anahi zurutuza
A restauração do Complexo Ferroviário de Campo Grande deve estar pronta em abril do próximo ano. Ontem, a Prefeitura de Campo Grande e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) assinaram a ordem de serviço para dar início à reforma. As obras, orçadas em R$ 2,5 milhões, fazem parte do Plano de Revitalização do Centro da Capital e são financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, do Governo federal.
O primeiro imóvel a ser restaurado é o prédio da Estação Ferroviária de Campo Grande. No local, será instalado o Centro de Documentação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. No espaço será construído, ainda, um centro de atendimento ao turista e estrutura para abrigar lojas para venda de produtos culturais, regionais e lembranças. O prédio, depois de restaurado, terá lanchonete, auditório e estrutura para exposições temporárias, realização de feiras de antiguidades, livros, artesanato e outras manifestações.
De acordo com a diretora do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), Marta Martinez, além da estação, posteriormente, também passarão por reformas o Armazém Cultural, os galpões que eram usados para a manutenção dos trens (já em ruínas), a rotunda do Complexo Ferroviário e a Rua Doutor Ferreira, na Vila dos Ferroviários.
“Assinada hoje (ontem) a ordem de serviço, a gente prevê que as obras tenham início na semana que vem, depois do feriado. A primeira coisa a se fazer é demolir o que já está em ruína e não poderá ser aproveitado. Depois disso, a empreiteira já deve começar a mexer no telhado. Todas as telhas da estação serão trocadas, elas estão sendo fabricadas sob encomenda, mas a gente acredita que vamos conseguir trocar toda a cobertura antes do início das chuvas”, explica Marta Martinez.
Licitação
A empresa vencedora da licitação e contratada para executar as obras no Complexo Ferroviário é a Marco Arquitetura, Engenharia Construções e Comércio Ltda. Segundo a coordenadora do Planurb, a construtora terá sete meses para concluir a reforma. Para Marta Martinez, a revitalização do Complexo Ferroviário representa a consolidação de parte da história de Campo Grande. “A ferrovia teve grande importância econômica, histórica e cultural para a Capital. Com a reforma, além de um local para o lazer da população, o Complexo Ferroviário será o novo atrativo turístico da cidade”.
A assinatura da ordem de serviço aconteceu durante a abertura oficial do workshop “Gestão Compartilhada do Patrimônio Cultural – ações educativas e de fiscalização”, evento promovido pelo Iphan, em conjunto com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea/MS), Governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande e Prefeitura de Corumbá.