Cidades

Em meio à crise

Na ONU, Dilma exaltará conquistas sociais do Brasil
e ajuda a refugiados

Na ONU, Dilma exaltará conquistas sociais do Brasil
e ajuda a refugiados

Folhapress

22/09/2015 - 07h56
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Em meio à grave crise interna, a presidente Dilma Rousseff aproveitará a mobilização de todos os Estados-membros da ONU em torno dos objetivos de desenvolvimento sustentável, para ressaltar conquistas sociais de seu governo em discurso na Assembleia-Geral, em Nova York, na próxima segunda (28).

A abordagem do tema por Dilma no palanque da ONU não é exatamente uma novidade. No discurso do ano passado, ela já havia destacado que 36 milhões de brasileiros tinham deixado a miséria desde 2003. "Vinte e dois milhões somente no meu governo", disse, na ocasião. Em 2013, a cifra do Plano Brasil sem Miséria já havia sido citada.

A erradicação da pobreza e da fome estarão entre os 17 objetivos traçados na véspera por todos os países que integram o sistema da ONU.

A presidente deverá ainda reforçar no discurso -que abre a reunião anual da Assembleia- o compromisso para reduzir emissões de gases do efeito estufa que o Brasil levará para a Conferência do Clima de Paris, em dezembro. A expectativa é que ela apresente no domingo (27), durante a cúpula sobre objetivos de desenvolvimento sustentável, o pacote de propostas chamado INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida).

Ainda não está claro, contudo, se o governo estipulará uma meta numérica de redução de emissões em seu pacote.

Até agora, a presidente tem ressaltado as metas voluntárias assumidas em 2009, com corte de emissões de 36% a 38% até 2020 -em relação a projeções num cenário sem cortes-, e compromissos acertados em declarações bilaterais com os EUA e a Alemanha, como zerar o desmatamento ilegal até 2030.

REFUGIADOS
Dilma deverá dedicar boa parte de seu discurso deste ano à crise dos refugiados, destacando, por exemplo, a decisão tomada pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) nesta segunda (21) de prorrogar as regras que flexibilizam o ingresso de sírios no Brasil. Desde setembro de 2013, foram emitidos mais de 7.700 vistos especiais para pessoas fugindo da guerra no país.

A presidente deve repetir que o Brasil está aberto para acolher refugiados e ressaltar a tradição do Brasil em receber imigrantes.

É esperado ainda que ela fale sobre a necessidade de uma resposta urgente da comunidade internacional, em especial da ONU, à tragédia humanitária envolvendo as centenas de milhares de refugiados que se arriscam no Mediterrâneo para tentar chegar à Europa.

Como é de praxe, a presidente defenderá mais uma vez a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU, para que se torne mais representativo.

O Brasil, que almeja uma vaga permanente no Conselho, lidera com a Alemanha, o Japão e a Índia as discussões sobre a ampliação. O aniversário de 70 anos da ONU, celebrado neste ano, é colocado como uma "ocasião propícia" para fazer avançar o tema.

A preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, também estará presente no discurso.

Cidades

Clínica Veterinária é condenada por tratamento errado e morte de cachorra

A Justiça condenou a clínica a indenizar a tutora, após tratar leishmaniose como doença do carrapato e submeter o animal a duas cirurgias

18/06/2025 17h23

Crédito: Freepik

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Após contratar um plano de saúde para a cachorra, que recebeu um diagnóstico errado dado por uma clínica veterinária, a Justiça determinou que a tutora receba mais de 13 mil reais.

O caso ocorreu no município de Paranaíba, que fica a 406 km de Campo Grande.

Conforme a ação, a mulher contratou, em setembro de 2020, o plano de saúde na clínica. Exames iniciais descartaram a possibilidade de que a cachorra estivesse com leishmaniose.

No ano seguinte, o animal apresentou dificuldade para andar e perdeu o apetite. Uma série de exames foi realizada, assim como diversos tratamentos.

O médico veterinário descartou a hipótese de leishmaniose e iniciou tratamento para doença do carrapato.

Como a cachorra não melhorava, foi submetida a uma cirurgia nas patas traseiras para a colocação de placas metálicas. Algum tempo depois, a tutora procurou outro local para obter uma segunda opinião.

