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Novo contrato de manutenção vai além do tapa-buraco e prevê recapeamento

Prefeitura abriu licitação para contratar empreiteira, por R$ 17 milhões

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Cidades Ricardo Campos Jr

A licitação para recuperar trechos de 20 ruas de Campo Grande foi reaberta pela prefeitura. O edital foi suspenso no dia 13 de janeiro diante de pedidos de esclarecimentos apresentados por algumas empresas e agora prossegue com abertura das propostas agendada para o dia 27 de fevereiro.

O valor total do projeto é de R$ 17.892.451,71. Ele contempla tanto o serviço de tapa-buraco como vedação de fissuras e recuperação da base da pavimentação quando for necessário.

Esse serviço está dividido em quatro lotes. O primeiro está orçado em R$ 3.102.555,91 e vai atender as avenidas Rachel de Queiroz e Senador Filinto Muller, além das ruas Francisco dos Anjos, Candelária e Jasmins.

O lote dois tem previsão de custar R$ 5.175.826,19. Ele será executado na região sudoeste, atendendo a Avenida Marinha e as ruas Souto Maior, Manoel Joaquim de Moraes e Clineu da Costa Moraes.

Já o lote três contempla a região leste da cidade com orçamento estimado em R$ 4.172.657,61. As obras serão realizadas nas avenidas Três Barras, José Nogueira Vieira e Ministro João Arinos, além das ruas Marquês de Lavradio, Marquês de Pombal e Cayova.

O último lote, e também o mais caro, tem o teto de R$ 5.441.412 e abrange a Avenida Rodolfo José Pinho e as ruas Chaadi Scaff, Amazonas, Pernambuco e Coronel Cacildo Arantes.

REDUÇÃO

A prefeitura vem reduzindo o serviço de tapa-buraco para focar em recapeamento, como vem noticiando o Correio do Estado nos últimos meses. O objetivo é recapear 200 km de vias nas sete regiões da cidade, chegando a 265 quilômetros de ruas recuperadas desde 2017.

O serviço de recapeamento obteve ainda mais recursos no fim de 2019. No dia 24 de novembro, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) autorizou a liberação de R$ 21,5 milhões para a execução de 35 quilômetros de recapeamento em 33 ruas em cinco regiões urbanas da Capital. O recurso, viabilizado por uma emenda parlamentar impositiva da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, foi empenhado em janeiro.

Mesmo com a redução do tapa-buraco, a prefeitura tapou quase 500 mil buracos na cidade entre janeiro de 2018 e novembro de 2019. É o que aponta levantamento feito pela administração municipal a pedido da reportagem do Correio do Estado. Em onze meses de 2019, foram 189.806 buracos tapados.

De acordo com a prefeitura, a administração conseguiu realocar o recurso por causa da queda no número de buracos a serem reparados, além do valor repassado pelo governo federal para realização de recapeamentos. A assessoria do Executivo municipal estima que já tenham sido percorridos mais de 75 km em toda a cidade durante o período.

A quantidade de 2019 representa 63,2% do que foi registrado em 2018, quando 300 mil buracos no asfalto foram consertados. Naquele ano, foram gastos R$ 34 milhões para o serviço ser feito. No ano passado, foram investidos R$ 18,3 milhões. O gasto médio com cada buraco tapado é de R$ 100 – R$ 113,33 em 2018 e R$ 96,41 em 2019.

Para o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, essa mudança de postura da prefeitura, aumentando os recapeamentos e reduzindo os tapa-buracos, melhora as vias da Capital e dá mais durabilidade à massa asfáltica.  

“Não podemos parar o tapa-buraco. Se abrir um buraco temos que tapar, mas nosso objetivo sempre foi conseguir recursos para fazer os recapeamentos, que são a solução definitiva e diminuem custos. Fizemos uma parte dos recapeamentos em 2019 e, para 2020, já temos mais recursos”, disse Fiorese.

