Cidades

CAMPO GRANDE 120 ANOS

Obras emblemáticas trouxeram desenvolvimento e lições

Calçadão da Barão do Rio Branco e canalizações dos córregos da Rua Maracaju e Avenida Fernando Corrêa da Costa são exemplos

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Antes mesmo de o Camelódromo ser inaugurado na Avenida Afonso Pena, os vendedores ambulantes já recebiam esse apelido em Campo Grande quando disputavam clientes em cima de uma famosa passarela, localizada na rua Barão do Rio Branco, em cima dos trilhos da antiga Noroeste do Brasil.

 A passarela acabou sendo demolida em 1999 por conta das constantes reclamações de falta de segurança dos pedestres, que precisavam percorrer o trajeto composto por cerca de 280 vendedores ambulantes, transferidos posteriormente para o atual Camelódromo. 

No entanto, a idealização da passarela foi parte de um projeto de urbanização criado em 1977 pelo arquiteto e urbanista curitibano Jaime Lerner. No plano, uma das metas também era a construção do Calçadão da Barão do Rio Branco. “O Calçadão possibilitou um local de convivência entre os campo-grandenses da época”, afirma o diretor de relações institucionais do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros.

O plano, na verdade, era bem mais audacioso e incluía outra rua importante de Campo Grande, a 14 de Julho – além de um trecho da Avenida Afonso Pena. “Mais de 30 anos depois, a prefeitura resgata esse antigo plano ao lançar o Reviva Centro, uma proposta mais maturada”, ressalta Américo.

A pedido dos comerciantes da época, as obras foram apenas do antigo terminal rodoviário até a rua 13 de maio. “Eu acho que a ideia de um calçadão na Barão do Rio Branco era muito boa, assim como também é a do Reviva. Mas, para que as coisas ocorram a longo prazo é preciso planejar um investimento futuro, inclusive com ações na área da cultura, do esporte e de segurança para essas regiões. Você não faz isso dar certo sem o apoio da própria comunidade”, acredita Calheiros.

Canalizações

Na lista de obras emblemáticas de Campo Grande, duas são muito semelhantes e igualmente importantes para a história da cidade nestes 120 anos. Pode parecer loucura imaginar que a Rua Maracaju “virou rio” mais de uma vez durante as enchentes que acometiam a capital sul-mato-grossense, mas naquela época era normal o rio levar tudo que os moradores tinham, assim como na Avenida Fernando Corrêa da Costa, onde Dagmar Alves, 64 anos, viu uma bomba de gasolina ser arrastada pela força das águas.

“A rua Maracaju, no Plano Urbanístico de 1910, era uma rua que não tinha nenhuma função, sendo a última porque tinha um córrego passando no meio dela e esse córrego quando chovia provocava inúmeros transtornos para as pessoas que moravam ali perto da estação ferroviária”, afirma o arquiteto e professor Ângelo Arruda. O córrego da rua foi “envelopado” na década de 1970 para alívio dos moradores, que precisavam diversas vezes atravessar com água até o pescoço. 

Assim como a Rua Maracaju, a Fernando Corrêa da Costa marcava o fim do centro da cidade no extremo oposto. “No começo do século 20, era o lugar onde se tirava o barro para fazer as telhas e os tijolos da cidade; era a área industrial. Com o desenvolvimento, acabou se urbanizando também: primeiro com residências e depois com áreas comerciais”, explica Arruda.

 A natureza não se adequou ao processo de urbanização. Com as chuvas, o córrego transbordava. “Teve um dia que ocorreu uma enchente na sexta e no sábado. Os carros ficavam sujos; precisava amarrar com corda para não correr o risco da água levar”, conta Dagmar Alves, proprietário da oficina Auto Portas há 35 anos. 

As obras de drenagem do córrego Prosa começaram na década de 1980, mas a canalização com cobertura foi entregue apenas nos anos 2000.

TROCA DE PARTIDO

"Mais louco" reclama de fogo amigo e ameaça reagir com lança-chamas

Juliano Ferro acredita que reportagem apontado gasto de R$ 5 milhões com quarteirização de oficinas foi "plantada" por alguém próximo do governador

20/03/2025 15h00

Juliano Ferro entrou no PSDB a convite de Reinaldo Azambuja e foi reeleito com 81% dos votos. Agora, ameaça deixar o partido

Juliano Ferro entrou no PSDB a convite de Reinaldo Azambuja e foi reeleito com 81% dos votos. Agora, ameaça deixar o partido

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Visivelmente irritado, contrariando a forma descontraída com a qual normalmente se apresenta, o prefeito  de Ivinhema, Juliano Ferro, que se diz o “mais louco do Brasil”, publicou dois vídeos no Instagran, onde tem 859 mil seguidores, para dizer que está sendo alvo de fogo amigo e para informar que está prestes a abandonar o grupo político e o partido pelo qual se reelegeu no ano passado. 

A descoberta deste suposto fogo amigo, segundo ele, ficou evidente depois da publicação daquilo que classifica como reportagens tendenciosas envolvendo seu nome em sites cujos nomes não chega a especificar.

As publicações dos vídeos, ambas nesta quarta-feira (19), foram feitas um dia depois de o Correio do Estado publicar reportagem informando que a prefeitura de Ivinhema havia assinado contrato de R$ 5 milhões para quarteirização de serviços de conservação de veículos e maquinários. 

