (8) e domingo (9) começou o mutirão para desafogar a fila de 239 pacientes que aguardavam o procedimento.

Nem todos passaram pela sessão de imediato. Alguns tiveram consulta para definir todo o cronograma de tratamento. Joyce Carvalho de Oliveira Souza acompanhava o pai Antônio Carlos de Souza, 68 anos, que luta contra um câncer na boca. Desde outubro eles aguardam o início da radioterapia recomendada pelos médicos.

“Na própria consulta o médico estava dando até seis meses para o início do tratamento, tamanha era a fila. Hoje vamos passar pela avaliação inicial e saber quantas sessões ele vai precisar, que só são feitas em Campo Grande. Existe transporte gratuito da nossa cidade para levar os pacientes que necessitam desse tipo de tratamento”, disse ao Correio do Estado.

Os atendimentos estavam marcados para a manhã deste domingo, mas durante a tarde ainda havia algumas poucas pessoas aguardando as consultas. Em alguns casos, os médicos pediam exames complementares que eram feitos de imediato.

Christian Cremonezi Flávio Simões, 25 anos, luta desde 2015 contra um câncer perto dos rins. Ele chegou a fazer cirurgia para remoção, mas o crescimento anormal das células voltou a ser identificado no fim de 2019. A quimioterapia já reduziu mais da metade do tumor, porém na semana passada o médico disse que seria necessário partir para a radioterapia.

Ele teve medo de ficar meses na fila, já que o caso é considerado urgente, e procurou a Defensoria Pública Estadual na sexta-feira passada já prevendo que seria necessário abrir uma ação para obrigar o poder público a garantir o atendimento.

“Nem sabia que seria tão rápido. Logo me ligaram e informaram sobre esse mutirão, agendando o horário para o atendimento”, explicou.

A secretária Geosinalda da Conceição, 27 anos, tem um sarcoma na coxa direita. Ela removeu o tumor e o médico recomendou radioterapia para garantir a eficácia do tratamento. O encaminhamento para essa consulta inicial foi dado no dia 21 de janeiro e ela também conseguiu resposta rápida com esse mutirão.

Neste fim de semana a previsão dos organizadores do mutirão era atender aproximadamente 70 pacientes da Capital. O maior volume de consultas transcorre no período da manhã, ficando para tarde poucos pacientes. A programação deverá se repetir na semana seguinte (15 e 16 de fevereiro), com pacientes do interior do Estado, embora algumas pessoas de outros municípios já tenham sido atendidas hoje.

Nesse primeiro mutirão, atuarão quatro médicos radiologistas e dois oncologistas, que estarão em contato direto com os pacientes, acompanhando-os de perto.

O programa atuará em três frentes. Além de zerar a fila, prevê a disponibilização de consultas, cirurgias, exames e diagnósticos aos pacientes com suspeita de câncer, para que seja averiguada a necessidade de radioterapia.

Ano passado, a Justiça julgou parcialmente procedente ação civil pública movida pela Defensoria Pública, determinando que o governo do Estado e a prefeitura mantenham pacientes na fila de espera para tratamento de radioterapia pelo prazo máximo de 60 dias, sendo indenizados os que esperassem além do tempo estipulado.

O valor da indenização poderia chegar até R$ 60 mil por danos morais, em razão da sentença proferida na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital. Não há informações se de fato a prefeitura ou o governo pagaram alguma indenização, já que eles poderiam recorrer da decisão judicial.

PANTANAL

Bombeiros irão prevenir incêndios com apoio de 52 militares, 13 viaturas e 5 embarcações

Prevenção é feita por meio da abertura de aceiros e capacitação de fazendeiros/produtores rurais sobre como devem agir em caso de queimadas

16/04/2024 12h45

Coronel Adriano Noleto Rampazo, do CBMMS MARCELO VICTOR

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Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuará na prevenção de incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral da corporação, coronel Adriano Noleto Rampazo, cerca de 52 militares estarão alocados em 13 bases e terão apoio de, no mínimo, 13 viaturas e cinco embarcações, a partir de maio de 2024, no Pantanal. 

O objetivo é realizar trabalho preventivo de combate ao fogo nos meses de estiagem, que ocorre de maio a outubro. Militares irão conferir aceiros, abrir pontes para facilitar o acesso e capacitar fazendeiros, produtores rurais e funcionários de como devem agir em caso de incêndios. 

Segundo o subcomandante do CBMMS, a prevenção é o melhor caminho para evitar o incêndio florestal.

