Cidades

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O espaço que a agropecuária merece

O espaço que a agropecuária merece

Redação

16/04/2010 - 02h29
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Pautado na diversificação de atividades, Mato Grosso do Sul tem tido um notável crescimento econômico nos últimos anos. Mas o agronegócio ainda representa um dos principais vetores da economia do Estado, assim como no País. E para nós, produtores rurais, essa constatação tem não só o peso da responsabilidade, mas traz a satisfação de estarmos cumprindo com o nosso papel. É desnecessário enfatizar a importância da agricultura em um cenário mundial de aumento da demanda pela produção de alimentos.  
Quando Mato Grosso do Sul foi criado, em 1977, as lavouras ocupavam 1,3 milhão de hectares do seu território, com uma produção de 987,2 mil toneladas de produtos agrícolas. Na última safra, ou seja, pouco mais de 30 anos depois, a área cultivada com grãos alcançou 2,8 milhões de hectares, com uma produção em torno de 7 milhões de toneladas de grãos.
Os números mostram que, em três décadas, os agricultores sul-mato-grossenses ampliaram a área cultivada em 113%. Uma expansão tímida se comparada ao aumento da produção total de grãos na ordem de 617%. O que resulta em uma elevação da produtividade média por hectare de 236% no mesmo período. O rebanho bovino, que era de nove milhões cabeças há três décadas, hoje se aproxima de 20 milhões de cabeças.
Os percentuais são baseados nos registros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comprovam que o principal incremento nos últimos anos é resultado da incorporação de tecnologias que se traduz em uma produtividade em ascensão, com o desenvolvimento de um sistema produtivo sustentável. A área cultivada do Estado ocupa atualmente apenas 6,7% do território sul-mato-grossense, no entanto, a agropecuária representa 15,8% do PIB do Estado, considerando-se apenas o setor primário.
São resultados que confirmam a representatividade do setor produtivo em todos os âmbitos da sociedade e tornam legítimas nossas expectativas e demandas em relação ao poder público. É natural que, neste momento, o setor se mobilize em busca de propostas concretas e viáveis, que venham atender aos seus anseios e dirimir suas inseguranças. Por isso, a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) marcou presença no seminário nacional ‘O que esperamos do próximo presidente’, promovido em 24 e 25 de março, em São Paulo, visando unificar as propostas do setor para o próximo líder do Poder Executivo nacional. Entre as principais demandas do setor, estão as relacionadas à política agrícola, infraestrutura logística, meio ambiente e insegurança jurídica.
Precisamos de uma política agrícola consistente, com a criação de novos mecanismos de financiamento e a modernização dos sistemas de comercialização. O acesso ao crédito rural, recurso imprescindível para boa parte dos produtores, precisa ser universalizado e desburocratizado. E ainda em relação à política agrícola, a demanda do setor é pela constituição de um seguro rural efetivo e de uma reforma tributária justa, que garanta a competitividade do setor produtivo.
Quem produz precisa de infraestrutura logística e de armazenagem de produtos. Mato Grosso do Sul é exemplo da necessidade de um sistema de estocagem que dê garantias ao setor para investir no aumento da produção. O crescimento da produtividade, com a perspectiva de mais uma supersafra este ano, demanda maior agilidade e eficiência no direcionamento e liberação de recursos e na execução de projetos relacionados à logística e armazenagem. Entre as ações possíveis estão o incremento das parcerias público privadas para a construção e finalização de corredores ferroviários, hidroviários e rodoviários. Também a modernização e ampliação do sistema portuário nacional, um gargalo para a necessária ampliação de mercado aos produtos nacionais.
As questões relativas ao meio ambiente também demandam atenção e são fonte de tensão por parte do setor rural. O Código Florestal Brasileiro em vigor gera dificuldades de aplicação da legislação ambiental ao setor agropecuário, uma vez que a classificação do mesmo compromete parte considerável da produção de alimentos. Isso porque, o cumprimento da legislação na íntegra prejudicaria de forma substancial a agricultura nacional, pois o Código originou um arcabouço de leis e decretos que dificultam o cumprimento da legislação. Precisamos sim de critérios garantindo proteção aos biomas que compõem o território nacional, mas essas regras devem ser construídas de modo racional, justificadas pelas peculiaridades de solo, clima e vegetação de cada região. O setor produtivo precisa de descentralização e agilidade nos procedimentos ambientais e confia no novo Código Ambiental para essa sistematização.
E não poderíamos deixar de mencionar a insegurança gerada pela ameaça ao direito de propriedade, que afeta não só ao setor rural, mas a toda a sociedade brasileira. Um problema sério, que requer legislação específica, proibindo a desapropriação de terras invadidas e penalizando os invasores. E no caso do descumprimento da legislação, que a União intervenha restabelecendo a ordem e a democracia. A sociedade, e inserida nela os produtores rurais, necessitam da segurança de sua propriedade. E se faz necessário enfatizar que Mato Grosso do Sul possui uma estrutura fundiária legalmente documentada e que no Estado não há registros de ocupação por posseiros, grileiros ou qualquer tipo de ilegalidade deste gênero.
O documento elaborado com as demandas do setor rural brasileiro será entregue aos líderes de partidos políticos e concorrentes ao Palácio do Planalto. Porque o setor produtivo precisa da definição de um modelo de política agrícola que dê segurança para a expansão da agropecuária. Uma expansão que já está a caminho, com responsabilidade social e ambiental, e que vai fortalecer ainda mais o Brasil no mercado internacional.  
 
