Cidades

DECISÃO DA JUSTIÇA

Name perde recurso e terá que pagar imposto sobre doação de precatório

Receita exige crédito tributário de R$ 3 milhões do empresário

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A Justiça Federal negou recurso e manteve decisão que obriga Jamil Name a pagar R$ 3,173 milhões referentes ao crédito tributário pela doação de dois precatórios aos filhos. O empresário, que está preso por suspeita de envolvimento em grupo de extermínio, tenta reverter a situação desde 2011.

O processo tramita na 4ª Vara Federal de Campo Grande. Name alega que na época da cessão de direito (em 2007), o precatório ainda não havia sido pago, não havendo ganho de capital que justificasse a incidência de imposto.

Porém, a Justiça entendeu que o fato gerador do tributo acontece quando a decisão que gerou o crédito torna-se definitiva.

“O precatório é uma a carta expedida pelo juiz da execução ao Presidente do Tribunal respectivo a fim de que, por seu intermédio, seja enviado o ofício de requisição de pagamento para a pessoa jurídica de direito público obrigada. Sendo assim, é um documento que veicula um direito de crédito líquido”, diz uma outra decisão judicial usada como base para a sentença.

Ainda segundo o processo, o precatório dado a Jamil Name Filho, que também está preso por suspeita de envolvimento na milícia, somava R$ 8.866.141. Já o crédito doado a Jamilson Lopes Name era de R$ 1,5 milhão.

DINHEIRO SUSPEITO

Jamil Name poderá ter de devolver R$ 22.537.781,03 aos cofres da Prefeitura de Campo Grande. Isso porque ele recebeu a quantia a mais ao longo de vários anos como parte de pagamentos de uma ação relativa a precatórios.

Investigação aponta que ele só conseguiu receber a quantia por intervenção do médico cardiologista João Jazbik Neto, que forneceu laudo dizendo que o empresário tinha “graves problemas de saúde” (razão humanitária), o que possibilitou que ele “furasse a fila”.

O desembargador Paulo Alfeu Puccinelli, que na época era vice-presidente do Tribunal de Justiça (TJMS), chegou a sequestrar R$ 25 milhões dos cofres da prefeitura para que a dívida fosse quitada. O magistrado foi alvo de investigação pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por conta do caso.

Em 2010, o próprio conselho suspendeu o pagamento, levando em consideração que houve interrupção no andamento da fila por ordem cronológica.

O envolvimento do médico nos negócios de Name continuou nos dias atuais. Na operação que resultou na prisão de pai e filho, além de policiais e guardas-civis, a polícia apreendeu promissória emitida por “João J. Neto” no valor de R$ 150 mil. A nota seria justamente de Jazbik Neto.

Jazbik Neto também assina um dos três laudos que a defesa de Name apresentou para pedir prisão preventiva domiciliar no dia 18 de outubro. Na época, o advogado Renê Siufi informou que seu cliente tem diabetes, problemas pulmonares e síndrome do idoso frágil e pela avançada idade (83 anos) depende de auxílio até para refeição e higiene pessoal.

PREFEITURA QUER DINHEIRO DE VOLTA

A Procuradoria-Geral do Município (PGM) obteve decisão favorável do CNJ, em maio deste ano, para que o cálculo do valor pago a Name fosse revisto pelo TJMS. A determinação era para que a Corte seguisse os parâmetros do conselho nos cálculos.

Na segunda-feira (21) foi anexada ao processo certidão geral de cálculos, da Coordenadoria de Cálculos e Liquidação de Precatórios do TJMS. Outros três requerentes do espólio de Jorge Haddad também aparecem no documento.

Até maio de 2010, o município já havia pago oito parcelas no valor total de R$ 11 milhões, restando um saldo de R$ 6,9 milhões referente a cinco parcelas de R$ 1,3 milhão. Jamil transferiu o crédito para o empresário Jorge Haddad, depois de receber a segunda parcela. Esta operação também foi autorizada pelo desembargador Puccinelli.

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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