Enquanto a Nissan insiste em trazer para o Brasil projetos feitos especialmente para países emergentes, sem muita inovação em termos de design, a montadora japonesa age de outra forma no exterior. E prova, por lá, que sabe identificar o mercado e que tem habi l idade e criat ividade suficientes para produzir modelos bem resolvidos e atraentes. É o caso do crossover compacto Juke, que tem sua est reia marcada para o Sa lão de Genebra, que começa no d i a 4 de março, e chega às revendas europeias em outubro. Com 4,13 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,57 m de altura e 2,53 m de entre-eixos, o Juke utiliza a plataforma B do Grupo Renault Nissan – a mesma já usada pelo hatch médio Tiida e pelo novo Clio europeu. Pronto para brigar no nicho de “crossovers de estilo”, o modelo enfrenta rivais como o Kia Soul, o Fiat Sedici, o Suzuki SX4 e o Citroën C3 Picasso. Ao reun ir características de um crossover com uma pit ad a espor t iva, o Juke consegue reunir duas “doutrinas” da Nissan, que tem uma conhecida vocação para veículos 4x4 mas também é especialista em esportivos, o que pode ser conferido em modelos como 370Z e GT-R. Fabricado na planta de Sunderland, na Grã-Bretanha – onde o crossover Qashqai é produzido –, e desenvolvido pelo centro de design da marca em conjunto com a matriz japonesa, o Juke chama a atenção pelo desenho futurista e linhas ainda pouco conhecidas e exploradas – e vindas do conceito Qazana, mostrado no último motorshow suíço, em 2009. A começa r pe l a pa r te dianteira, chamam a atenção os faróis triangulares que surgem das pontas do capô – que se assemelham a olhos de gato –, projetados para fora. A grade dianteira que ostenta o símbolo da Nissan forma uma espécie de sorriso e é espremida nas extremidades por generosos faróis au x i l iares redondos. No spoi ler encontram- se ainda os faróis de nebl ina, que são separados por três entradas de ar redondas. Nas laterais, o visua l robusto é percebido por conta dos paralamas parrudos. O vinco das cai xas de rodas invade as portas, que é bem marcada também por uma saliência em sua base. Mas a parte traseira do Juke também tem seus atrat ivos. A s la nternas, com contornos irregulares, que lembram o desenho de um bumerangue, são inspiradas nas do esportivo 370Z. Na parte interna, o console central foi inspirado, segundo a própria marca, em um tanque de combustível de motocicleta. Pintado da cor do veículo, a peça oferece três porta-copos. No painel central, o Juke exibe uma tela touchscreen de LCD que abriga as funções de navegação. O quadro de instrumentos é bastante enxuto, com gráficos de fácil leitura. E para t i rar ta ntas l inhas incríveis da inércia, a Nissan anunciou três opções de unidades de força. A primeira delas é um 1.6 litro a gasolina, que consegue a lca nça r 116 c v de potência e torque de 16,9 kgfm – assistido por uma caixa manual de cinco velocidades, ou a i nda uma transmissão continuamente va riável CV T. O out ro propu lsor é um 1.6 l it ro turbo com injeção direta, 190 cv de potência e 25,0 kgfm de torque – também acoplado a um câmbio CVT. A terceira opção de motorização é a 1.5 litro turbod iesel e 110 cv, com 25,0 kgfm de torque, associada a uma transmissão manual de seis marchas.