brasília
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou ontem, contrariando declaração anterior, que "não haverá tempo" em sua gestão, que se encerra no dia 23 deste mês, de tomar decisão em torno do pedido de intervenção federal no Distrito Federal, feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Gilmar Mendes acrescentou, segundo a Folha Online, que a questão, de qualquer forma, "estará em boas mãos", referindo-se ao ministro Cezar Peluso, que vai assumir a presidência da Corte, e que ficará encarregado de tomar a decisão.
Gurgel, por sua vez, disse no STF, ontem pela manhã, que ainda está trabalhando no segundo pedido de informações que Gilmar Mendes fez sobre o pedido de intervenção federal no DF. Ao falar da expectativa em torno da soltura do ex-governador José Roberto Arruda, que está preso na Polícia Federal (PF), o procurador opinou que "a situação no DF ainda é grave", mas que o Judiciário "não tem intenção de manter Arruda preso indefinidamente".
Para o procurador, a decisão de Arruda de ficar calado durante depoimento na PF pesou negativamente contra ele. Na ocasião, o ex-governador alegou que não iria responder a perguntas, atendendo a conselho de seu advogado.
Roberto Gurgel informou que ainda está estudando documentos que recebeu da PF sobre a Operação Caixa de Pandora, a propósito do segundo pedido de informações de Mendes.