“O trabalho preventivo auxilia muito a diminuir os focos de incêndio, principalmente na capacitação que nós fazemos. A maioria das fazendas tem tratores, tem caminhões-pipas, mas não sabem como utilizar, conferindo a estrutura que as fazendas têm para auxiliar nos combates, porque cada fazenda também tem que ter sua estrutura. Então, nós vamos fazer essa capacitação”, explicou.

“PREVENIR É COMBATER”

Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) lançou a 12ª Campanha de Prevenção e Combate à Incêndios, na manhã desta terça-feira (16), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), localizado na rua Marcino dos Santos, número 401, Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O tema da campanha deste ano é “Prevenir é combater”. O objetivo é orientar e incentivar produtores rurais a prevenir incêndios antes da época de estiagem (maio a outubro), visando combater o fogo antes mesmo que ele chegue.

As formas de prevenir incêndios são:

  • Construir aceiros nos entornos das pastagens, às margens das casas, currais, celeiros, armazéns e galpões
  • Evitar usar fósforos e isqueiros próximo às áreas secas e os mantenha longe de crianças
  • Faça a correta manutenção de seus equipamentos com motores à combustão
  • Não ateie nenhum tipo de fogo em sua propriedade durante o período da seca (maio a outubro)
  • Evite usar fogo para queimar lixos, mesmo que seja os caseiros;
  • Mantenha as pastagens limpas
  • Não acenda fogueiras próximas à áreas florestais
  • Não descarte resíduos nas margens das estradas (bitucas de cigarro, vidros e latas)
  • Atuação de brigadistas

A orientação ocorre por meio de capacitações, treinamentos, palestras e peças publicitárias. Em rodovias de MS, há placas informativas instaladas na beira da via e distribuição de panfletos/adesivos que levam informações aos condutores. Além disso, profissionais do setor são treinados e capacitados para atuarem no combate ao fogo.

De acordo com o presidente do Reflore/MS, Luis Ramiro Junior, a campanha é essencial para evitar e minimizar incêndios no Pantanal.

“A campanha é voltada para a conscientização do público em geral em relação aos incêndios florestais que a todo ano são recorrentes, temos os períodos mais secos que ainda vão acontecer, então a gente faz agora com que as pessoas comecem a se preocupar porque na época da seca precisamos estar preparados para caso o fogo ocorra e a gente ter como lidar. Mas, o que a gente quer, é que o fogo não corra. O melhor combate é a prevenção. A gente quer que o produtor rural se prepare”, disse.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

A campanha tem apoio da Famasul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), Governo de Mato Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo a Famasul, 4.529 focos de calor foram registrados em 2023 e 2.368 em 2022. A área queimada em 2023 foi de 1.328.700 m² no ano passado e 736.575 no ano retrasado.

PROTESTO POR TERRAS

Manifestantes ocupam prédio do Incra pedindo retomada da reforma agrária

Protesto organizado pelo MPL começou às 5h em Campo Grande

16/04/2024 12h31

Protesto do MPL na frente do prédio do Incra-MS Foto: Felipe Araújo

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Integrantes do Movimento Popular de Luta (MPL) realizam protesto pedindo o que chamam de reajuste de terras e a retomada da reforma agrária, nesta terça-feira (16), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande.

Com bandeiras e até caminhão de som, o protesto liderado pelo MPL tenta conversar com algum representante do Incra.

André Hoffimiester, membro do MPL, disse que o objetivo principal do protesto é conseguir um lugar digno para os sem-terra.

“Estamos pedindo o reajuste das terras para ser liberado para os moradores que são dos sem-terra, da área rural, que fica na beira de BR. Estão em busca de uma terra, de um lugar próprio para plantar, para colher, para poder comer, sobreviver.”, afirmou.

Além de hoje, André também relatou que outras conversas entre eles e o Incra já aconteceram, mas sem resolução do caso.

“Tem uns anos, nós saímos daqui, nós conseguimos falar com o povo do Incra, recebemos um papel, né? Que nós íamos sair da beira de BR e aí ficávamos sentados em um lugar, e que nós sairíamos dali direto para as terras. Aí nós estamos aqui de novo para reforçar o que eles tinham dito naquele papel.”, exclamou André. 

Manifestantes marcam presença desde às 5h e esperam reposta do órgão para, só então, deixar o local.

 

REFORMA AGRÁRIA

Em outubro do ano passado, um protesto organizado novamente pelo MPL bloqueou a BR-163 e a BR-267, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O pedido era para a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra.

Dois meses depois desse protesto, o órgão divulgou que pretendia retomar os assentamentos da reforma agrária em março deste ano. Porém, abril chegou e nenhuma resposta do Incra foi obtida até agora.

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