A quarteirização se caracteriza como sendo a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. A empresa contratada, com sede em Cuiabá, é especializada em informática.

Ou seja, a prefeitura de Ivinhema está destinando R$ 5 milhões para que uma empresa de informática gerencie durante seis meses as oficinas que prestam serviço à administração municipal.

E este contrato, cujo extrato foi publicado na última terça-feira no diário oficial do Governo do Estado, prevê que pode ser prorrogado por um período maior. 

Em empresa contratada, a Centro América Comércio, Serviço, Gestão e Tecnologia LTDA, pertence a Janio Correa da Silva. Em novembro do ano passado ele chegou a ser preso, junto com mais cinco familiares, em uma operação do Ministério Público de Mato Grosso. 

Conforme informações divulgadas à época, várias empresas da família tinham contratos com suspeita de superfaturamento com mais de cem prefeituras e câmaras de Mato Grosso. Juntos, estes contratos superam R$ 1,8 bilhão. Janio ficou preso durante cinco dias e acabou sendo liberado. 

E, de acordo com os vídeos de Juliano Ferro, a divulgação destas informações teriam sido fruto de fogo amigo de pessoas muito próximas do governador Eduardo Riedel. Em nenhum momento, porém, contesta as informações da reportagem. Ele foi procurado antes da publicação, na terça-feira pela manhã, mas até esta quinta-feira (20), não havia dado retorno. 

 

De acordo com o prefeito, depois da divulgação do primeiro vídeo, no qual reclama do fogo amigo, lideranças de outros partidos entraram em contato para oferecer espaço caso queira trocar o PSDB por outra legenda. 

No segundo vídeo, faz questão de inocentar o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, e o governador Eduardo Riedel, atribuindo o suposto fogo amigo a alguma pessoa que seria muito próxima do governador. 

O prefeito não sabe, porém, que a origem da reportagem foi baseada unicamente em uma simples leitura do diário oficial e em uma busca de google sobre o nome do empresário que assina o contrato milionário. Se ele ou seus assessores tivessem feito um único google antes de assinar o contrato, possivelmente teria se livrado do constrangimento de agora. 

Na primeira publicação, o “mais louco do Brasil” chega a ameaçar o autor do suposto fogo amigo. “Eu digo pra você, safado, sem vergonha, que vem de dentro das nossas próprias alianças políticas me atacar. Se você for vir pra cima de mim, não vem com isquerinho não, porque e vou com lança-chamas”, sem explicar o que seria exatamente esse lança-chamas. 

Na sequência exige punição dos responsáveis por este suposto fogo amigo. “Se as providências não forem tomadas e estas pessoas não forem penalizadas, se prepara, porque mexeu com louco, o pau vai comer, e eu não vou olhar quem está pela frente. Agora, me coagir e fogo amigo eu não vou aceitar. Está dado o recado”, encerrou o primeiro vídeo, postado logo cedo na quarta-feira. 

Na segunda publicação, já pela noite, já sem uso de paletó e trajando camiseta como normalmente se apresenta nas redes sociais, abrandou o tom e afirmou em diferentes momentos que está tendendo a sair do PSDB para o qual foi levado por Reinaldo Azambuja. 

 

Cidades

Títulos de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelados

O cancelamento ocorre devido à ausência às urnas em três eleições consecutivas, ou pela não justificativa e/ou não pagamento de multas

20/03/2025 14h30

Título de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelado

Título de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelado TRE-MS

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Em Mato Grosso do Sul 92.981 eleitores correm o risco de ter seus títulos eleitorais cancelados caso não regularizem sua situação até o dia 19 de maio de 2025. A ação será feita para aqueles que se ausentaram nas urnas durante três eleições consecutivas, ou não justificaram e/ou não realizaram o pagamento de multas.

Para verificar a regularidade de sua situação eleitoral, o eleitor deve acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, na seção Autoatendimento Eleitoral, selecionar a opção “Consultar situação eleitoral”. Aqueles que utilizam o aplicativo e-Título serão alertados caso haja risco de cancelamento de sua inscrição.  

Se for necessário regularizar a situação, o eleitor deve comparecer a um cartório eleitoral ou a um posto de atendimento, portando um documento oficial com foto para comprovar sua identidade (obrigatório), além do título de eleitor ou e-Título. É importante ressaltar que a documentação exigida pode variar conforme o caso. (Confira aqui os contatos e endereços dos cartórios).

Quitação de multa

Eleitores que não votaram nem justificaram sua ausência estão sujeitos ao pagamento de uma multa por turno não comparecido, conforme determinado pelo juiz eleitoral. O pagamento pode ser realizado por meio do Autoatendimento Eleitoral, do aplicativo e-Título ou diretamente no cartório, com opções de boleto, Pix ou cartão. A quitação do débito é registrada automaticamente após a confirmação do pagamento.  

Dados

De acordo com o portal Estatísticas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o último cancelamento de títulos em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2019. Desde 2020, devido à pandemia de Covid-19, não há registros de cancelamento por ausência às urnas.  

Para garantir o direito ao voto nas próximas eleições e evitar possíveis restrições legais decorrentes do cancelamento do título, é fundamental que os eleitores regularizem sua situação dentro do prazo estabelecido.

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