Congresso

Senado aprova proposta que criminaliza porte e posse de drogas em reação ao STF

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) agora segue para a Câmara dos Deputados

16/04/2024 19h42

Senado aprovou PEC nesta terça (16) Divulgação

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O Senado aprovou nesta terça-feira (16) em primeiro e em segundo turno a proposta que coloca na Constituição a criminalização de porte e posse de drogas, em reação ao julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode descriminalizar a maconha para uso pessoal.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) agora segue para a Câmara dos Deputados.

A proposta coloca no texto da Constituição Federal que é crime possuir ou carregar drogas, independentemente da quantidade e da substância -proibição que existe hoje apenas em lei.

A PEC foi apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o apoio de outros 30 senadores em setembro do ano passado, poucos dias após a retomada do julgamento que pode descriminalizar a maconha para fins pessoais.

Assim como a Lei Antidrogas, de 2006, a proposta não define critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante. No caso da maconha, parte dos ministros do STF defende um limite em gramas para isso -como 10 gramas, 25 gramas ou 60 gramas.

Especialistas apontam que a falta de critérios objetivos tem feito com que pessoas flagradas nas mesmas circunstâncias tenham tratamento diferente; usuários, no caso de brancos, e traficantes, no caso de pretos e pardos.

Em seu voto no STF, o ministro Alexandre de Moraes citou um estudo feito pela Associação Brasileira de Jurimetria para mostrar que pessoas flagradas nas mesmas circunstâncias têm tido tratamento diferente de acordo com a cor da pele e a condição social.

“O branco precisa estar com 80% a mais de maconha do que o preto e pardo para ser considerado traficante. Para um analfabeto, por volta de 18 anos, preto ou pardo, a chance de ele, com uma quantidade ínfima, ser considerado traficante é muito grande. Já o branco, mais de 30 anos, com curso superior, precisa ter muita droga no momento para ser considerado traficante.”

Outro efeito da legislação em vigor foi o aumento da população carcerária. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais, 199.731 pessoas estão presas atualmente por tráfico de drogas, tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico nos presídios estaduais e federais. Isso representa 28,3% da população prisional do país.

Além de ser uma resposta ao STF, a criminalização das drogas tratada na PEC é um dos itens da chamada pauta de costumes, que inflama a oposição e desafia o governo Lula (PT) diante da cobrança de setores progressistas da sociedade.

Em entrevista à reportagem, o relator, senador Efraim Filho (União Brasil-PB), reconheceu que, em linhas gerais, a proposta de emenda em discussão repete a criminalização que já existe na Lei de Drogas (lei 11.343), de 2006.

Apesar disso, o senador afirmou que estabelecer na Constituição que o porte e a posse de drogas é crime dará maior “segurança jurídica para que o sentimento da sociedade de ser contrário à legalização das drogas seja respeitado”.

Integrantes da base de Lula afirmam, reservadamente, que o governo tentou não se envolver com o tema, afeito ao Congresso, para não estimular uma eventual crise entre os Poderes.

Outro receio de governistas é de que a PEC seja declarada inconstitucional pelo Supremo futuramente por alterar uma das cláusulas pétreas da Constituição Federal -o que adicionaria um novo capítulo à disputa entre Legislativo e Judiciário.

A proposta sugere um novo inciso no artigo 5º da Constituição com o seguinte enunciado: “a lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, observada a distinção entre traficante e usuário por todas as circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicáveis ao usuário penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência”.

Em fevereiro, Pacheco patrocinou outro aceno à oposição ao colocar em votação o projeto que acaba com a saída de presos em datas comemorativas, as chamadas saidinhas. O ponto central do texto foi vetado pelo governo, mas o Congresso ameaça derrubar o veto e extinguir o direito definitivamente.

O placar no STF está em cinco votos a três pela descriminalização do porte de maconha. O julgamento no STF foi novamente suspenso depois que o ministro Dias Toffoli pediu vista (mais tempo para analisar o processo).
 

