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HU de Dourados revela quantos funcionários tiveram Covid

Porém, unidade diz que não há surto dentro dela

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De março até o presente momento, o Hospital Universitário da Grande Dourados já atendeu 321 funcionários com suspeita da Covid-19, dos quais 121 deram positivo para a doença. Os dados foram encaminhados ao Correio do Estado em resposta à reportagem que divulgou a quantidade de casos recentes na unidade de saúde. 

No momento, há somente 22 afastados ainda em fase de recuperação, mas o número é rotativo, nas palavras da instituição. Quem apresentou exame reagente, mas fora da fase de contágio seguiu trabalhando normalmente.

O comunicado não chama a situação de surto pelo fato de a fonte de contágio entre os colaboradores não ter sido confirmada. Como há vários que cobrem plantão em outros locais, o contato com o novo coronavírus pode ter sido em outro local, embora igualmente haja a possibilidade de um membro da equipe ter trazido o agente patológico para dentro dos corredores.

“Ao mesmo tempo em que atende e acompanha os colaboradores com suspeita ou confirmados para Covid-19, o setor chamado Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST) também está preparando o estudo dos casos para poder estabelecer como se deram os contágios”, informou o HU.

OUTRAS DEMANDAS

O hospital disse desconhecer quaisquer alterações nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à unidade. 

Com exclusividade, o Correio do Estado revelou que um ofício da Secretaria de Saúde chegou a ser encaminhado à direção do hospital para pegar de volta equipamentos em desuso para serem instalados em outro local. Os materiais seriam os que foram doados pela JBS.

Além destes, existem cinco leitos que já foram habilitados pelo Ministério da Saúde e ainda não estão em operação.

Em reunião com o Ministério Público Federal (MPF), o hospital disse que falta mão de obra para colocá-los em atividade. A solução paliativa acordada foi realocar médicos de outras especialidades para o atendimento de pacientes críticos até que contratações emergenciais de especialistas fossem feitas.

O HU disse ao Correio do Estado que todos os voluntários já receberam vários treinamentos e foram colocados nas UTIs que não atendem casos de Covid-19, para que os intensivistas ficassem reforçassem as equipes próprias dos contaminados pela doença pandêmica.

Porém, as capacitações aconteceram depois que os nomes dos profissionais aparecessem na escala sem o preparo combinado. O HU informou ao MPF que os funcionários estavam se recusando a ir para a linha de frente da Covid. Denúncias feitas à equipe de reportagem apontaram que houve coação, inclusive ameaças de acionar a Polícia Federal para obrigar endoscopistas, cirurgiões oncológicos e outros para setores estranhos às suas formações. 

O MPF chegou a pedir nome, CPF e matrícula de todos os que estivessem impedindo o HU re atender a recomendação de ativar os novos leitos o quanto antes, mas pelas informações encaminhadas pela assessoria de imprensa, a situação acabou se resolvendo sem essa necessidade. 

NÚMEROS

Mato Grosso do Sul somou mais 749 casos de Covid-19 na lista de confirmados ontem, segundo boletim epidemiológico. Com isso, o Estado tem 17.386 casos da doença, dos quais 3.834 estão em Dourados e 6.420 em Campo Grande. A segunda maior cidade de MS concentra 51 mortes pelo novo coronavírus e a Capital, 73. 

De todos os contaminados, 11.607 estão curados, enquanto 5.182 estão em isolamento domiciliar e 349 estão internados. Destes últimos, 177 ocupam leitos de UTI.

Em Campo Grande

Shoppings, escola e Corpo de Bombeiros são pontos de vacinação nesse fim de semana

Doses disponíveis são voltadas para imunização contra a gripe; confira os grupos que podem se vacinar

20/04/2024 08h21

Idosos, gestantes e crianças a partir de seis meses estão entre o público-alvo. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Em Campo Grande, dois shoppings, três unidades de saúde, uma escola municipal e o Quartel Central do Corpo de Bombeiros são os pontos itinerantes disponíveis para a vacinação contra a gripe nesse sábado (20). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o momento, aproximadamente 43 mil pessoas foram imunizadas, o que representa quase 15% do público-alvo.

O município deu início à vacinação contra a doença no dia 21 de março, antecipando o calendário nacional. A expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, estimado em cerca de 300 mil pessoas em Campo Grande. Inicialmente, a campanha deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância das pessoas buscarem as unidades para se vacinar. “É fundamental que as pessoas que pertencem aos públicos prioritários busquem as unidades para se vacinar. A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos”, destacou.

A profissional da saúde explica ainda que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo este um vírus de elevada transmissibilidade com distribuição global. "A tendência é de disseminação fácil, resultando em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias”, complementa Rosana.

Neste ano, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), conforme a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde se vacinar?

20 de abril (sábado)

  • Shopping Norte Sul – 10h às 18h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30
     
  • USF Moreninha – 7h30 às17h
  • USF Caiçara – 7h30 às 17h
  • USF Serradinho – 8h às 12h
     
  • E. M Fauzi Gattas Filho – 8h às 12h

21 de abril (domingo)

  • Shopping Norte Sul – 11h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Pessoas de 60 e mais
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Indígenas vivendo fora de terra indígena
  • Indígenas vivendo em terra indígena
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos)
  • Adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos)
  • População privada de liberdade (18 anos e mais)
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Comorbidades
  • Professores
  • Pessoas em situação de rua
  • Forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

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