O chefe da Divisão de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Gustavo Kuster, afirma que a adoção de um novo padrão de tomadas Novas tomadas geram transtorno Novo modelo deve reduzir acidentes Além de caros, estão faltando adaptadores para as novas tomadas americano, muito comum em filtros de linha. A empresa criou novas linhas, teve um aumento de 10% no quadro de funcionários e diz hoje ter capacidade para atender 30% do mercado, com a produção de 2 milhões de unidades por mês. São dessa marca os únicos adaptadores encontrados pela reportagem em redes de varejo do Rio. Mesmo diante das garantias do Inmetro, o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná ajuizou, no fim de janeiro, ação civil pública pedindo a suspensão do processo de padronização de tomadas. “Para o MPF, a padronização é equivocada e não foi comunicada à população com o devido destaque e debate”, diz o MPF. no País vai garantir mais segurança ao consumidor. Ele cita várias estatísticas que apont am que pa r te significativa dos acidentes domésticos relacionados a eletricidade, como incêndios e choques, tem como causa as precárias instalações atuais. “Segu ndo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, nos últimos dez anos houve 35 mil incêndios só na cidade de São Paulo. Desses, 6 mil tiveram como causa curto circuitos”, destaca. “A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, pesquisando em notícias de jornal, identificou, em 2007, 427 diferentes acidentes com choque elétrico domiciliar. Em 2008, 516 acidentes. E em 2009, até julho, 341.” Para o Inmetro, o novo padrão vai reduzir de forma considerável esse tipo de acidente, uma vez que, além de garantir o aterramento para aparelhos de maior consumo, o novo plugue encaixa na tomada. Mesmo os aparelhos com dois pinos passam a vir de fábrica com plugue em formato sextavado. “Estamos falando de uma questão de segurança”, frisa Kuster. O novo modelo foi inspirado no padrão suíço e, na opinião do executivo do Inmetro, os brasileiros não encontrarão dificuldades para encontrar adaptadores no exterior. “O Inmetro não criaria algo totalmente novo. Se houvesse um padrão universal, certamente adotaríamos no Brasil.”