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Estragos

Trator e caminhão da Prefeitura atolam em rua devastada pela chuva

Caminhão com cascalho que tentou acessar o bairro Jardim Itatiaia precisou ser resgatado por trator da Prefeitura e ambos veículos ficaram atolados na tarde desta terça-feira (16) na rua em que mais de 10 carros atolaram de ontem para hoje em Campo Grande

16/04/2024 19h03

O trator que iria espalhar o cascalho na via tentou rebocar o caminhão e terminou com uma das rodas completamente "engolida' pelo buraco Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um trator e um caminho que trabalham a serviço da Prefeitura de Campo Grande, atolaram na rua Conde de São Joaquim, que ficou intransitável em decorrência das fortes chuvas que caem desde o início da semana. Nos últimos quatro dias, o volume de chuva em Campo Grande chegou a 89,4 milímetros, o esperado para todo o mês de abril, e apenas nas últimas 24 horas, a chuva foi de 49 milímetros. 
 

A reportagem do Correio do Estado apurou que o caminhão havia acabado de chegar no local para iniciar os trabalhos quando tentou acessar a rua de ré para espalhar o cascalho e acabou atolando. 

O trator que iria espalhar o cascalho na via tentou rebocar o caminhão e terminou com uma das rodas completamente "engolida' pelo buraco. 

Trator da Prefeitura de Campo Grande atola em buraco que gerou "caos" desde a chuva de ontem (17) (Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

As máquinas estavam atuando na rua Conde de Joaquim, no bairro Jardim Itatiaia, próximo à esquina com a avenida Três Barras. Com isso o fluxo da rua ficou totalmente interrompido. O morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, informou que desde ontem, quando a chuva começou, iniciaram esforços para resgatar os carros que atolaram no buraco.

Segundo Roberto Pinheiro de ontem para hoje atolaram aproximadamente 10 veículos.

"Não é de agora isso que está acontecendo aqui. Sempre quando tem essas chuvas intensas começa a ter essas erosões e bastante carros [atolaram] aí. Eu tenho uma caminhonete que pego e dou um apoio para o pessoal, ontem mesmo tirei uma van e mais um carro. Durante a noite foi aumentando", disse Roberto.

"Hoje de manhã a gente foi se virando, ajudei um rapaz que mexe com empresa de internet que atolou ali, mas assim já faz anos que estamos assim".

O morador explicou que anteriormente esse buraco formava em frente a casa dele, foi quando contratou um vizinho do bairro que mexe com trator e investiu do próprio bolso R$ 2 mil para alugar a máquina em março e fazer uma queda para a água escoar do outro lado da via e não invadir a residência dele. 

"Meu vizinho mexe com operação de máquinas, paguei para ele fazer [a manutenção] da rua várias vezes. Falei para ele deixar o caimento para o outro lado porque [antes disso] a água chegava até o portão de casa. Com isso deu uma melhorada aqui só que corre muita água aqui". 

Como precisou levar o carro na oficina em ao utilizar outro veículo usando como passagem a única via acessível à residência, a Rua dos Estudantes, que ficou totalmente alagada ao ponto de arrancar o peito de aço do veículo.

 

/ Morador instala por conta própria paralelepípedos na rua dos Estudantes (Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Inclusive o vizinho que passou a niveladora colocou por conta própria paralelepípedos na rua por conta própria, para evitar os buracos, no entanto, quando chove a rua dos Estudantes enche de água. Para Roberto, a solução urgente seria o asfalto.

 

 

 

 

"Precisa passar o asfalto, né? Essa situação é ruim até para a própria cidade, um bairro que está evoluindo tanto, isso aqui é um cartão postal da cidade.  A Lagoa Itatiaia que está com a obra parada, quantos meses falaram que saiu a licitação e não teve iniciativa [do poder público] até agora", lamentou Roberto. 

Lagoa Itatiaia

A reportagem esteve no entorno da Lagoa Itatiaia e a situação não foi diferente. O comerciante, Abel Oliveira, proprietário do bar que leva o nome da Lagoa, registrou a situação da rua Antônio Marquês, que ficou completamente alagada na noite anterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

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