Os exames apontaram que a cachorra testou positivo para leishmaniose. Embora o novo tratamento tenha melhorado um pouco o quadro, devido à condição da cadela, as lesões não cicatrizavam.

Outra cirurgia acabou sendo realizada para a retirada das placas, mas o animal sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.

A defesa da clínica alegou ter utilizado os melhores equipamentos disponíveis e responsabilizou a tutora, afirmando que a recuperação não ocorreu adequadamente devido às condições em que a cachorra vivia em sua residência.

Sobre o óbito, justificou que ele ocorreu por complicações pós-cirúrgicas somadas à condição clínica do animal.

O laudo foi crucial para o desfecho do caso, ao demonstrar falha no diagnóstico precoce, uso de placas metálicas de tamanho inadequado e ausência de cuidados adequados no pós-operatório, tanto por parte da clínica quanto da tutora.

O juiz Plácido de Souza Neto, da Vara Cível de Paranaíba, reconheceu que as duas partes envolvidas tiveram culpa nos cuidados posteriores a cirurgia, conforme o artigo 945 do Código Civil.

“O dano moral é evidente, haja vista a angústia, o desespero e o sofrimento decorrentes da falha na prestação de serviço da clínica veterinária ao animal, que necessitava de tratamento adequado para minimizar o seu sofrimento”, analisou o magistrado.

Dessa forma, a clínica foi condenada a pagar R$ 8.796,81 pelos danos materiais (metade do valor total solicitado) e R$ 5.000,00 por danos morais, ambos com correção monetária e juros.

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Saúde

Pressão do "mais louco do Brasil" faz governo transferir pacientes de Ivinhema

Prefeito Juliano Ferro foi às redes sociais denunciar superlotação e falta de vagas; em menos de um dia, Estado de MS autorizou transferências para outras cidades

18/06/2025 17h12

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro Reprodução

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Menos de 24 horas depois de o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), ir às suas redes sociais queixar-se da superlotação do hospital municipal da cidade que administra e da falta de vagas em hospitais de referência, regulados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), os pacientes do hospital de Ivinhema conseguiram vaga em outras cidades, como Dourados, Campo Grande e Nova Andradina. Eles chegaram a esperar mais de 10 dias por um leito.

“Depois da live que eu fiz (no Instagram), eles atenderam o meu pedido”, afirmou Juliano Ferro ao Correio do Estado. 

O prefeito se autodeclara “o prefeito mais louco do Brasil” em suas redes sociais. Só no Instagram, por exemplo, ele tem quase 1 milhão de seguidores e já chegou a atingir, em apenas um mês, mais de 20 milhões de impressões com seu conteúdo.

Na live em que mostrou pacientes de sua cidade aguardando há dias por cirurgias ortopédicas e cardíacas, por exemplo, Juliano Ferro queixava-se do atraso de um repasse de R$ 4,5 milhões, que, segundo ele, teria sido prometido pelo governo de MS.

“Já saiu do mundo, mas eu temo que o problema se repita lá na frente”, afirmou. “Em fevereiro prometeram R$ 4,5 milhões, agora já estão falando em R$ 3 milhões”, disse.

A SES emitiu nota após a reclamação de Juliano Ferro. Afirmou que a regulação das vagas no município de Ivinhema cabe ao polo do município de Dourados. “Todavia, estamos apurando a situação real junto à macrorregião para adequação à necessidade do caso específico”, informou.

Na mesma nota, o órgão do governo de Mato Grosso do Sul informou que está em andamento o repasse de R$ 3 milhões, por meio de um convênio, para o município, e que, desde o início da gestão de Riedel, Ivinhema já havia recebido aproximadamente R$ 15 milhões para o hospital.

A live

Na terça-feira (19), Juliano Ferro, o “mais louco do Brasil”, gravou um vídeo dentro e fora do hospital e não poupou palavras para criticar a SES, culpando-a pelo caos na saúde do município.

“Chegou a um ponto que não tem como eu não falar mais”, declarou o prefeito, afirmando que sua atitude reflete a realidade de diversas outras cidades do Estado. Eu recebi ligação de mais de 20 prefeitos dizendo que estão com a mesma situação que Ivinhema. É que as pessoas às vezes não querem levar a sua cara e não querem se expor, mas eu não vou ficar apanhando da população por uma atribuição que não é do município”, afirmou.

 

 

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