 Eduardo Corrêa Riedel, presidente interino da Famasul

Oportunidade

Semadesc abre processo seletivo com salário superior a R$ 8 mil

O processo de inscrição tem início nesta quarta-feira (22) e está oferecendo vagas para analistas, profissionais da engenharia e administração e áreas similares

22/01/2025 19h00

Imagem Divulgação

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A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) abriu processo seletivo para compor o quadro vinculado ao Plano Estadual de Manejo e Conservação do Solo e Água (Prosolo), com salário de R$ 8,2 mil.

A pasta iniciou o processo em parceria com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), com inscrições que começam nesta quarta-feira (22) e vão até o dia 5 de fevereiro.

As vagas foram distribuídas da seguinte forma:

Cargo Número de Vagas Carga Horária Remuneração Bruta Atribuições
Analista de Desenvolvimento Socioeconômico 9 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Agronômica 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Florestal 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Civil / Engenharia Ambiental / Engenharia Sanitarista 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Administração / Economia 3 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  

Onde se inscrever?

Interessados podem realizar a inscrição por meio do link (https://www.econcursoms.ms.gov.br/Index).

Quem pode participar?

Podem concorrer no processo seletivo simplificado profissionais que atendam aos requisitos indicados no edital, conforme a área de atuação escolhida. É importante que o candidato leia o edital para verificar se está apto a disputar uma vaga no processo.

Requisitos

  • Ter sido aprovado e classificado no Processo Seletivo Simplificado – SAD/SEMADESC/PROS, dentro do quantitativo de vagas oferecidas por função e ter disponibilidade para o exercício das atividades, conforme as necessidades da Administração Estadual, nos termos deste Edital e da legislação aplicável;
  • Possuir o nível de escolaridade exigido para a respectiva função, de acordo com a opção realizada no ato da inscrição no Processo Seletivo, conforme estabelecido no quadro do subitem 2.1 deste Edital;
  • Ser brasileiro nato ou naturalizado;
  • Estar quite com as obrigações militares (no caso de candidato do sexo masculino);
  • Estar quite com as obrigações eleitorais;
  • Possuir, na data da contratação, a idade mínima de 18 (dezoito) anos completos;
  • Estar em pleno gozo dos direitos civis e políticos;
  • Possuir plena aptidão física e mental para exercício da função;
  • Não exercer cargo, emprego ou função pública e não acumular proventos de aposentadoria na administração pública federal, estadual ou municipal e em qualquer dos poderes, salvo quanto ao disposto no art. 7º, §1º do, inciso II da Lei Estadual n. 4.135, de 15 de dezembro de 2011;
  • Comprovar conduta moral ilibada;
  • Apresentar os documentos exigidos e atender às demais condições de ingresso estabelecidas na legislação pertinente e em edital;
  • Não incidir em situação que constitua impedimento ao ingresso no serviço público estadual, nos termos do que estabelece o art. 27, §9º-A da Constituição Estadual;
  • Não incidir em situação que constitua impedimento nos termos do art. 10 da Lei Estadual n. 4.135, de 15 de dezembro de 2011.

Regime de Cotas

 

A pessoa com deficiência (PCD), candidatos negros ou indígenas têm o direito garantido de vagas, conforme o previsto no  Decreto nº 16.358, de 3 de janeiro de 2024, publicado no Diário Oficial Eletrônico nº 11.374, de 4 de janeiro de 2024.

Serão oferecidas da seguinte forma:

  • 5% das vagas para pessoas com deficiência;
  • 20% para negros;
  • 3% para indígenas.

Confira o Edital

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CAMPO GRANDE

Sem luz, Parque das Nações não abre ao público à noite há quatro dias

Desde o último domingo o parque tem encerrado as atividades mais cedo em Campo Grande

22/01/2025 18h32

Na área de skate, luzes até funcionam, mas piscando

Na área de skate, luzes até funcionam, mas piscando Foto: Lucas Caxito

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Pelo quarto dia consecutivo, o Parque das Nações Indígenas não abrirá ao público no período noturno, em Campo Grande, por falta de luz.

Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou que o problema na rede elétrica foi verificado no último domingo (19).

O coordenador do Parque, Wagner Pereira, disse que a equipe técnica está analisando toda a rede de energia para detectar o ponto em curto e fazer o reparo.

Enquanto o reparo não ocorre, as atividades, que normalmente são das 6h às 21h diariamente, estão sendo encerradas às 18h.

No domingo, o parque já fechou mais cedo, o que voltou a ocorrer nos demais dias, incluindo hoje (22), tendo em vista que não há iluminação para uso noturno do espaço.

Em imagens enviadas ao Correio do Estado, de gravação feita no domingo, é possível ver que boa parte do parque está no escuro, enquanto na área da pista de skate ainda havia luz, mas com os postes piscando.

Caso os reparos sejam feitos em tempo nessa quinta-feira (23), a abertura voltará a acontecer até às 21h.

Problemas na rede elétrica não são novidade no Parque das Nações Indígenas. Em 2023, em três diferentes ocasiões o local encerrou as atividades mais cedo por falta de energia.

Parque das Nações Indígenas

O Parque das Nações Indígenas está localizado na Região Urbana do Prosa, em Campo Grande.

A criação ocorreu em 1993, com a desapropriação pelo Governo do Estado de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.

Por meio do Decreto Estadual no 7.354, de 17 de agosto de 1993, a área urbana passou a ser denominada Parque das Nações Indígenas.

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