O recorde negativo de 23 mortes causadas pela covid-19 no período de 24 horas alcançado em Mato Grosso do Sul fez com que o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, voltasse a alertar a população sobre a situação e pedir que haja mudança no comportamento atual, se atentando às recomendações feitas até aqui.
"Ainda não chegamos no auge, no chamado pico. Estamos em curva ascendente e os próximos dias devem ser terríveis. Estamos apontando para isso há vários dias e estudos, com chancela da Opas [Organização Pan-americana para a Saúde] e especialistas, mostram essa curva cada vez mais exponencial, o que nos preocupa muito", destaca o secretário.
Geraldo ainda criticou os que, apesar dos números negativos e graves, seguem ignorando a situação "teimam em fazer confronto com os números", frisa. "Nesse momento a importância de mantermos a unidade é muito grande", diz o chefe da Saúde estadual, completando que as falas dele visam chamar à atenção de gestores e população.
"Não pode ficar como está, permanecer do jeito que estamos verificando, como se a vida estivesse normal. Estamos enfrentando a pior pandemia. Precisamos que, ao menos por compaixão, as pessoas se conscientizem e passemos a registrar índices melhores que os atuais", alerta.
O secretário também indica que, hoje, os principais 'remédios' para combater o novo coronavírus são o uso de máscara, rigor na higiene pessoal, em especial das mãos, e adoção de regras de isolamento social. Seu pronunciamento foi feito durante a live diária do Governo do Estado, em que são anunciados os números da covid-19.
Na mesma oportunidade, Geraldo aproveitou para anunciar que Mato Grosso do Sul assumiu, ao lado do Espírito Santos e de Rondônia, a liderança no ranking de transparência de dados na covid-19 e ampliação de leitos em Ponta Porã, que acontece no sábado (8). O total de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na cidade, hoje em 10 leitos, será dobrado para 20.