Assediados pelo PT, partidos nanicos dispensam vaga na chapa majoritária em troca de apoio para eleger deputados na eleição de outubro. Na próxima segunda-feira, os petistas vão discutir alianças com o PTB, PSB e PV. Aos petebistas, a legenda chegou a oferecer vaga de vice-governador e a suplência de senador, porém a proposta não atraiu o PTB que, neste caso, insiste no projeto de disputar o Governo do Estado. “Não temos interesse nisso. Ser vice é o mesmo que ter a caneta na mão, mas sem tinta. Isso vale para o suplente de senador”, opinou o presidente regional do PTB, Ivan Louzada. “O nossa principal meta é eleger deputado estadual e federal”, completou. Para alcançar o objetivo, a princípio, os petebistas ensaiam lançar candidato próprio. A segunda opção é aliarse ao PSDB, reproduzindo, assim, a aliança nacional. Na eventualidade, de os dois projetos não vingarem, o partido garante não ter preferência entre PMDB e PT. “Vamos conversar com todos os partidos, mas a ideia é fechar aliança com a legenda que facilitar a eleição de deputados”, revelou Louzada. Da mesma forma pensam as lideranças do PSB e PV, contudo, ao contrário do PTB, os partidos garantem total neutralidade no atual cenário político. “Estamos equidistantes tanto do PMDB, quanto do PT e do PSDB”, disse o presidente regional do PV, vereador Marcelo Bluma. “Por enquanto, não temos paixão por nenhum partido”, engrossou o presidente regional do PSB, Sérgio Assis. Segundo os líderes partidários, a aliança vai ocorrer com quem oferecer cenário favorável para eleger deputados. “O foco do PSB é crescer e isso só será possível se a legenda tiver mandato”, observou Assis. “Sem voz e sem voto na Assembleia Legislativa é difícil participar do debate político no Estado”, comentou Bluma. Sucessão presidencial Além disso, tanto o PSB quanto o PV querem liberdade para oferecer palanque aos seus respectivos candidatos à sucessão presidencial. Hoje, a senadora Marina Silva promete concorrer pelo Partido Verde enquanto o deputado federal Ciro Gomes se revela pronto para disputar pelo PSB. Os dois pré-candidatos liberaram as direções regionais para seguirem o melhor caminho nos estados. Neste caso, os líderes partidários estão cientes de que os presidenciáveis não terão espaço no palanque oficial dos candidatos a governador. “Queremos pelo menos o compromisso de que não vão atrapalhar a montagem de um segundo palanque a nossa candidata a presidente”, ressaltou Bluma. (LK)